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domingo, 5 de janeiro de 2014

Proposta da Ucrânia rejeitada pela UE

O primeiro-ministro ucraniano, Mikola Azarov, exigiu à UE 20 mil milhões de euros em ajuda. A União Europeia rejeitou a proposta feita pela Ucrânia em troca da assinatura de um acordo de comércio e cooperação.

Foto: SicNoticias
Para o primeiro-ministro, o valor pedido à UE iria ajudar a economia europeia a adaptar-se e compensaria as potenciais perdas no mercado russo. A Ucrânia deve cerca de 2,9 milhões de euros em gás e pagamento de dívida nos primeiros três meses de 2014 e, em consequência, poderá ter dificuldade em pagar os custos crescentes de reservas que estão a diminuir.

O Presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovich classificou a quantia o mês passado como “humilhante” e afirmou “não estamos a esperar nem a pedir que nos dêem uma prenda ou que nos compensem, nem estamos a falar da União Europeia nos dar o apoio técnico necessário para que a nossa indústria cresça e atinja padrões europeus. Estamos a falar do envolvimento em projectos grandes, com proveito mútuo, que têm criado novos empregos nas nossas empresas nos últimos anos.”

Foto: Jornal da Madeira
A UE deixou de parte ao que chama “Assistência para a Ucrânia”, cerca de 610 milhões de euros, depois do país ter deixado em suspenso um acordo com Fundo Monetário Internacional. Depois disto o país ficou descredibilizado por não conseguir colocar em prática reformas necessárias.

Mesmo assim a União Europeia afirma que o acordo recusado por Kiev "continua em cima da mesa" e que está pronta a "pô-lo em prática", mas não a "reabrir as negociações".

A Ucrânia precisa de 14,5 mil milhões de euros por ano até 2017, de um total de mais de 115 mil milhões de euros.

Fontes: Público, DN

Eunice Braz

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Caso Timoshenko decide futuro da Ucrânia na UE



Sobem as tensões entre a Ucrânia e a União Europeia, após o adiamento por parte do parlamento ucraniano sobre a aprovação da lei que permita que a antiga Primeira-Ministra Iulia Timoshenko seja tratada na Alemanha. Timoshenko foi condenada a sete anos de prisão em 2011, e está hospitalizada há ano e meio por causa de uma hérnia discal.

A pouco mais de uma semana da próxima Cimeira da Parceria Oriental que terá lugar em lugar em Vílnius, na Lituânia, em 28 e 29 de Novembro, em que a Ucrânia pode vir dar o primeiro passo para a futura adesão a União Europeia com a assinatura do Acordo de Associação, mas a liberação de Iulia Timoshenko Bruxelas não assinará o histórico acordo.

O comissario europeu para o alargamento Stefan Fule fez um rápida visita à Kiev (18-20 Novembro) à pedido do Presidente da Comissão Europeia Jose Manuel Durão Barroso.

Stefan Fule and Viktor Yanukovych (Fonte: rferl)
A agência de notícias russa Interfax classificou a visita de Stefan Fule como umaa desesperada tentativa para  salvar a Cimeira da Parceria Oriental, pois a Ucrânia com 46 milhões de pessoas torna-se quase essencial  para a criação do livre comercio e o sucesso da cimeira

Stefan Fule, de volta à Bruxelas, declarou que a UE se comprometeu a levar as relações UE-Ucrânia para um novo nível, abrindo novas oportunidades para o povo ucraniano. Não falou no caso  Timoshenko.

No dia 17 de Outubro, o Presidente ucraniano Viktor Yanukovych admitiu que o dossiê Iulia Timoshenko é uma questão bastante dolorosa para ambas as partes. Dado o delicado estado de saúde da antiga primeira-ministra, Viktor Yanukovych declarou que estaria disposto a assinar uma permissão para que ela pudesse ser tratada no exterior, mas com a condição que depois voltasse para cumprir o resto da pena na prisão.

Os dois emissários do Parlamento Europeu, Pat Cox (ex-presidente do Parlamento Europeu) e Aleksander Kwaśniewski (ex-presidente polaco) concluirão na 24ª Aleksander Kwaśniewski que o caso Iulia Timoshenko é máxima urgência e deve ser resolvido de antes da Cimeira. (Consultar programa de assistência a Ucrânia 2014-2017).

