domingo, 12 de janeiro de 2014

Holanda abre caminho para um novo diálogo europeu com Cuba

O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Frans Timmermans assinou ontem em Havana um acordo bilateral com o seu homologa cubano para manterem consultas políticas entre os dois países, revela Reuters.

Frans Timmermans na sua vista de dois dias, iniciada no dia 6, para a surpresa de todos rompeu com a posição da União Europeia, que por sua vez restringe seus laços políticos com o governo cubano para tentar incentivar a democracia multipartidária e um fim às violações dos direitos humanos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês pediu para Bruxelas ajuste a sua política com a ilha cubana, afirmou "Havana através dos séculos tem sido um ponto de encontro entre a Europa e as Américas e eu acredito que ainda tem um papel importante a desempenhar neste contexto."

Frans Timmermans afirmou que as reformas económicas em curso na ilha eram "animadoras" e elogiou os esforços de Cuba para "pôr fim ao último conflito violento na região", referindo-se a sua realização de negociações de paz entre o governo colombiano e os rebeldes locais.

A assinatura deste acordo bilateral entre a Holanda e Cuba vai contra um conjunto de regras assinado pela União Europeia em 1996 que é conhecido como a "posição comum" que condiciona as relações com Cuba para avançar no sentido de um sistema político pluralista e do respeito pelos direitos humanos.

Cuba rejeitou a "posição comum", alegando que ele interfere nos assuntos internos do país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano Bruno Rodriguez disse satisfeito com a oportunidade de realizar debates sobre questões de interesse comum e que muda de curso na ilha representou uma oportunidade para as empresas holandesas

"Acho que é hora de a Europa rever sua posição sobre Cuba e ver se podemos negociar uma nova posição em relação a Cuba”, disse Frans Timmermans abertura de um seminário de formação de futebol em Havana.

Todos os anos centenas de milhares de turistas europeus visitam  Cuba e isto torna a Europa um parceiro fundamental para a economia da ilha.

Rodrigo Rodrigues

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