quinta-feira, 31 de março de 2011

Cavaco Silva marca eleições para 5 de Junho



O Presidente da República dissolveu, hoje, a Assembleia da República e convocou eleições legislativas para o dia 5 de Junho após aceitar o pedido de demissão apresentado, na semana passada, pelo primeiro-ministro José Sócrates.

Na comunicação ao país, Cavaco Silva, alertou para a grave situação económica e para a degradação social que se vive em Portugal. Durante o comunicado, o Presidente alertou para os perigos da «falta de diálogo» entre os partidos políticos, e para as prioridades que os mesmos devem defender tendo em conta a situação do país.

Cavaco Silva apelou ainda a todos os órgãos políticos que tenham o conhecimento real do estado em que Portugal se encontra para que possam propor aos Portugueses um programa de Governo transparente, credível e de futuro em que as propostas devem ser construtivas e realistas.

O Chefe de Estado afirmou ainda que «a próxima campanha deve ser sóbria nos meios» e «ninguém poderá deixar de fazer tudo aquilo que tem de ser feito para assegurar o futuro», abrindo desta forma a porta para um pedido da entrada do FMI em Portugal.

«O actual Governo contará com todo o meu apoio para que não deixem de ser adoptadas as medidas indispensáveis para salvaguardar o interesse nacional e assegurar os meios de financiamento necessários para o funcionamento da economia», acrescentou.



Comunicado ao país na íntegra:

Défice português com novo valor




O Instituto Nacional de Estatística anunciou hoje o novo valor do défice orçamental português para 2010, de 8,6 por cento.


O porta-voz do comissário dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, afirmou em declarações à agência Lusa, que a Comissão Europeia "toma nota" do novo valor do défice para 2010.


Amadeu Altafaj Tardio disse também que a Comissão vai esperar pela notificação do Eurostat, marcada para dia 26 de Abril. O gabinete oficial de estatísticas da União Europeia vai confirmar se as contas cumprem as normas europeias.


Fonte: Visão, DN

Presidente do BPI considera tardio o recurso de Portugal ao FMI

Foto: gazetadeluanda.com
O presidente do BPI, Fernando Ulrich, defendeu hoje que Portugal já deveria ter recorrido à ajuda externa, de acordo com a TVI24.

Durante a apresentação de um estudo sobre o mercado português de energia, o líder do banco disse não entender o porquê de o país ainda não ter exercido o direito de pedir ajuda. «Dentro de pouco tempo as pessoas vão perguntar não se Portugal deveria ou não recorrer [à ajuda externa], mas sim se não deveria ter recorrido há muito mais tempo. Essa é a pergunta de agora.»

Ulrich vê a questão da ajuda externa transformada numa arma política. No entanto reconhece que Portugal está a ser pressionado a recorrer ao FMI pelas agências de rating e pela imprensa internacional, acrescentando que preferia que o país «não tivesse de chegar a essa situação».

Apesar da instabilidade política portuguesa, Fernando Ulrich afirma que o BPI não se tem ressentido, uma vez que fechou o trimestre sem recorrer ao Banco Central Europeu. "Estamos a dar o nosso contributo para a estabilidade e reforço da economia portuguesa."


Veja o vídeo aqui.

Défice público atinge os 8,4% do PIB em 2010


défice de 2010 não é de 7,3% do PIB, como foi inicialmente anunciado pelo Governo, mas sim de  8,4%, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) no quadro do Procedimento dos Défices Execessivos

O aumento de cerca de três mil milhões de euros é explicado pela contabilização das ajudas ao BPN e BPP e pelo défice de três empresas públicas do sector dos transportes.

José Gomes Ferreira, subdirector e especialista da SIC em assuntos económicos, disse, no Primeiro Jornal, que o governo não é o único culpado. "As contas já existiam há muito tempo e Bruxelas também já sabia e andava a esconder tudo´´, afirmou.

O ministro das Finanças explicou ao SOL que este agravamento do défice se deve à nacionalização do BPN e ao sector dos transportes publico.    

quarta-feira, 30 de março de 2011

Juros da dívida batem recordes

Após um novo corte no rating por parte da agência Standard & Poor's, e de uma ameaça de um novo corte por parte da Fitch(ver notícia), os juros da dívida externa pública de Portugal voltaram a subir, desta vez alcançando máximos históricos.