Fontes: Euronews, EU Delagations to Ukraine, , Interfax

Rodrigo Rodrigues

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Governo grego resiste a moção de censura

A Esquerda Radical, partido de oposição à coligação governamental da Grécia, apresentou uma moção de censura como forma de protesto às medidas de austeridade da troika. Após a votação iniciada no parlamento de Atenas durante esta noite, a moção de censura acabou por ser rejeitada.

Deputada Theodora Tzakri
De acordo com o DN, para derrubar o Governo dirigido por Antonis Samaras, era necessária uma maioria absoluta, ou seja, 151 votos a favor da moção. Esta situação é impossível de acontecer, visto que a coligação detém 155 dos 300 lugares disponíveis no Parlamento. Assim, a moção de censura foi vetada com apenas 124 votos a favor.

A audiência ficou marcada pela expulsão da deputada da coligação, Theodora Tzakri, que votou a favor da moção.

A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional estão neste momento em Atenas, com o objectivo de verificar o desempenho da Grécia e avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no programa de ajuda externa. Segundo o Público, o país já recebeu 240 mil milhões de euros de empréstimos.



Ana Luz e Mª. Inês Gonçalves

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Irlanda fora da Troika



Primeiro-ministro irlandês declarou que a Irlanda irá sair do programa ajustamento económico e financeiro no dia 15 de Dezembro deste ano.

No Sábado passado, o chefe de governo irlandês Enda Kenny anunciou numa reunião anual do partido Fine Gael que antes do fim do ano as metas para a saída do programa de resgate da União Europeia e do FMI serão cumpridas.

Enda Kenny afirmou que "Ainda há um longo caminho a percorrer. Mas ao menos, a Era da Troika já não estará mais presente. Será o fim da emergência económica."

O Primeiro-ministro acrescentou que o trabalho em coligação junto com o Partido Trabalhador (Labour Party) foi a chave para a melhoria da competitividade e para a criação de mais de 34 mil novos postos de trabalho, no último ano.

"Sim, ainda há muitas pessoas desempregadas. Sim, há muitas pessoas a saírem do país. Mas sabem uma coisa, há uma mudança a acontecer" declarou Enda Kenny.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos Olli Rehn mostrou-se confuiante com o plano da Irlanda em sair do programa de ajustamento. Segundo Olli Rehn a Irlanda está no caminho certo para o sucesso.

Enda kenny concluiu que "após anos desastrosos, a confiança está gradualmente a ser restaurada. Apesar de uma conjuntura internacional difícil, a nossa economia está a crescer… Á volta do mundo, investidores estão de olho na Irlanda e gostam daquilo que vêem."

Maria Leonor e Rodrigo Rodrigues

terça-feira, 28 de maio de 2013

Jeroen Dijsselbloem admite que Portugal poderá vir a ter mais tempo


                                 Jeroen Dijsselbloem, Presidente do Eurogrupo (Fonte:Guardian)




O Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse esta segunda-feira em Lisboa, em conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças português Vítor Gaspar que, caso seja necessário, poderá ser consentido mais tempo a Portugal para atingir as metas que foram acordadas com o FMI. Embora reconheça que Portugal poderá vir a ter mais tempo, acrescenta que, até à data, as autoridades portuguesas não fizeram nenhum pedido nesse sentido.

Jeroen Dijsselbloem afirmou que é muito importante que agora se esteja a trabalhar no ajustamento estrutural necessário, não só em Portugal, mas na totalidade da zona Euro. 

Continuando, admite que sendo visíveis esses esforços por parte dos países, e só sendo por culpa da situação económica que não é possível atingir as metas acordadas dentro do tempo estipulado, então aí sim poderá ser considerado mais tempo para se conseguir cumprir essas metas. 

Também o Ministro das Finanças Português Vítor Gaspar disse que agora era tempo de continuar com o programa de ajustamento acordado e cumprir os objectivos que estão estipulados.

Porém, Vítor Gaspar, também admite que poderá ser preciso mais tempo do que o que está previsto, afirmando que "não se pode excluir uma maior flexibilidade das metas definidas para Portugal se as circunstâncias o tornarem necessário".

