domingo, 16 de novembro de 2014

Merkel avisa primeiro-ministro britânico

Angela Merkel, chanceler alemã, avisou David Cameron, presidente britânico, que as restrições à liberdade de circulação são inaceitáveis e que admite a saída do Reino Unido da UE.

Angela Merkel e David Cameron numa conferência de imprensa no Reino Unido
"Pela primeira vez, Cameron empurra o seu país para um 'ponto de não retorno' sobre a questão de pertença à UE, para um ponto" no qual Berlim deixará de apoiar o Reino Unido na sua manutenção na União Europeia, avançou a revista Spiegel.

O principal ponto de discórdia entre os dois chefes de estado centra-se na ideia, avançada por Londres, que se baseia em limitar a entrada de imigrantes no Reino Unido, mesmo que os mesmos sejam oriundos de países da UE. As exigências de Merkel foram causaram estrondo no Reino Unido e Cameron já está a pensar noutras alternativas para como não permitir que um imigrante que esteja desempregado no RU fique mais de três meses no país.

Além deste aperto de orelhas, pela Merkel, a União Europeia planeia também multar o Reino Unido e a Dinamarca, aliada dos britânicos por se recusarem a pagar os 2,1 milhões mil milhões de euros de contribuição para o orçamento da UE deste ano.

Bruno Perdigão

Fontes: Mirror, Diário de Notícias

Cameron diz não à União Europeia

Em entrevista ao jornal Britânico The Telegraph, David Cameron disse que, a Inglaterra não vai pagar os 2,1 mil milhões para o orçamento da União Europeia.


O primeiro-ministro britânico considera este valor completamente inaceitável, e que esta não é a maneira da UE tratar um dos países que mais contribui para a zona euro.

Segundo uma fonte do governo Britânico, Cameron falou com Durão Barroso e disse que este não tinha ideia do impacto desta medidas - que não se tratava apenas da opinião pública mas de 2,1 mil milhões de euros. Barroso reagiu às críticas argumentando que, "não há razão para surpresas" e "as taxas são calculadas em base em mecanismos a que todos os Estados-membros deram o acordo por unanimidade."

Fontes: Público, The Telegraph

Pedro Santos

Europeus juntam-se à causa Islâmica

Membros do grupo Median Empire de Colónia
Um grupo de motards europeus juntou-se aos Curdos contra o Estado Islâmico, na Síria. Este grupo de Holandeses e alemães têm vindo a divulgar imagens e mensagens nas redes sociais que mostram o dia-a-dia desta aliança. Numa das fotografias publicadas no Twitter um dos membros armados está com uma Kalashnikov ao lado de um combatente Curdo.

Klaas Otto, o líder do grupo, esclareceu a semana passada que o grupo é composto por “pessoas com treino e muita experiência” e que estão preparados para combater contra os Guerrilheiros do Estado Islâmico. Outras das mensagens que se pode ler nas redes sociais é dada por outro membro do grupo Median Empire de Colónia em que declara que “enquanto os outros mandam bocas, nós estamos na linha da frente a lutar”.

Este fim-de-semana, os Curdos conseguiram conquistar terreno em Kobane, anteriormente perdido, graças à ajuda dos combatentes europeus. Kobane é o palco do combate ao Estado Islâmico. A Síria encontra-se em guerra civil há três anos. Este conflito já provocou mais de 200 mil mortes.

Link: Sol; TVI24; Diário de Notícias
Imagem

Ana Colecas, André Contente e Bruna Gonçalves

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Economia russa encostada à parede

Vladimir Putin, Russia, G20, Angela Merkel, Alemanha, David Cameron, Reino Unido, sancoes economicas, Ucania
Vladimir Putin reconheceu publicamente os efeitos das sanções na economia da Rússia (foto:reuters)
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin reconheceu que a economia do seu país tem sentido os efeitos negativos das sanções económicas impostas pelo ocidente devido à invasão de tropas russas na Ucrânia, e pôs em causa a legalidade das mesmas ao considerar que elas “contrariam o direito internacional, porque as sanções só podem ser aplicadas no âmbito das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança.”

Numa entrevista à agência de notícias russa TASS, na véspera da cimeira do G20 que se realiza na cidade australiana de Brisbane, Putin admitiu também que a continuação da queda do preço do petróleo pode ter “consequências catastróficas” para o seu país.