Os juros da dívida a cinco anos superaram hoje a barreira dos 9%, atingindo esta manhã um máximo histórico de 9,125%.

As obrigações do tesouro a dez anos acabaram também por atingir um novo máximo, fixando o seu recorde em 8,328%, valor que determina que nos último três meses tenha havido uma variação de 1,5%.

Os juros da dívida a dez anos, que até hoje nunca tinham atingido tais valores, no período que compreende Janeiro de 1997 até Março de 2011 apenas ultrapassaram a barreira dos 7% em 1997, como se pode observar no gráfico abaixo.

Juros da Dívida a dez anos (97-2011)

A escalada em força começou a partir do inicio de 2011, (como se pode observar no gráfico referente ao 1º trimestre de 2011), sendo que o fim do primeiro trimestre que agora vivemos ficou marcado pela instabilidade política que ditou que o cepticismo dos investidores se generalizasse, levando à obtenção de máximos históricos.

Divida a dez anos - 1º trimestre 2011

fontes: agenciafinanceira.pt, tradingeconomics, jornaldigital

Crise da divida soberana pode passar da periferia para o centro

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters


Os países da União Europeia podem assistir à crise da divida soberana estender-se da periferia para o centro, afirma Lorenzo Bini Smaghi, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE).

Os Estados-membros da zona euro correm o risco de enfrentar uma crise face à divida soberana depois dos desequilíbrios financeiros dos países periféricos.

Segundo Bini Smaghi, a crise que começou na Grécia, limita-se a um pequeno número de países da União Europeia mas o BCE não afasta a hipótese de contágio aos restantes.

O executivo do BCE considera que “o contágio pode ser devastador” e avisa que os bancos centrais serão fundamentais para a “estabilidade monetária e financeira num mundo em rápida mudança”.


Fontes: Jornal Público, Diário de Notícias

Fitch alerta Portugal para nova descida do rating

Foto: Ezequiel Scagnetti/Reuters

A agência financeira, Fitch, pressiona Portugal para pedir ajuda externa à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), caso contrário o rating da dívida soberana pode baixar.

Depois de considerar que seria inevitável Portugal pedir ajuda externa, após o chumbo do PEC IV, a Fitch alerta, uma vez mais, para a inevitável intervenção europeia. Esta nova advertência surge na sequência das conclusões da última cimeira europeia, nos dias 24 e 25 de Março.

A Fitch avisa que, caso não exista um pedido de ajuda financeira a Bruxelas, cortará uma vez mais o rating da dívida nacional. Após o pedido de demissão do primeiro-ministro, José Sócrates, a Fitch considera que “um programa económico da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) reforçaria a credibilidade dos esforços das reformas orçamental e estrutural e reduziria as preocupações de financiamento no curto prazo”.

No relatório da Fitch há também um alerta para outros casos europeus, fazendo alusão à situação irlandesa, espanhola e grega, continuando estes países sob pressão da União Europeia e das suas entidades.

Veja mais aqui


Fonte: Jornal Público

terça-feira, 29 de março de 2011

José Sócrates pede propostas à oposição


Foto: SIC

José Sócrates apelou hoje à oposição para propor as necessárias medidas de austeridade para Portugal cumprir as metas de redução do défice. "Lamento que os partidos de oposição que criaram esta crise não tenham agora a responsabilidade de apresentar as medidas para responderem à situação", disse o primeiro-ministro, que pediu a sua demissão na semana passada.
Para vários economistas, refere a SIC,  a única hipótese para Portugal é pedir ajuda externa, seguindo os exemplos da Irlanda e da Grécia. Para José Sócrates esta hipótese não é viável e afirma "que a situação que estamos a viver é pior do que a que vivíamos antes".
O Banco de Portugal, nas suas previsões da Primavera,  defende, de acordo com a SIC, que o país terá de adoptar mais medidas de austeridade e prolongá-las até 2012.






Fonte: SIC

"O FMI não é solução para Portugal"

De visita a Portugal, o ex Presidente Brasileiro Lula da Silva avisa que o FMI não é solução para Portugal. "O FMI sempre criou mais problemas do que soluções". São palavras de Lula que sabe bem o preço a pagar pela ajuda externa. "O FMI não resolveu o problema do Brasil".

Lula diz sentir-se confiante quanto à capacidade de reacção dos portugueses, e garante estar com Portugal nesta fase mais complicada.