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Christine Lagarde vê a Europa como centro dos riscos para o desenvolvimento económico global

Apesar da crise financeira, Lagarde prevê um longo futuro para o euro (Foto: AFP)

A directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou o crescimento económico global, em especial nas economias emergentes. Citada pela Bloomberg, Lagarde afirmou que este crescimento deveu-se, em parte, à consolidação financeira dos EUA, e lembrou que, apesar dos sinais positivos, ainda existem riscos, especialmente no que toca à "recuperação desigual na Europa".

O discurso da directora do FMI, que teve lugar no Fórum de Boao, em Hainan, na China, centrou-se nos esforços que estão a ser feitos para resolver a crise europeia. Segundo Lagarde, "a vontade política colectiva em manter, defender, proteger e aumentar a zona monetária tem sido muito subestimada", aproveitando ainda para reforçar a hipótese para os eurobonds, que, segundo a própria, representam "claramente um dos próximos passos a ter em consideração", algo que não tem sido visto com bons olhos por parte da Alemanha. Apesar destas discordâncias, a directora do FMI, citada pela AFP, vê um "longo futuro" para o euro.

Christine Lagarde falou também da crise no Chipre, que considera um "caso muito específico em vários aspectos", como por exemplo a importância do sector bancário na economia do país. Lagarde considera que, dado esses factores, o Chipre não deve "ser um exemplo de como assuntos dessa natureza devem ser tratados" e que o FMI vai contribuir com cerca de mil milhões de euros para o seu programa de resgate, que considera um desafio.

Quando questionada sobre a probabilidade de futuras crises, Lagarde afirmou não ter "uma bola de cristal". Ainda assim, espera que não haja "nenhum país à beira de precisar de ajuda de parceiros europeus e do FMI".

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lagarde pede adiamento dos cortes na Alemanha

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu ao Governo alemão que abrande o processo de consolidação orçamental, para compensar as consequências negativas que a austeridade dos países em crise tem tido no crescimento económico da Zona Euro. Numa entrevista ao diário Die Zeit, Lagarde afirma que o Governo alemão pode "permitir-se avançar mais devagar do que outros na consolidação", adiantou o Público.

Foto: Financial Times
Recentemente, o Governo alemão aprovou os planos para o Orçamento do Estado de 2013, nos quais se compromete a anular o défice orçamental durante os próximos três anos. “No caso da Alemanha significa não tentar alcançar tão rapidamente o "défice zero", destacou Lagarde, enaltecendo que esta é a única opção dos restantes países para conseguirem equilibrar o déficit.

A responsável do FMI reforçou que, para resolver a crise europeia, é fundamental a criação de um programa “completamente funcional” de compra de dívida soberana por parte do BCE e a consolidação da união bancária. Christine Lagarde reconheceu que a colaboração entre o FMI e a União Europeia nem sempre tem sido fácil devido à necessidade de “encontrar um consenso” entre ambas as partes, especialmente no que se relaciona com o caso da Grécia, escreveu o Negócios Online.

Lagarde avançou com a hipótese de o FMI poder envolver-se exclusivamente na supervisão dos programas de reforma nos países da Zona Euro sem colaborar financeiramente. O FMI “não tem de comprometer-se financeiramente em todos os casos”, disse. A Directora-Geral do FMI acrescentou ainda que a instituição pode “concentrar-se principalmente em ajudar no desenvolvimento e supervisão dos programas de ajustamento”.

Em 2013, Lagarde defende que a economia global vai registar um ritmo de crescimento mais acelerado, devido à retoma do dinamismo económico nos EUA e ao papel das economias emergentes, como é o caso da China. Na zona euro, as previsões do FMI indicam que o clima económico dos países em recessão deve melhorar, noticiou o Monitor Digital.

Mariana Pinheiro e Sara Cunha

sábado, 10 de novembro de 2012

Sobretaxa do IRS será mantida até 2014

A quinta avaliação do programa de assistência a Portugal, publicado na última quinta-feira (dia 25), no site do FMI, divulgou uma sobretaxa de 4% sobre o rendimento acima do valor do salário mínimo até o fim do programa, em meados de 2014. Porém, Abebe Selassie, responsável pelo FMI, definiu que será de responsabilidade do governo encontrar medidas alternativas com impacto semelhante, mas que sejam permanentes, para manter essa taxa.