No entanto, Vladimir Putin garantiu que as reservas de petróleo são suficientes para que governo cumpra os seus “compromissos sociais”. Segundo dados revelados pelo Kremlin, estas reservas estão avaliadas em 400 mil milhões de dólares.

Além disso, o líder russo deixou um aviso à Alemanha ao assinalar que as sanções económicas podem por em causa 300 mil empregos de empresas alemãs que exportam para a Rússia.

A Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que também se encontra na Austrália para participar na reunião do G20, não respondeu directamente a Putin mas considerou que “a prioridade deve ser a situação humanitária na Ucrânia e como alcançar um verdadeiro cessar-fogo”.

Já o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron preferiu deixar um aviso mais direto a Putin. “Se a Rússia continuar a piorar a situação, poderemos ver essas sanções aumentar. É tão simples quanto isso.”

Fontes: Bloomberg, Público

Daniel Wollscheid

Ausência de Jean-Claude Juncker causa descontentamento no parlamento Europeu

O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, cancelou esta quinta-feira de manhã a sua presença numa conferência sobre a Europa, em Bruxelas, na sequência da revelação, também hoje, de acordos fiscais secretos durante oito anos entre o governo luxemburguês e centenas de empresas multinacionais.

"O ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors não se sente bem e não vai viajar. Por essa razão, Jean- Claude Juncker também não vai participar no diálogo", disse Margaritis Schinas, porta-voz da Comissão Europeia. A organização criticou a ausência do responsável político em bruxe-las em que pretendiam discutir os desafios da Europa, sobretudo, importantes numa altura em que a Comissão conta com uma nova liderança.

A verdade é que a ausência de Juncker aconteceu poucas horas depois de vários orgãos de comunicação social terem divulgado, esta quinta-feira, o resultado de uma investigação internacional sobre a fuga ao pagamento de impostos nos seus países, através do Luxemburgo, por parte de 340 empresas multinacionais.

A fuga ao fisco ocorreu entre 2002 e 2010, durante o longo mandato de Juncker (de Janeiro de 1995 até Dezembro de 2013) à frente do Governo luxemburguês. Em causa estão milhares de milhões de euros em receitas fiscais perdidas pelos Estados onde multinacionais como a Apple, a Amazon, a Ikea, a Pepsi e a Axa, por exemplo, têm sede.

Fonte: Publico, dn
Imagem: telegraph

Daniel Joveta

BCE prepara novos estímulos

Mario Draghi anunciou que o BCE vai estudar novos estímulos monetários. (fonte:FT)
O Presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi anunciou esta quinta-feira, dia 6 de Novembro, que o BCE vão estudar a implementação de novas medidas para combater a falta de crescimento económico e o risco de deflação, caso o pacote de medidas que apresentou há um mês  não tenham os efeitos desejados.

"O BCE quer ter na gaveta, para implementar em caso de emergência, mais estímulos monetários se o pacote em curso até 2016 não se revelar suficiente na expansão do balanço do banco em mais de 1 bilião de euros", disse Draghi.

Entretanto, a Presidente da Reserva Federal norte-americana (FED), Janet Yellen veio apoiar a decisão tomada pelo Banco Central Europeu.

"Os bancos centrais têm de estar preparados para utilizar todas as ferramentas, inclusive políticas pouco convencionais para apoiar o crescimento económico e para que as metas para a inflação sejam alcançadas", declarou Yellen hoje, dia 7 de Novembro, em Paris.

Este anúncio de Mário Draghi é o segundo anúncio de um grande estímulo monetário na economia mundial. Recorde-se que na semana passada, o Governador do Banco do Japão, Hahuriko Kuroda anunciou que o banco central nipónico vai aumentar a meta anual de dinheiro a ser injetado na economia japonesa

Segundo vários analistas, foi esta decisão do Banco do Japão que terá obrigado o BCE a agir.

fontes: Bloomberg ,Expresso

Daniel Wollscheid


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Portugal e Holanda concorrem por um lugar no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Portugal e Holanda concorrem em lados opostos por um lugar no Conselho de Direitos Humanos da ONU. A decisão vai ser tomada por eleição europeia na próxima terça feira. Portugal necessita de 97 votos no conjunto de 193 países o que corresponde a maioria absoluta.

Apesar da ligação de Portugal a institições como a Nato, União Europeia e a comunidade de Países de Língua Portuguesa a eleição não é garantida. Porta-voz do governo Português disse estar "confiante" para esta nomeação.