Quando questionado sobre a hipótese do Brasil comprar dívida portuguesa, o ex Presidente colocou essa decisão nas mãos da sua sucessora ,Dilma Roussef, dizendo já não poder falar sobre a posição do seu país, mas deixando claro que o Brasil vai sempre apoiar Portugal.

Dilma Roussef chega hoje a Portugal numa visita que tem na agenda encontros com o Presidente da República, e com José Sócrates.


Declarações de Lula à margem de um jantar não oficial com José Sócrates.

fontes: visao.pt, tvi24, brasil.gov

segunda-feira, 28 de março de 2011

Destaques da Semana (video)



Video: Produção Grupo_6_2011

Vieira da Silva garante sustentibilidade dos bancos portugueses

Fotografia: Diário de Notícias


O ministro da Economia, Vieira da Silva, admitiu hoje que a actual situação económica e financeira do país não é a mais favorável para os bancos portugueses, mas defendeu que o sistema financeiro mantém a sua resistência e sustentabilidade.


"As condições para que os bancos cumpram a sua missão de financiamento à economia são mais desfavoráveis, mas não estamos numa situação de não financiamento", considerou o ministro, acrescentando que "o sistema financeiro português vai continuar a funcionar com resistência e sustentabilidade".


"O reforço da incerteza [desde o chumbo do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC)] afectou as instituições financeiras, mas não julgo que estamos numa situação de injecção generalizada de fundos públicos na banca privada, como aconteceu noutros países", acrescentou.


Grupo_6

Fosso irlandês pode chegar aos 23 mil milhões de euros

Foto:br.ibtimes.com


Quatro dos maiores bancos irlandeses (Allied Irish Banks, Bank of Ireland, Irish Life & Permanent e o Educational Building Society) foram sujeitos aos chamados testes de stress, que servem para apurar a capacidade de resposta financeira dos bancos de um pais em momentos de crise.


Os resultados são revelados esta quinta-feira e trazem más notícias, pois podem vir a demonstrar um autêntico “buraco negro” na economia irlandesa, entre os 18 mil milhões de euros e os 23 mil milhões de euros , conforme noticiou o jornal britânico The Guardian .


Deviam ter sido transferidos mais 10 mil milhões de euros no mês de Fevereiro, tal como previa o acordo com o FMI e com a Comissão Europeia, no entanto Brian Lenihan, o anterior ministro das Finanças, decidiu prescindir dessa verba.


Ainda assim contam-se já 46 mil milhões de euros que foram injectados na banca irlandesa, desde que o país recorreu a ajuda internacional.


A confirmar os dados agora avançados pelo jornal britânico a Irlanda ficará praticamente sem soluções para lidar com a divida dos bancos.


Fonte: Jornal Público


Grupo_6_2011

Merkel derrotada, euro desvalorizado



imagem:Scrape tv


As eleições regionais em Baden-Wuerttemberg deste domingo resultaram numa maior instabilidade política para Ângela Merkel que não obteve a maioria da União Democrática Cristã (CDU).

Pelo segundo dia, o euro está a descer 0,24% face ao dólar, influenciado pelos 38% dos votos da chanceler alemã. Os resultados eleitorais poderão conferir ao partido ecologista Os Verdes com 25% dos votos, a frente do governo que sustenta a Europa.

A moeda única está também a sofrer com a decisão dos líderes europeus sobre o calendário de capitalização do fundo do Euro. A decisão resultou na diminuição do fundo de ajuda de emergência agora em 16 mil milhões de euros.

A falta de maioria de Merkel nas eleições surge depois de modificar a política de energia nuclear após o desastre no Japão. Ainda assim com este resultado inesperado os conservadores prosseguiram com o apoio à líder.


domingo, 27 de março de 2011

Com ou Sem FMI ?

imagem: André Sebastião

Ainda não se sabe quando é que o país vai a votos, mas a campanha eleitoral parece já ter começado.
O recém eleito Secretário Geral do Partido Socialista (93,3% dos votos), José Sócrates, disse no seu discurso de aclamação perante autarcas socialistas que "os portugueses devem escolher entre quem já aceitou a ajuda externa e quem não quer o FMI", acusando Passos Coelho de já se ter rendido à evidência de ajuda externa.