Selassie é contra a volta TSU
Selassie afirmou para o portal Agência Financeira que existem maneiras da sobretaxa ser eliminada. «A sobretaxa pode ser eliminada, mas terá de ser substituída por outras medidas relevantes que na generalidade, têm de ser permanentes».

Já o ministro das finanças de Portugal, Vítor Gaspar, não descartou a ideia de dar continuidade à aplicação da sobretaxa de 4% no IRS. Quando questionado no Parlamento sobre o assunto, Gaspar apenas mencionou que a medida seria aplicar já em 2013.

Gaspar pretende dar continuidade à sobretaxa
Outros pontos como a Taxa Social Única para empresas também foram discutidos em conferência de imprensa com Abeb Selassie. Sobre esse assunto, Selassie foi bem categórico e disse não querer a TSU de volta. «Há outras medidas que podem ser consideradas, como controle orçamental e competitividade. O importante é ser sustentável».

Gabrieli Mello e Flávia Pigozzi

sábado, 27 de outubro de 2012

Menos subsídio de desemprego para os portugueses

Vítor Gaspar escreveu uma carta ao Fundo Monetário Internacional (FMI), onde afirma que os cortes nas prestações sociais vão ser aplicados a todas as pessoas que ficarem desempregadas, o que vai gerar uma poupança de cerca de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB).

Todos os trabalhadores que perderem o emprego vão sofrer um corte no seu subsídio. Terminando assim com os benefícios que os trabalhadores empregados até 31 de Março que, na primeira situação de desemprego ainda podiam usufruir das antigas regras. Reduz a duração máxima do montante da prestação social.

Os subsídios passam de 36 para 18 meses, chegando a atingir os 26 meses nos trabalhadores com carreira contributiva mais longa. Com este novo compromisso, o Governo vai aplicar a todos os trabalhadores cortes nos subsídios de desemprego de 10 por cento a partir do sexto mês. Estas regras, que já se encontravam em vigor desde 1 de Abril, e só se aplicavam a quem já se encontrava em situação de desemprego, porém, a partir de agora vão se aplicar a todos os que fiquem desempregados.

Com estas medidas, o Governo espera poupar cerca de 1170 milhões de euros nas prestações sociais.

Lasefa Barreto

FMI exige mais esforços a Portugal

Em comunicado divulgado ontem à noite, o Fundo Monetário Europeu mencionou que "são precisos esforços adicionais" para consolidar as contas e impulsionar o crescimento, muito por culpa das perspectivas externas e o desemprego em Portugal, que dificultam o cumprimento dos objectivos do programa de ajustamento.

Esta notificação vem num momento em que o FMI já deu o aval para a entrega da quinta tranche do empréstimo a Portugal (no valor de 1500 milhões de euros), mas revelou que a austeridade imposta aos portugueses dificilmente vai ficar por aqui.

A directora do Fundo Monetário Europeu Nemat Shafik referiu que "são necessários esforços adicionais, com o apoio dos parceiros da zona euro, para fazer avançar a consolidação orçamental e impulsionar o crescimento de longo prazo". A directora disse ainda que a dívida de Portugal diminui a margem de manobra das autoridades portuguesas, sublinhando que a revisão prevista das despesas "iria ajudar a reequilibrar o esforço de ajustamento, que se baseia actualmente sobretudo em medidas do lado da receita".

Fontes: Correio da Manhã, Público, Radio Renascença

Marcelo Miranda e Sérgio Moita

sábado, 13 de outubro de 2012

Lagarde admite prazo adicional de 2 anos à Grécia

A Directora-Geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, afirmou ser necessário conceder à Grécia um prazo adicional de dois anos, até 2016, para que o país seja capaz de concluir o programa de ajuda externa das suas finanças públicas e implemente as medidas exigidas pelos credores, segundo o site brasileiro Band.