Construir pontes para alcançar a universalidade dos direitos humanos é a bandeira que Portugal defende para estas eleições europeias.

Fontes: Publico, RTP

Pedro Santos

domingo, 19 de outubro de 2014

Aumento do salário minímo desagrada Troika

De acordo com a Comissão Europeia e o FMI, o aumento do salário minímo nacional pode prejudicar a empregabilidade dos menos qualificados.

O aumento de 20 euros mensais para 505 euros do salario minimo nacional, é considerada uma má decisão pela Troika. Não se deve aumentar o custo do factor do trabalho sem crescimento solido, justifica a Comissão Europeia e o FMI.

Os salários ainda não tinham descrescido o suficiente para originar maior empregabilidade, e esta subida é claramente acima dos aumentos de produtividade esperados, segundo o Jornal de Negócios.
O tema vai ser discutido na próxima visita da Troika à Lisboa, já este mês.

Fontes: Notícias ao Minuto; Observador;

Sara Barca e Yeda Aleixo

Putin ordenada retirada das tropas Russas

Tropas Russas na Ucrânia
O presidente russo Vladimir Putin ordenou a retirada das tropas russas da Ucrânia. Após vários meses de exercicios militares envolvendo mais de 17 mil soldados, o ministro da defesa russo recebeu ordens para a retirada da região de Rostov.

Na próxima semana vai realizar-se uma cimeira em Milão que vai reunir vários lideres europeus, entre eles Angela Merkel. Nesta ocasião, o Presidente da Russia e o Presidente ucraniano, Petro Porochenko terão oportunidade de se encontrar.

A Ucrania acusa a Rússia de ter "estacionado" as suas tropas “perto da fronteira com o Leste da Ucrânia”, no entanto a Russia sempre negou qualquer envolvimento  no conflito que opõe os separatistas pró-russos a Kiev.

O processo de paz no leste da Ucrânia está cada vez mais ameaçada mesmo depois de ter sido instaurado um cessar fogo no principio de setembro. As duas partes acusam-se mutuamente de não estar a cumprir o acordo.

Na próxima terça-feira realizar-se-à um encontro em Paris entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, para discutir a crise ucraniana.

Fontes: Público; Diário de Noticias; Imagem

Bruna Gonçalves e André Contente

O "striptease" de Marinho e Pinto

"Não tenho nada a esconder do povo português. Irei fazer o 'striptease' que o pudor de alguns os impede de fazer", defendeu Marinho e Pinto no passado dia 5 de Outubro em Coimbra. O eurodeputado colocou a transparente os 40.700 euros recebidos pelos três meses de trabalho no Parlamento Europeu.

Marinho Pinto não admitiu se vai incluir os valores no IRS.
Na altura o ex-bastonário da Ordem dos Advogados estava à frente do partido Movimento da Terra, e desde ontem é possível ver os recibos das remunerações no site do Partido Democrático Republicano.

Ao todo foram quase 6300 euros líquidos por cada mês que esteve ao serviço em Bruxelas sem contar com os subsídios e as ajudas de custo que chegam aos 500 euros por dia.

O pagamento de viagens feitas em carro próprio eram pagas a 0,50 cêntimos por quilómetro e as de avião eram reembolsadas após a apresentação de comprovativo. Total recebido: 2267 euros.

Marinho e Pinto garantiu que vai continuar a emitir os comprovativos do que recebe e realçou que esta deveria ser uma obrigação do Parlamento Europeu e da Assembleia da República.

Fonte: Imagem

Ana Catarina, Marta Mendes e Patrícia Franco

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Choque entre Draghi e Schäuble

Mario Draghi e Wolfgang Schäuble não estão em sintonia sobre as medidas económicas que devem ser tomadas na Europa. (fonte:(thetoc.gr)
O Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi e o Ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble têm visões diferentes sobre as medidas que devem ser tomadas para combater a falta de crescimento económico na zona euro e o risco de deflação.

No âmbito da reunião geral do FMI que decorre em Washington, Mario Draghi considera que o BCE está pronto para aprovar mais medidas que estimulem a economia europeia.

"O BCE está preparado para alterar o tamanho e/ou a composição das nossas intervenções não convencionais e da nossa folha de balanços, se requerido", declarou na quinta-feira, 9 de Outubro, citado pela Bloomberg.