José Sócrates, que já anunciou que se recandidatará, reiterou que o governo "tem feito tudo, e vai continuar a fazer" para que o país não necessite de ajuda externa. Relembrando que o "PSD tem dito que está disponível para governar com o FMI". “Pensei que estivessem a pensar numa aliança com o CDS e não com o FMI”, afirmou ironicamente.

Quais são afinal de contas as medidas que o PSD propõe para que Portugal possa superar as provas de confiança?” - Questionou Sócrates acusando o PSD de ter tido "sofreguidão pelo poder", chumbando o PEC, sem que depois apresentasse qualquer medida alternativa.

No mesmo discurso no Hotel Altis, o ainda primeiro-ministro sublinhou que está inteiramente disponível para servir o país. Avançando em tom eleitoral que: "Este é o momento dos portugueses escolherem se querem um Governo com ou sem FMI".

fontes: negocios.pt, sol.pt

Representante Austríaco no BCE acha “recomendável” que Portugal recorra ao FMI

Foto: broadsheet.ie


Ewald Nowotny, governador do Banco Central da Áustria, e membro do conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), afirmou hoje num debate televisivo promovido pela televisão austríaca ORF, que seria “recomendável” Portugal recorrer a apoio financeiro internacional.

Para o austríaco, Portugal irá decidir se tem ou não de pedir ajuda financeira à União Europeia, quando comunicar uma nova informação de 5,5 mil milhões de euros em divida, em Abril.

O responsável recusou fazer estimativas para o valor que seria necessário utilizar, caso Portugal necessitasse de pedir ajuda.


Esta reacção surge após ter sido confrontado pelas declarações do presidente do Eurogrupo, que apontou, como “apropriado”, um valor de 75 mil milhões de euros para um eventual resgate financeiro a Portugal.

O Governador Falou ainda do caso Grego, alertando para uma futura necessidade de reestruturação do valor da divida do estado. “Honestamente, existe um certo risco. Também é essa a avaliação que os mercados estão a fazer.

Podemos concluir isso das taxas que a Grécia paga actualmente para se refinanciar”, afirmou.


Ainda assim, indica que o BCE está a “assumir que a Grécia irá conseguir” resolver os seus problemas sem ter de recorrer a uma reestruturação da sua dívida, podendo as suas perspectivas melhorarem, caso o crescimento económico na Europa melhore também num todo, nos próximos meses.


Fonte: Jornal Público (online)


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sábado, 26 de março de 2011

Sócrates e Merkel pedem respostas a PSD

Fotografia: Lusa
José Sócrates e Angela Merkel pedem a PSD para "mostrar alternativas", ao PEC que chumbaram, para que Portugal possa atingir as metas orçamentais com que se comprometeu, "acalmar os mercados e restaurar a confiança".

No final da cimeira da União Europeia, Angela Merkel afirmou que tanto o Governo, como a oposição "devem tornar claro publicamente que medidas propõem implementar para que os objectivos sejam atingidos de forma diferente".



José Sócrates acrescentou que "os partidos têm de apresentar alternativas e esta é a hora de o fazer. Só assim contribuem para a credibilidade do País". Chumbar o PEC sem mostrar alternativas "Não basta".



Para a chanceler alemã é ainda indispensável esta tomada de posição pública por parte do PS e do PSD. "Não estou optimista, nem pessimista, sinto que foi tornado muito claro que é indispensável fazer isto se quisermos acalmar os mercados e restaurar a confiança".



Grupo_6_2011

Fontes: ionline.pt

Voto de Confiança para Portugal e Espanha




Olli Rehn, Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, disse hoje a uma televisão Finlandesa que Portugal e Espanha ainda conseguem evitar o resgate da União Europeia.

Depois de Portugal ser considerado pelos mercados financeiros como o próximo candidato a um apoio financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional e sem Governo até Maio, Olli Rehn comenta "o importante é que as forças políticas de Portugal consigam atingir o objectivo de redução rápida do défice público combinado entre a Comissão Europeia e o Governo há algumas semanas".

Portugal tem de pagar 4,2 mil milhões de euros de dívida em Abril e 4,9 mil milhões de euros a 15 de Junho, mas se forem executadas as reformas necessárias, "continuará no caminho para a consolidação das suas finanças públicas".