Christine Lagarde em conferência de imprensa em Tóquio
Em conferência de imprensa, em Tóquio, no Japão, citada pela agência Bloomberg, Lagarde disse que perante a redução drástica do défice "às vezes é preferível dispor de um pouco mais de tempo", realçando que é fulcral aplicar medidas para permitir a função dos estabilizadores, principalmente em países em dificuldades.

O ministro das finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, que também se encontra em Tóquio, preferiu não comentar esta proposta de extensão do prazo para a Grécia, mas afirmou que uma decisão sobre o tema só deverá ser tomada depois de publicada a revisão ao progresso do programa de ajustamento grego por parte da troika, como noticiou o Jornal de Negócios.

Segundo o FMI, a dívida pública da Grécia vai superar este ano 170% do PIB e em 2013 poderá atingir os 181,8%, tendo os seus credores públicos exigido uma redução para 120% do PIB até 2020.

Mariana Pinheiro e Sara Cunha

sábado, 17 de março de 2012

Grécia consegue 28 mil milhões, mas FMI lança ultimato




O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou  um empréstimo de 28 mil milhões de euros à Grécia, mas avisa que o risco de uma "subida acentuada da dívida mantém-se".
O FMI aprovou na passada quinta-feira um novo montante de resgate à Grécia. Segundo a Euronews, a decisão deveu-se ao envolvimento positivo do sector privado no melhoramento da dívida e às negociações sobre o novo plano de ajuda. Horst Reichenbach, presidente da equipa da Comissão Europeia em Atenas, fala de "um novo começo" para o país. Contudo, o fundo avisa que a "Grécia tem pouca ou nenhuma margem para derrapagens".
A instituição liderada por Christine Lagarde relembra que, caso as medidas de austeridade não sejam bem aplicadas, "muito provavelmente vai instalar-se uma recessão mais profunda e uma trajectória de dívida muito mais elevada".
No total, a Grécia vai receber 172,7 mil milhões de euros até 2015 e, segundo a Euronews, pode receber já 1,65 mil milhões.

sexta-feira, 9 de março de 2012

FMI aplaude Atenas


A directora-geral do FMI admite que a reestruturação grega irá reduzir as necessidades de financiamento a médio prazo da Grécia.


Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), felicitou o contributo dos investidores privados em relação à na reestruturação da dívida grega.

''Congratulamos-nos com a cooperação do sector privado em participar na oferta de troca de dívida por parte das 
autoridade gregas'', admite, segundo o Jornal Diário Económico.

O Governo Grego grego anunciou hoje que a participação dos credores privados, especialmente das seguradoras, fundos de pensões e bancos, na operação para a troca da dívida grega foi de quase 84%.

Lagarde admite também, que este apoio por parte do sector privado é essencial na contribuição de para colocar a economia grega em crescimento e em estabilidade financeira, de acordo com o Diário Económico Jornal Económico.

Daniela Fernandes 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

FMI dá nota positiva a Portugal


Representantes da Troika (@aessenciadapolvora.blogspot)

Foi positiva a nota dada ao governo português no cumprimento das medidas acordadas com a Troika aquando do memorando de entendimento. O Fundo Monetário Internacional destacou o bom desempenho de Portugal, que já conseguiu vender 3 milhões de divida.

A União Europeia e o FMI concordaram ao afirmar que Portugal, tal como a Irlanda, tem reunido todos os esforços para continuar a receber os trechos de dinheiro. A Troika realçou ainda que a situação portuguesa é melhor do que a grega, apesar de a quebra económica ser semelhante nos dois países: a economia portuguesa deverá ter este ano uma contracção de 3%.

Numa visita que se iniciou esta quarta-feira, a Portugal, os representantes do FMI referiram a importância do esforço português para cumprir as metas. O caso grego difere do português uma vez que a Grécia não reúne apoio junto dos parceiros europeus.

Os protestos em Atenas têm sido pautados pela violência das manifestações sociais, fruto do descontentamento da população face às medidas impostas pelo governo de Lucas Papademos. Em Portugal, a supressão de alguns feriados, reduções salariais e aumento dos impostos são algumas das medidas que têm levado a uma onda de protestos um pouco por todo o país.