Por sua vez, Wolfgang Schäuble atacou a política do BCE ao afirmar que “com esta política monetária não vai ser possível resolver os problemas.”

"Eles têm de ser resolvidos com as decisões dos governos nacionais, porque não temos uma união económica e orçamental", acrescentou, insistindo que "a política monetária apenas pode acomodar e comprar tempo", concluiu o ministro alemão.

Fontes: Bloomberg, Diário Económico, Jornal de Negócios,

Daniel Wollscheid

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Economia alemã abaixo do previsto para 2014

Sigmar Gabriel, ministro da economia 
O Governo Alemão anunciou que a economia do país vai crescer abaixo das previsões lançadas para 2014. Sigmar Gabriel, ministro da economia da Alemanha,  apontou a crise da Ucrânia como a principal razão para um crescimento abaixo do esperado.

Apesar de não ser possível alcançar os números previstos pelo governo, o ministro afirma ainda assim, que a economia da Alemanha se mantem em valores “muito razoáveis” face às outras economias da Europa, e que o facto da Ucrânia se encontrar numa situação económica mais instável afectou os investimentos no país e nas relações comerciais com a Rússia.

O governo alemão lançou em Abril uma previsão que apontava para um crescimento de 1,8% na economia de 2014, valores que provavelmente não serão alcançados. Em agosto, dados oficiais mostram que o PIB da Alemanha contraiu 0,2%. 

Fontes: Público, Observador, Diário Económico

Bruna Gonçalves e André Contente

Direita conquista e extrema direita faz história em França

As eleições parciais deste domingo (28), foram dominadas pela direita, que conseguiu maioria absoluta no Senado. Provou-se assim o enfraquecimento do Partido Socialista, do Presidente François Hollande.

O Senado tem agora 190 eleitos de direita e apenas 158 de esquerda. Segundo o secretário interino da UMP, Alain Juppé, foi "uma vitória incontestável", não escondendo a felicidade. Por outro lado Stéphane Le Foll reconhecu estar "triste" com o resultado, mas pouco admirado pelo facto da direita ter vencido as eleições municipais.
Senado Francês tem agora uma maioria absoluta de direita.
"O retorno da direita ao Senado é uma grande alegria para a França", disse o senador Jean-Claude Gaudin, na sua conta do Twitter. O líder do UMP, mostrou-se contente com o resultado das eleições.
O partido nacionalista francês conquistou, ontem (28 de Setembro), pela primeira vez dois lugares no Palácio de Luxemburgo, confirmando assim o crescimento da direita e o enfraquecimento do Partido Socialista.

A Frente Nacional de Marine le Pen elegeu David Rachline e Stéphane Ravier, dois lugares inéditos na história da França, que provam a atenuação do partido do presidente Francois Hollande. Le Pen pretende discutir políticas contra a imigração, acabar com o euro em França e pôr um fim ao espaço Shengen no país.

Fontes: Expresso, Portugues, Económico

Bruno Perdigão

Frente Nacional conquista Senado francês

Imagem: Extrema-direita elege dois senadores nas eleições parciais
O partido de Marine Le Pen elegeu, pela primeira vez, dois senadores para a Alta Assembleia francesa. O resultado foi considerado pela líder da Frente Nacional uma "vitória histórica".

O voto "dos grandes eleitores" de direita foram uma mais valia para os resultados obtidos pela extrema-direita.

Nestas eleições parciais, a esquerda de François Hollande foi a grande derrotada da noite e perde agora a presidência do Senado. A maioria absoluta foi conquistada pelos partidos de direita - UMP e UDI - que vê assim recuperado o poder perdido há três anos.



Jean-Pierre Raffarin é o nome apontado para o cargo de presidente do Senado.

Ana Catarina, Marta Mendes e Patrícia Franco

domingo, 12 de janeiro de 2014

Grupos do PE divulgam vídeos para eleições


Os Grupos Políticos do Parlamento Europeu publicaram no seu canal televisivo, o EuroparlTV, um conjunto de vídeos de apresentação.

Os sete grupos políticos são constítuidos pela Aliança Progessista dos Sociais e Democratas (S&D), os Conservadores e Reformistas Europeus (CRE), o Partido Popular Europeu (PPE), a Aliança dos Liberais e Democratas na Europa (ALDE), os Verdes/Aliança Livre Europeia (Greens/EFA), o grupo Europa da Liberdade e Democracia (EFD) e o Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL).