Rehn junta assim o seu voto de confiança ao deixado por Jean-Claude Juncker, presidente do EuroGrupo, que ainda ontem afirmou a uma rádio Alemã não acreditar que Portugal venha a pedir ajuda financeira, apesar de estar a viver uma situação "muito complicada".

No que respeita ao executivo Espanhol, Rehn suaviza o discurso, declarando que a dívida Espanhola foi "Inferior à média da UE".

Afirma ainda que "a Espanha começou a tomar no ano passado medidas decisivas para equilibrar as despesas públicas, adoptar reformas estruturais no sistema de pensões e do mercado de trabalho bem como, e isto é muito importante, do seu próprio sistema de poupanças".Estas medidas fundamentais irão permitir á Espanha escapar da ajuda.
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sexta-feira, 25 de março de 2011

Herman Van Rompuy: "Temos de apoiar o povo Líbio"

"Temos que ajudar a História, mas acima de tudo, temos que apoiar o povo da Líbia para salvar a vida de muitas pessoas, disse Herman Van Rompuy, Presidente da U.E após a cimeira de París e através da rede social Twitter.

Em anexo ao post no Twitter publicou o a sua intervenção  na Cimeira de París realizada a 19 de Março.  Ali  descreve os acontecimentos na Líbia, afirmando que a situação é intolerável. E manifestou-se satisfeito que a União Europeia tenha aprovado a resolução do Conselho da Segurança na qual se exige  o cessar do fogo imediato e completo das forças fiéis Kadhafi.
"O nosso compromisso é de longo prazo: não permitiremos que o coronel Kadhafi e o seu regime continuem a desafiar a vontade da comunidade internacional e desprezando o seu povo", afirma Herman Van Rompuy Presidente de la UE.
Leia aquí e aquí

E a Cimeira concluiu...

@Wordle

As palavras que marcam as Conclusões da Cimeira da Primavera da União Europeia.

OCDE: "Portugal não precisa de pedir ajuda"


Fotografia: Flickr

O secretário-geral da OCDE, Angel Gurria afirmou para a Bloomberg TV que Portugal não precisa de pedir ajuda ao fundo europeu. Estas declarações surgem depois da demissão do primeiro-ministro José Socrates e do Governo Português cair por terra.

Angel Gurria considera a queda do Governo uma tragédia. "Agora até que se realizem novas eleições, Portugal vai enfrentar semanas muito difíceis". Para o secretário-geral, o país estava a fazer tudo o que era necessário para resolver as suas contas públicas e não compreende o porquê do chumbo do PEC4.

Veja a declaração aqui:



Fonte: Jornal de Negócios, TVI24

Miguel Portas: "Passos Coelho foi a Bruxelas levar três puxões de orelhas"

No dia em que Passos Coelho foi a Bruxelas explicar porque chumbou o PEC, Miguel Portas não poupou o líder social democrata a duras críticas.

Para Miguel Portas, Pedro Passos Coelho foi a Bruxelas tentar explicar porque foi o único partido Europeu a chumbar um PEC, e acabou por levar "um puxão de orelhas de Angela Merkel, um puxão de orelhas de Durão Barroso e um puxão de orelhas de Jean-Claude Juncker, o presidente do Eurogrupo". E acrescentou, "estamos perante alguém que tem aquilo a que se poderia chamar a coluna vertebral de um caracol", isto porque, depois de derrubar o governo por não concordar com as severas medidas do PEC, vem "exactamente no dia seguinte a Bruxelas dizer que assume todos os compromisso que foram assumidos pelo primeiro-ministro".

O Presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, diz ter ficado descansado com a conversa com Passos Coelho: "O líder do PSD também se comprometeu com os objectivos que já tinhamos definido em comum". Já Angela Merkel considera "importante" que o PSD apresente as medidas alternativas que tem para fazer Portugal cumprir os objectivos, depois de ter chumbado o PEC.

Este é o vídeo do programa "Conselho Superior" da Antena 1, de título - O farsolas e o pote - onde se pode ver e ouvir a opinião do Euro-Deputado Miguel Portas acerca do chumbo do PEC e da ida de Passos Coelho a Bruxelas:




Fontes: bola.pt, beinternacional.eu, ciberjunta.com

Jean-Claude Juncker: "Próximo Governo português terá que apresentar resultados"



O líder do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, avisou hoje em Bruxelas que as metas de défice até 2013, com as quais Portugal também se comprometeu, são para cumprir, independentemente da escolha para o próximo Governo.