Inúmeras críticas têm sido apontadas a Portugal, afirmando que o país está agora onde a Grécia estava há cerca de dois anos e que está a seguir o caminho de Atenas, revelou a Euronews.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Portugal - um exemplo para Itália

A chanceler alemã, Angela Merkel, referiu Portugal como exemplo de um país que conseguiu recuperar a confiança dos mercados financeiros.

Perante o retrocesso financeiro da Itália, Merkel sublinhou o caso português. “Qualquer país europeu reconquistará a confiança dos mercados – vimo-lo com Portugal – quando as medidas decididas são efectivamente aplicadas”, afirmou depois de uma visita à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O FMI já demonstrou disponibilidade para comprar a dívida soberana, e a chanceler também afirmou estar disponível para discutir um plano de recapitalização da banca europeia.

Ana Claúdia Silva, Ana Margarida Araújo, Cátia Pereira, Susana Ferreira

terça-feira, 31 de maio de 2011

25 anos de Portugal na União Europeia

Silva Lopes: "FMI vai causar-nos problemas"

Portugal recorre à ajuda da União Europeia e do FMI, 25 anos depois da entrada na CEE. O momento que o país atravessa merece avaliações diferentes, do cidadão comum, do economista, mas também dos políticos que conduziram o país nos últimos anos. José da Silva Lopes faz um balanço positivo da integração europeia, mas critica o “despesismo português”. Quatro famílias reconhecem que a União Europeia permitiu a transformação do país, mas culpam o euro e os sucessivos governos pela atual crise. Situação para a qual alguns políticos foram dando sinais de alerta. Os 25 anos de Portugal na União Europeia ficam marcados por cinco momentos cruciais.



FMI, um mal necessário

"A vinda do FMI vai causar-nos problemas, mas a não vir era pior". A opinião de José da Silva Lopes, ex-governador do Banco de Portugal e antigo ministro das finanças, que fez à “Europa na lusófona”, um balanço económico dos 25 de Portugal na UE.






25 anos na UE: olhares na primeira pessoa

Quatro portugueses de mundos diferentes e experiências marcadas pelas dificuldades da vida, lançam um olhar sobre o que se passou no último quarto de século em Portugal. Depoimentos sem preconceitos que reacendem da memória, momentos que o tempo não consegue apagar.


Em 1985 um pão custava dois cêntimos, hoje não se compra por menos de 15. Os preços e o custo de vida são os fatores que mais se destacam na análise feita por quatro pessoas, de duas gerações, numa avaliação às mudanças registadas em Portugal desde a entrada para a União Europeia. Ler Mais



25 anos em cinco momentos


Fonte: RTP

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pacote de ajuda pode chegar aos €90 mil milhões

Portugal pode precisar de um pacote de ajuda financeira perto dos 90 mil milhões de euros, avançou hoje o Diário Económico. É este o valor que tanto o Ministério das Finanças como o Banco de Portugal consideram ser necessário para aliviar a crise financeira em que Portugal se encontra e que se situa acima dos 85 mil milhões entregues à Irlanda, tornando-se assim no pacote de ajuda mais elevado na recente crise europeia.

O pedido oficial de ajuda externa por parte de José Sócrates esta quarta-feira, altamente antecipado pela comunidade internacional, já lançou várias reacções em relação aos detalhes no que diz respeito ao pacote de ajuda que Portugal irá receber. Os €90 mil milhões apurados pelo Diário Económico representam mais de metade do PIB nacional e serão repartidos em várias tranches. Em Inglaterra, o The Guardian referencia o valor avançado pelo Diário Económico, 20% acima das previsões iniciais, dizendo que os maiores responsáveis pelo valor elevado são a dívida do Estado e a quebra financeira das empresas públicas. Já a agência financeira Fitch equaciona um valor rondando os 60 mil milhões de euros com Douglas Renwick, director da agência, afirmando que o pacote de ajuda «irá ajudar a moderar os riscos macroeconómicos e para a estabilidade financeira no curto prazo».

O número elevado de estimativas deve-se às várias condicionantes em relação à situação portuguesa, com os resultados das futuras eleições legislativas, a realizar em 5 de Junho, a reterem um enorme impacto no futuro do país. As negociações entre a Comissão Europeia e Portugal iniciam-se hoje, onde também serão discutidas novas medidas de austeridade para assegurar o futuro financeiro português.