Nestes vídeos, os líderes e fundadores dos grupos explicam os motivos para serem criados, os valores ideológicos que representam e os objetivos que planeiam cumprir para o futuro da Europa. Martin Schulz, atual presidente do Parlamento Europeu, fala como líder do seu grupo, a Aliança Progressista dos Sociais e Democratas.

Estas apresentações poderão ajudar os eleitores a escolher em que grupo votar e foram divulgadas nas várias páginas de facebook e twitter do Parlamento. Cada vídeo tem em média a duração de dois minutos e meio. Outras informações incluem o número presente de eurodeputados e países incluídos em cada um.

Fonte: EuroparlTV (texto e vídeo) BBC (imagem)
Daniel Morgado e Diana Tavares

Holanda abre caminho para um novo diálogo europeu com Cuba

O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Frans Timmermans assinou ontem em Havana um acordo bilateral com o seu homologa cubano para manterem consultas políticas entre os dois países, revela Reuters.

Frans Timmermans na sua vista de dois dias, iniciada no dia 6, para a surpresa de todos rompeu com a posição da União Europeia, que por sua vez restringe seus laços políticos com o governo cubano para tentar incentivar a democracia multipartidária e um fim às violações dos direitos humanos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês pediu para Bruxelas ajuste a sua política com a ilha cubana, afirmou "Havana através dos séculos tem sido um ponto de encontro entre a Europa e as Américas e eu acredito que ainda tem um papel importante a desempenhar neste contexto."

Frans Timmermans afirmou que as reformas económicas em curso na ilha eram "animadoras" e elogiou os esforços de Cuba para "pôr fim ao último conflito violento na região", referindo-se a sua realização de negociações de paz entre o governo colombiano e os rebeldes locais.

A assinatura deste acordo bilateral entre a Holanda e Cuba vai contra um conjunto de regras assinado pela União Europeia em 1996 que é conhecido como a "posição comum" que condiciona as relações com Cuba para avançar no sentido de um sistema político pluralista e do respeito pelos direitos humanos.

Cuba rejeitou a "posição comum", alegando que ele interfere nos assuntos internos do país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano Bruno Rodriguez disse satisfeito com a oportunidade de realizar debates sobre questões de interesse comum e que muda de curso na ilha representou uma oportunidade para as empresas holandesas

"Acho que é hora de a Europa rever sua posição sobre Cuba e ver se podemos negociar uma nova posição em relação a Cuba”, disse Frans Timmermans abertura de um seminário de formação de futebol em Havana.

Todos os anos centenas de milhares de turistas europeus visitam  Cuba e isto torna a Europa um parceiro fundamental para a economia da ilha.

Rodrigo Rodrigues

Sérvia começará ronda de negociações de adesão à UE em Janeiro

O comissário europeu para o Alargamento Stefan Füle (Fonte: b92)
O Conselho de assuntos Gerais da União Europeia, reunido ontem em Bruxelas, estabeleceu para o dia a 21 de Janeiro a data de início das negociações para a futura adesão da Servia, revela a Reuters.

O comissário europeu para o Alargamento, Stefan Füle disse que todos os 28 Estados-Membros da UE reconheceram avanços da Sérvia na aplicação de reformas democráticas e dos esforços para manter a o bom diálogo com a sua antiga provincia, o Kosovo.

“Aplaudo os dois primeiros-ministros (Sérvia e Kosovo) sobre os esforços notáveis, fizeram-no sentido da normalização, este ano, com a especialista em facilitação de Cathy Ashton. Estou contente que o Conselho reconheceu esses esforços “ declarou o comissário europeu para o Alargamento no seu comunicado.

Primeiro-ministro sérvio Ivica Dacid (Fonte: Novosti)
O primeiro-ministro sérvio Ivica Dacid disse na rede nacional de TV RTS que “Este é um acontecimento histórico para a Sérvia, um dia que muitas gerações de cidadãos e numerosos governos têm aguardado".

A questão do Kosovo continuará a ser bastante delicada, cinco estados-membros da UE  (Espanha, Grécia, Chipre, Eslováquia e Roménia) não reconhecem a sua independência, mas Stefan Füle  disse está confiante que a União Europeia conclua até a Primavera acordos de associações e estabilização com a antiga província sérvia.

O caminho da Sérvia até a adesão pode durar anos, mas a aprovação de ontem marca um grande passo para tornar-se membro da União Europeia.