Juncker afirmou que num encontro mantido na quinta-feira com "o líder da oposição portuguesa", Pedro Passos Coelho lhe garantiu que as metas do programa de estabilidade acordado entre Portugal e a Zona Euro serão cumpridas caso o PSD venha a liderar o próximo Governo.

Já no final do primeiro dia de cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, o líder do Eurogrupo disse que, apesar de não ter sido discutido “de forma alguma” a possibilidade de Portugal recorrer no imediato ao fundo de resgate, deixou claro que “quem quer que esteja no próximo Governo português terá que apresentar resultados em termos de consolidação orçamental", salientando que o que está em causa "não depende de partidos ou da composição do Governo", mas sim de "um acordo entre a Zona Euro e Portugal".



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Líderes europeus aprovam medidas anti-crise

Fotografia: enciclopedia


Os chefes de Estado dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram, ontem à noite, um conjunto de medidas para resolver o problema da dívida soberana. Será permitido, assim, a criação de um fundo permanente para salvar os países da bancarrota.
Os líderes europeus redefiniram a capacidade do fundo de resgate temporário e decidiram que o fundo permanente de resgate, designado por Mecanismo de Estabilidade Europeia, entrará em vigor em 2013.
Este fundo terá um capital de subscrição de 700 mil milhões de euros, para poder emprestar até 500 mil milhões de euros. Desta quantia, 80 mil milhões de euros devem ser entregues pelos países da Zona Euro em cinco contribuições anuais e mais 620 mil milhões em garantias.
Em relação à disciplina orçamental dos Estados-membros, os líderes políticos dos 27 aprovaram, também, medidas de castigo a aqueles que não cumprirem os seus limites de défice e de dívida. A resolução da crise da dívida passa ainda pela reestruturação, apenas quando necessário, dos bancos e instituições financeiras mais vulneráveis.
Sócrates assegura compromisso de Portugal
O antigo primeiro-ministro garantiu que Portugal "saberá estar à altura das suas responsabilidades e cumprirá os seus compromissos com a Europa”. Esta garantia foi felicitada por Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, que conferiu às palavras de José Sócrates “um sinal importante de confiança para os mercados”.
Grupo_6_2011

Líderes europeus aprovam medidas anti-crise


Fotografia: enciclopedia.com.pt

Os chefes de Estado dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram, ontem à noite, um conjunto de medidas para resolver o problema da dívida soberana. Será permitido, assim, a criação de um fundo permanente para salvar os países da bancarrota.

Os líderes europeus redefiniram a capacidade do fundo de resgate temporário e decidiram que o fundo permanente de resgate, designado por Mecanismo de Estabilidade Europeia, entrará em vigor em 2013.


Este fundo terá um capital de subscrição de 700 mil milhões de euros, para poder emprestar até 500 mil milhões de euros. Desta quantia, 80 mil milhões de euros devem ser entregues pelos países da Zona Euro em cinco contribuições anuais e mais 620 mil milhões em garantias.

Em relação à disciplina orçamental dos Estados-membros, os líderes políticos dos 27 aprovaram, também, medidas de castigo a aqueles que não cumprirem os seus limites de défice e de dívida. A resolução da crise da dívida passa ainda pela reestruturação, apenas quando necessário, dos bancos e instituições financeiras mais vulneráveis.

Sócrates assegura compromisso de Portugal

O antigo primeiro-ministro garantiu que Portugal "saberá estar à altura das suas responsabilidades e cumprirá os seus compromissos com a Europa”. Esta garantia foi felicitada por Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, que conferiu às palavras de José Sócrates “um sinal importante de confiança para os mercados”.

quinta-feira, 24 de março de 2011

UE debate crise portuguesa


A crise política portuguesa vai ser o principal assunto em debate na reunião do Conselho Europeu que se iniciou hoje em Bruxelas. Entre os temas em agenda está um grande pacote de medidas de defesa da Zona Euro.

A possibilidade de Portugal recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) deverá dominar a Cimeira, de acordo com a cadeia de televisão Euronews  que não cita fontes. Admite-se ainda que o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, explique aos líderes da União Europeia (UE) o desenrolar dos últimos acontecimentos politicos.