Fontes: Diário Económico, Público, The Guardian, Diário de Notícias.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sócrates confirma pedido de ajuda externa à Comissão Europeia


Em conferência de imprensa realizada hoje, José Sócrates confirmou o pedido de assistência financeira à cede da Comissão Europeia em Bruxelas. O Primeiro-Ministro assume já ter dado conhecimento ao Presidente da República e garante que tudo vai fazer para que o “ pedido de ajuda tenha os menores custos possíveis para Portugal e para os portugueses".

Depois de na semana passada Teixeira dos Santos “ter aberto a porta” a um possível pedido de ajuda financeira e após os líderes dos maiores bancos nacionais decidirem não comprar mais divida portuguesa, o Ministro das Finanças confirmou hoje numa entrevista dada ao Jornal de Negócios que “perante esta difícil situação, que podia ter sido evitada, entendo que é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política”.

Naquele que pode vir a ser um dos dias mais importantes do ano, José Socrates deu hoje uma conferência de imprensa com início às 20h38m na qual confirmou o pedido de ajuda assumindo que “ a minha obrigação e a minha responsabilidade é pôr acima de tudo o interesse nacional; por isso, o Governo decidiu hoje dirigir à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira, por forma a garantir condições de financiamento a Portugal, ao nosso sistema financeiro e à nossa economia, em termos que tenham em conta a situação política nacional e as limitações constitucionais do Governo, como Governo de gestão. Informei desta decisão o Senhor Presidente da República, a quem solicitei que realizasse as diligências que entendesse necessárias junto dos partidos políticos. Este é o momento para todos assumirmos as nossas responsabilidades perante o País.”

Ao longo deste último ano lutei todos os dias para que isto não acontecesse.” O primeiro-ministro ainda criticou a oposição: “A verdade é que tínhamos uma solução e ela foi deitada fora. Como na altura alertei, a rejeição do PEC IV e a abertura de uma crise política vieram fragilizar Portugal e diminuir a capacidade do Governo para responder às dificuldades”.


Fontes : RTP , Público, TSF, Ionline

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FMI pressiona Grécia para reestruturar a dívida

O Fundo Monetário Internacional (FMI) não acredita que as actuais medidas de austeridade, aplicadas pela Grécia, sejam suficientes para acalmar os mercado, revela o Der Spiegel,. O jornal, não identificando fontes, noticiou que a hipótese de uma reestruturação da dívida grega foi discutida entre representantes do FMI e dos governos europeus.
O FMI negou, entretanto, à agência Reuters que qualquer pressão esteja a ser feita sobre a Grécia. “Como temos dito, constantemente, o FMI apoia a posição do Governo grego em não reestruturar a dívida assim como a sua determinação em cumprir as obrigações a que se comprometeu”, informou um porta-voz do FMI à agência noticiosa.
O ministro das Finanças grego George Papaconstantinou também informou a Reuters que uma reestruturação não está a ser ponderada. Considera que "os custos de uma reestruturação ultrapassariam em muito os benefícios que ela traria."
Segundo o Der Spiegel, o FMI mostra-se relutante em tornar esta posição pública, por recear que aumente a pressão dos mercados sobre Portugal.

sábado, 2 de abril de 2011

Mário Soares e Diogo Freitas pedem controlo da especulação na UE



O ex-Chefe de Estado Português denunciou o capitalismo e apontou a necessidade inevitável da União Europeia em controlar a especulação. Mário Soares criticou a perda dos "princípios europeus" enquanto que o professor de direito Diogo Freitas do Amaral defende que é altura de travar o comportamento politico do chanceler alemã.

"A minha resposta é esta: nós temos, mais tarde ou mais cedo, em termos europeus, que controlar os mercados especulactivos que só pensam no dinheiro e temos que explicar com a força dos factos que, mais importante que o dinheiro, são as ideias das pessoas, os princípios e os valores", declarou Mário Soares, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, durante a conferência sobre “Democracia no século XXI: que hierarquia de valores?”.

Soares considera que não existem motivos para temer o FMI e lembra que por duas vezes, este ajudou a resolver os problemas de Portugal. Quem tem a mesma opinião é o antigo ministro e professor de Direito Freitas do Amaral.