A Esquerda Radical, partido de oposição à coligação governamental da Grécia, apresentou uma moção de censura como forma de protesto às medidas de austeridade da troika. Após a votação iniciada no parlamento de Atenas durante esta noite, a moção de censura acabou por ser rejeitada.
Deputada Theodora Tzakri
De acordo com o DN, para derrubar o Governo dirigido por Antonis Samaras, era necessária uma maioria absoluta, ou seja, 151 votos a favor da moção. Esta situação é impossível de acontecer, visto que a coligação detém 155 dos 300 lugares disponíveis no Parlamento. Assim, a moção de censura foi vetada com apenas 124 votos a favor.
A audiência ficou marcada pela expulsão da deputada da coligação, Theodora Tzakri, que votou a favor da moção.
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional estão neste momento em Atenas, com o objectivo de verificar o desempenho da Grécia e avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no programa de ajuda externa. Segundo o Público, o país já recebeu 240 mil milhões de euros de empréstimos.
A moção de censura ao Governo apresentada pelos comunistas não passou no Parlamento. Os votos foram: 31 votos a favor (PCP, BE e Verdes), 92 contra (PS) e 89 abstenções (PSD e CDS-PP).
A moção de censura do PCP ao Governo foi hoje rejeitada com votos contra do PS, e as abstenções do PSD e CDS-PP. Os votos favoráveis foram dos comunistas, do Bloco de Esquerda e "Os Verdes".
Esta foi a primeira moção de censura ao Governo minoritário de José Sócrates, o que implica que continuará com o mandato por mais tempo.
É importante relembrar que para ser aprovada uma moção de censura é necessária a aprovação da maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções (116) e isso implicaria a queda do Governo.