Apesar da situação de instabilidade politica e económica, a conselheira europeia e ex-ministra do governo de António Guterres, Maria João Rodrigues, considera que Portugal não precisa de ajuda e vai continuar a honrar os seus compromissos. Declarações feitas à Euronews.

A chanceler alemã, Angela Merkel,  avisou que, "independentemente de quem esteja no Governo" é necessário aplicar "o programa de austeridade, para que a confiança do mercado possa crescer.”

quarta-feira, 23 de março de 2011

Bruxelas questiona as contas públicas portuguesas

Fotografia: Blog "Direito e Economia"

O Eurostat está em conversações com o Instituto Nacional de Estatística(INE). Em causa estão os gastos com as empresas públicas de transportes, que não têm contratos de gestão com o Estado, e o buraco do BPN avaliado em 2 mil milhões de euros.

Na origem das dúvidas está o modelo de contabilização do INE que é diferente do do gabinete de estatísticas da União Europeia. A confirmar-se a dúvida do Eurostat, o défice das contas públicas portuguesas poderá sofrer um reajustamento e atingir mesmo os 8%, ultrapassando a meta que tinha sido acordada com a União Europeia.

O compromisso assumido com Bruxelas para 2010 era de uma redução do défice das contas públicas para os 7,3%.

Miguel Frasquilho, deputado do PSD, reagiu à discrepância dos valores do défice orçamental de 2010, dizendo que são necessários esclarecimentos "o mais rápido possível" sobre esta questão.
Fontes: Sic, Tsf, Jornal I

Britânicos justificam política de cortes a partir do caso português

Foto: HM treasury.gov.uk

O ministro das Finanças britânico apresentou hoje a proposta de orçamento para 2011, afirmando que apesar do défice do Reino Unido ser superior ao de Portugal, espera conseguir taxas de juro semelhantes às da Alemanha, através de uma política de cortes semelhante à do governo português.

George Osborne usou o crescente custo com a dívida portuguesa para exemplificar os benefícios de ter aplicado um programa de austeridade, iniciado no ano passado.

"As taxas de juro no mercado da Grécia são de 12,5 por cento, na Irlanda estão próximas de 10 por cento, em Portugal e Espanha estão em sete e cinco por cento respectivamente, mas no Reino Unido caíram 3,6 por cento", referiu Osborne.

Na proposta apresentada estima-se uma redução do défice Inglês, que em 2009/10 atingiu 11,4 por cento do Produto Interno Bruto.

Osborne reviu ainda, em baixa, o crescimento económico para 1,7 por cento até ao final de 2011, contra a anterior previsão de 2,1 por cento, depois de no último trimestre ter sido registado um desempenho de menos 0,6 por cento.

Desceu também as estimativas de crescimento para 2012 de 2,6 por cento para 2,5 por cento.

O objectivo deste governo é obter um equilíbrio das contas públicas em 2016.


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PEC "demite" Sócrates


Foto: Jornal Público

O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi esta tarde rejeitado na Assembleia da República com os pontos de resolução do PCP, BE e Verdes de rejeição do PEC a serem aprovados com os votos favoráveis do maior partido da oposição, o PSD.

Com o chumbo do PEC no Parlamento José Sócrates apresentou a sua demissão do cargo de Primeiro-ministro. Na sua declaração ao país José Sócrates deixou alguns recados à oposição, dizendo “a sofreguidão pelo poder explica esta crise política”, “evitável” e “inoportuna” e que o que se passou durante a tarde na Assembleia foi um ”cenário lamentável”.

José Sócrates afirmou ainda no final da sua declaração que irá ser candidato nas próximas legislativas “Irei submeter-me à vontade dos portugueses. Tenho confiança na energia, na vontade e na capacidade dos portugueses. Eu confio em Portugal”.
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Bruxelas recebe mais uma Cimeira de Primavera


Foto: Sapo Noticias



Vai realizar-se nos próximos dias 24 e 25 de Março, em Bruxelas, mais uma reunião do Conselho Europeu, que tem como principais objectivos analisar a situação económica da zona Euro e dos países nela inseridos.


Nesta reunião vão ser discutidas essencialmente as medidas destinadas a preservar a estabilidade financeira, e a lançar as bases de um crescimento sustentável e gerador de emprego.