Rodrigo Rodrigues

domingo, 5 de janeiro de 2014

UE vai apoiar com 900 milhões a integração da América Central


A Comissão Europeia vai apoiar o programa de desenvolvimento da América Central com 900 mihões de euros para os próximos seis anos. A notícia foi anunciada pelo presidente da própria CE, Durão Barroso, na passada sexta-feira.

Durão Barroso disse que dos 900 milhões de euros, 120 milhões serão destinados à cooperação regional e os restantes à cooperação bilateral. Os pormenores foram proferidos durante a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Sistema de Integração Centro-Americana (SICA).

Durão Barroso,
presidente da comissão europeia
"Esta é uma manifestação muito concreta da nossa solidariedade para com esta região", mencionou ainda o presidente da CE, indicando que a cooperação incidirá sobretudo nas áreas de integração económica, segurança e alterações climáticas.

Para Durão Barroso, o "desafio comum" entre a Comunidade Europeia e a América Central, será desenhar programas que aumentem o impacto visível dos efeitos da integração regional.

Fontes: RTP; Expresso; Destak

Ariana Martins e Mª. Inês Gonçalves

União Europeia suspende negociações de acordo com Ucrânia

A União Europeia suspendeu este domingo as conversações de associação com a Ucrânia por falta de um "compromisso claro" do Presidente. Cerca de 200 mil ucranianos concentraram-se na Praça da Independência em Kiev em manifesto contra Viktor Yanukovytch .

Manifestantes pró-europeus
protestam em Kiev
O manifesto foi resposta ao apelo feito pelos partidos de oposição, que tinham como objectivo fazer a maior manifestação desde sempre na Ucrânia. O protesto foi contra a decisão do presidente de privilegiar as relações com a Rússia em detrimento da UE, visto que ainda nao assinado o acordo de associação com a União Europeia.

A informação de que as negociações estavam suspensas foi anunciada pelo comissário de ampliação Europeia, Stefan Füle, através da sua conta pessoal do twitter. Segundo o comissário europeu, "as palavras e as ações do presidente e do governo em relação ao acordo de associação estão cada vez mais separadas."

A Ucrânia encontra-se numa situação crítica económica e financeiramente, com a Standard & Poor's a reduzir a notação do país, o que resultou no aumento dos juros da dívida. Apesar da tensão que se vive, o Presidente Yanukovitch fez uma visita oficial à China, de onde voltou com a promessa de uma ajuda de 8 mil milhões de euros.

A UE declara que as negociações só serão retomadas quando Kiev esclareçer as suas verdadeiras intenções.


Cátia Esteves e Isaura Quevedo

Proposta da Ucrânia rejeitada pela UE

O primeiro-ministro ucraniano, Mikola Azarov, exigiu à UE 20 mil milhões de euros em ajuda. A União Europeia rejeitou a proposta feita pela Ucrânia em troca da assinatura de um acordo de comércio e cooperação.

Foto: SicNoticias
Para o primeiro-ministro, o valor pedido à UE iria ajudar a economia europeia a adaptar-se e compensaria as potenciais perdas no mercado russo. A Ucrânia deve cerca de 2,9 milhões de euros em gás e pagamento de dívida nos primeiros três meses de 2014 e, em consequência, poderá ter dificuldade em pagar os custos crescentes de reservas que estão a diminuir.

O Presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovich classificou a quantia o mês passado como “humilhante” e afirmou “não estamos a esperar nem a pedir que nos dêem uma prenda ou que nos compensem, nem estamos a falar da União Europeia nos dar o apoio técnico necessário para que a nossa indústria cresça e atinja padrões europeus. Estamos a falar do envolvimento em projectos grandes, com proveito mútuo, que têm criado novos empregos nas nossas empresas nos últimos anos.”

Foto: Jornal da Madeira
A UE deixou de parte ao que chama “Assistência para a Ucrânia”, cerca de 610 milhões de euros, depois do país ter deixado em suspenso um acordo com Fundo Monetário Internacional. Depois disto o país ficou descredibilizado por não conseguir colocar em prática reformas necessárias.

Mesmo assim a União Europeia afirma que o acordo recusado por Kiev "continua em cima da mesa" e que está pronta a "pô-lo em prática", mas não a "reabrir as negociações".

A Ucrânia precisa de 14,5 mil milhões de euros por ano até 2017, de um total de mais de 115 mil milhões de euros.

Fontes: Público, DN

Eunice Braz