Naquele que pode vir a ser um dos dias mais importantes do ano, José Socrates deu hoje uma conferência de imprensa com início às 20h38m na qual confirmou o pedido de ajuda assumindo que “ a minha obrigação e a minha responsabilidade é pôr acima de tudo o interesse nacional; por isso, o Governo decidiu hoje dirigir à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira, por forma a garantir condições de financiamento a Portugal, ao nosso sistema financeiro e à nossa economia, em termos que tenham em conta a situação política nacional e as limitações constitucionais do Governo, como Governo de gestão. Informei desta decisão o Senhor Presidente da República, a quem solicitei que realizasse as diligências que entendesse necessárias junto dos partidos políticos. Este é o momento para todos assumirmos as nossas responsabilidades perante o País.”
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Sócrates confirma pedido de ajuda externa à Comissão Europeia
Em conferência de imprensa realizada hoje, José Sócrates confirmou o pedido de assistência financeira à cede da Comissão Europeia em Bruxelas. O Primeiro-Ministro assume já ter dado conhecimento ao Presidente da República e garante que tudo vai fazer para que o “ pedido de ajuda tenha os menores custos possíveis para Portugal e para os portugueses".
Depois de na semana passada Teixeira dos Santos “ter aberto a porta” a um possível pedido de ajuda financeira e após os líderes dos maiores bancos nacionais decidirem não comprar mais divida portuguesa, o Ministro das Finanças confirmou hoje numa entrevista dada ao Jornal de Negócios que “perante esta difícil situação, que podia ter sido evitada, entendo que é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política”.
“Ao longo deste último ano lutei todos os dias para que isto não acontecesse.” O primeiro-ministro ainda criticou a oposição: “A verdade é que tínhamos uma solução e ela foi deitada fora. Como na altura alertei, a rejeição do PEC IV e a abertura de uma crise política vieram fragilizar Portugal e diminuir a capacidade do Governo para responder às dificuldades”.
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