Portugal vai ser um dos países mais interessados no que se vai passar ao longo dos dois dias da reunião, pois muitos dos assuntos económicos que se tratarem na reunião, podem vir a afectar ainda mais a economia portuguesa e agravar a crise que o país atravessa.


Outro tema que vai ser discutido na reunião do Conselho vai ser sobre os recentes incidentes ocorridos na Líbia.






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segunda-feira, 21 de março de 2011

Possibilidade de consenso "cada vez mais longe"


O Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse, hoje, em Bruxelas, que vê "cada vez mais longe o consenso" porque o "discurso está bastante crispado por parte da oposição".

Teixeira dos Santos lamentou a existência de "posições irredutíveis de recusa ao diálogo" por parte dos partidos da oposição.

"Acho que isso não pronuncia nada de bom para o país", declarou.

O Ministro disse ainda que "neste momento a crise política contribui certamente para empurrar o país para os braços da ajuda externa".

Juncker diz que compromissos assumidos por Portugal devem ser cumpridos

Fotografia: Lusa

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, recusou, esta segunda-feira, comentar a situação política portuguesa e o possível "chumbo" do PEC IV, mas lembrou que os compromissos assumidos por Portugal devem ser respeitados.

"É evidente que há compromissos que foram assumidos por Portugal e não podemos afastar-nos de compromissos assumidos", afirmou o responsável, lembrando que as medidas do próximo PEC foram "tomadas e anunciadas pelo Governo português e endossadas pela Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE)".

Luís Amado diz que é "muito mau" Portugal chegar sem consenso a "cimeira decisiva"

Fotografia: (François Lenoir/Reuters)

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afirmou hoje em Bruxelas que será "muito mau" se Portugal se apresentar sem um forte consenso nacional na cimeira de líderes europeus nos dias 24 e 25 de Março.

Segundo Amado será "muito mau pela imagem que projecta do país e pelas dificuldades em que a economia do país se encontrará se não houver rapidamente uma solução em relação às condições" da participação de Portugal "nesta nova fase do euro".

O
Ministro lamentou que não tenha havido mais esforço e responsabilidade para se chegar a um consenso nacional.

“Eu creio que estamos há demasiado tempo a jogar aos dados com o destino da economia portuguesa e dos portugueses. Creio que deveria haver mais responsabilidade política no país, tenho-o dito recorrentemente há mais de um ano", afirmou Luís Amado.

Questionado sobre a situação política interna, o Ministro considera que "o cenário que está pela frente" é o de eleições legislativas antecipadas. Mas sublinha que cabe aos deputados da Assembleia da República e também ao Presidente da República a decisão final.




 

Paula Teixeira da Cruz desvaloriza Comissão Europeia


José Sócrates e Paula Teixeira da Cruz
Fotografia: Flickr

A vice-presidente do PSD classificou como "detalhes" o esclarecimento da Comissão Europeia sobre a data de entrega do PEC IV. Paula Teixeira da Cruz reafirma que o Governo mentiu.

"O Governo não se limitou a omitir, mentiu, de facto, ao país", porque enquanto dizia que a execução orçamental estava a correr bem, negociava afinal medidas adicionais. "O resto são detalehs", acr

Segundo a nota divulgada pela CE, no passado sábado, a carta enviada pelo Primeiro-Ministro, José Sócrates, só foi recebida dia 11 de manhã, apesar de estar datada de 10 de Março.

"Se seguiu à primeira hora da manhã ou às 11 ou à segunda hora, pouco importa. A 10 de Março esses compromissos estavam firmados, porque essa é a data da carta. Alguém acredita que uma carta segue no dia 11 com um conjunto de medidas severas a aplicar a um país e que obtém aprovação nesse mesmo dia? Não, meus senhores", reiterou Paula Teixeira da Cruz.

A Vice-Presidente do PSD mantém a sua posição, "O PSD vai votar contra o PEC IV".

domingo, 20 de março de 2011

Autoridades Líbias anunciam cessar-fogo

Em resposta ao Apelo da União Africana de fim imediato de hostilidades, o regime de Kadhafi anunciou, hoje, um cessar fogo.
Segundo a comunidade internacional, outro cessar-fogo tinha sido feito na sexta-feira, mas não foi respeitado, levando ao ataque das forças de coligação, no sábado, com tanques, por ar e mar contra alvos militares estratégicos.
O Secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, espera que a Líbia mantenha esta promessa