sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Economia russa encostada à parede

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Vladimir Putin reconheceu publicamente os efeitos das sanções na economia da Rússia (foto:reuters)
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin reconheceu que a economia do seu país tem sentido os efeitos negativos das sanções económicas impostas pelo ocidente devido à invasão de tropas russas na Ucrânia, e pôs em causa a legalidade das mesmas ao considerar que elas “contrariam o direito internacional, porque as sanções só podem ser aplicadas no âmbito das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança.”

Numa entrevista à agência de notícias russa TASS, na véspera da cimeira do G20 que se realiza na cidade australiana de Brisbane, Putin admitiu também que a continuação da queda do preço do petróleo pode ter “consequências catastróficas” para o seu país.

No entanto, Vladimir Putin garantiu que as reservas de petróleo são suficientes para que governo cumpra os seus “compromissos sociais”. Segundo dados revelados pelo Kremlin, estas reservas estão avaliadas em 400 mil milhões de dólares.

Além disso, o líder russo deixou um aviso à Alemanha ao assinalar que as sanções económicas podem por em causa 300 mil empregos de empresas alemãs que exportam para a Rússia.

A Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que também se encontra na Austrália para participar na reunião do G20, não respondeu directamente a Putin mas considerou que “a prioridade deve ser a situação humanitária na Ucrânia e como alcançar um verdadeiro cessar-fogo”.

Já o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron preferiu deixar um aviso mais direto a Putin. “Se a Rússia continuar a piorar a situação, poderemos ver essas sanções aumentar. É tão simples quanto isso.”

Fontes: Bloomberg, Público

Daniel Wollscheid

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