Fontes do governo de
Angela Merkel revelou à
Reuters no passado domingo que a Alemanha iria retirar o vedo sobre a adesão turca, e ontem o concelho de ministros dos Negócios Estrangeiros da
União Europeia, reunidos no Luxemburgo, decidiu reabrir o processo de adesão da
Turquia.
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Stefan Fule |
O comissario europeu para o alargamento
Stefan Fule disse aos jornalistas que "desenvolvimentos recentes na Turquia sublinham a importância do compromisso com a União Europeia, que continua a ser o ponto de referência para as reformas naquele país. Com esse fim, as negociações para a adesão devem ganhar novo impulso. A próxima reunião sobre novos alargamentos está agendada para o dia 5 de Novembro
O pontapé de saida para a reabertura das negociações, depois de uma pausa de três anos, foi graças à apresentação do
relatório anual dos aspirantes membros da União Europeia. Onde Štefan Füle exaltou as
reformas democráticas recém-lançadas pelo governo de Ancara e a
importância da
liberdade da expressão para implementação da democracia.
Embora
a
Comissão Europeia tenha dado um parecer positivo sobre a Turquia, o
mesmo relatório chama a atenção para o uso excessivo da força policial
nas manifestações contra o governo do primeiro-ministro
Tayyip Erdogan.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão
Guido Westerwelle frisou que é urgente que agora as negociações concentrem-se nos capítulos relacionados com a justiça e o Estado de Direito. Ele também disse "eu acredito que a decisão para a conferência de adesão é a decisão certa para os europeus e para a Turquia".
Em 1987 a Turquia pediu à adesão, mas só em Outubro 2005 começaram as
negociações de adesão com a União Europeia. Uma serie de obstáculos políticos,
nomeadamente Chipre e o veto por parte da França, Áustria, e da
Alemanha tornaram o processo mais lento.
O ministro turco para os Assuntos Europeus Egemen Bağış em resposta ao
relatório da Comissão Europeia
disse que “É indiscutível que a Turquia está agora mais perto do que nunca para os padrões da União Europeia em termos de democracia, direitos humanos e desenvolvimento econômico. "
Em resposta às crítica do relatório da Comissão sobre a forma como o Governo lidou com os
manifestantes nos protestos em Junho, onde seis pessoas morreram e mais
de 8.000 ficaram feridas. “Consideramos que é importante realçar que
nós nunca toleraremos aqueles que empregam violência e métodos ilegais
contra a paz de nossa nação e povo como uma luta por direitos” disse o
Egemen Bağış.
Fontes:
Reuters,
Jornal o Público.
Rodrigo Rodrigues