sexta-feira, 18 de junho de 2010

FMI diz que Portugal e Espanha não são comparáveis

O presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que a situação financeira de Portugal é mais grave que a da Espanha.
Strauss-Kahn disse em Madrid que a dívida pública portuguesa é mais elevada e por isso os dois países não podem ser comparados.

Veja aqui a peça da RTP

O consumo como a vantagem percebida do euro

O aumento do consumo é a vantagem da adesão de Portugal à União Europeia para a maioria das pessoas com quem falou a "Europa na Lusófona".

"Na óptica do consumidor, a entrada na União Europeia trouxe enormes vantagens", afirma  Silvia Chambel, 34 anos, funcionária pública.

A mesma opinião tem Luísa, nome fictício, decoradora. Olhando para a sua actividade, afirma que "passámos a ter acesso a roupa de estilistas europeus extremamente conhecidos".
 
João, estudante universitário com 18 anos, olha igualmente para as vantagens do consumo, neste caso de "acesso a mais jogos para a playstation."

"A livre circulação de pessoas e bens originou um aumento da oferta de produtos e a diminuição de preços devido ao aumento da concorrência", considera Silvia Chambel, explicando assim as oportunidades de consumo abertas pela participação de Portugal no projecto europeu.

Sílvia destaca como desvantagem "a dificuldade de controlo da entradas e saídas de pessoas, sobretudo na circulação terrestre, entre os estados-membro, particularmente preocupante num cenário de ameaça de terrorismo".

O euro, para Isabel Ramos, também funcionária pública "fez a Europa avançar consideravelmente rumo a uma união económica". E, diz, "deu também aos cidadãos da União Europeia um sentimento mais vivo de partilharem uma identidade comum europeia".

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Governo Económico Europeu avança

A Cimeira de Bruxelas avançou hoje para a criação de um Governo Económico Europeu já em 2011.

O primeiro-ministro, José Sócrates, concorda com a medida e afirma que é preciso coordenar melhor as políticas nacionais, tendo em vista o crescimento e a recuperação económica do bloco europeu.

Ouça aqui a peça do correspondente da Antena 1 em Bruxelas, Luís Ochoa

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Estónia tem luz verde para aderir à zona euro

O Parlamento Europeu deu hoje, em Estrasburgo, luz verde à entrada da Estónia na Zona Euro a partir de 01 de janeiro de 2011, no que será o primeiro país báltico a ter a moeda única.

O novo alargamento da Zona Euro terá ainda de ser definitivamente aprovado pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia durante a cimeira que terá lugar esta quinta-feira em Bruxelas.

A Estónia está no extremo nordeste da UE à qual aderiu em 2004 depois da sua separação, em 1991, da então União Soviética e será o décimo sétimo país a aderir à Zona Euro.

Trata-se do primeiro estado báltico e o terceiro país que anteriormente pertencia ao bloco comunista, depois da Eslováquia e da Eslovénia, a entrar na Zona Euro.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

James Bullard afirma que os mercados podem estar a abandonar Portugal e Espanha


James Bullard, o presidente da Reserva Federeal de St.Louis, afirmou hoje, em Tóquio, que a Europa corre um sério risco de vir a desmoronar-se, ainda que o euro tenha recuperado para o patamar de 1,22 dólares. Contudo, a maioria dos economistas continua a acreditar que a Grécia não vai conseguir pagar as suas dívidas.

Caso isto se suceda na realidade os mercados capitais poderão abandonar Portugal e Espanha. O que terá consequências como o facto de existirem incumprimentos soberanos e uma forte queda das exportações da China e dos Estados Unidos para a Zona Euro. Face a esta possibilidade e à de um segundo choque global para os mercados financeiros, James Bullard, afirmou que isto poderá ser um receio mantido durante meses ou até mesmo anos. “Os governos vão ter de tomar medidas agressivas para ganharem credibilidade e depois terão de sustentar esse esforço durante um longo período de tempo”.

Ainda assim o presidente acredita que a dívida na Europa não faça a Fed adiar a decisão de subir os juros dos directores nos EUA. “A menos que os acontecimentos na Europa acabem por se revelar muito piores, penso que, no curto prazo, os EUA serão um possível beneficiário da crise na Europa devido aos menores juros sobre as Obrigações do Tesouro e às matérias-primas mais baratas”. Ainda assim, este ponto de vista é diferente na opinião do presidente da Fed de Chicago, Charles Evans e pelo presidente da Fed em Atlanta, Dennis Lockhart.

Imposto sobre a banca e transacções é defendido por Merkel e Sarkosy


Foi defendido esta tarde um imposto sobre a banca e sobre as transacções pela chanceler Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkosy. Estes pediram aos líderes do G20 que façam mais para reforçar a regulação dos mercados financeiros.

Este pedido feito pela chanceler Angela Merkel e pelo presidente francês Nicolas Sarkosy foi enviado numa carta escrita ao primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper - actualmente preside o G20. No fim de uma reunião com Sarkosy em Berlim, a chanceler afirmou que no sector financeiro "ainda não estamos satisfeitos com o que foi alcançado desde o primeiro G20 e pensamos que temos que aumentar a regulação".

Depois de terem sido avistados sinais de desacordo quando Sarkosy propôs criar um novo governo económico auxiliado por uma "secretaria" autónoma, o presidente adiou na passada segunda-feira a sua deslocação a Berlim. O governo alemão temeu que a independência do Banco Central Europeu (BCE) fosse ameaçada, pois esta proposta tinha em vista o objectivo de garantir uma maior coordenação das políticas económicas da Zona Euro em comum acordo com o BCE.

Sarkosy declarou "Somos pessoas muito francas que têm ambições. Não evitamos os problemas" quando questionado acerca das divergências com Merkel, onde a vontade de ambos no desejo de quererem um debate critico sobre todas as opiniões políticas ficou expresso. Sarkosy afirmou ainda que o seu governo vai brevemente adiantar novos detalhes sobre o sistema de pensões na próxima quarta-feira.

Já Merkel afirmou pensar que "tomamos as medidas correctas e que a França tem planos importantes para a consolidação orçamental".

Wall Streat penalizada pela Grécia

O corte do "ratting" da Grécia teve hoje consequencias para Wall Streat. As acções norte-americanas anularam muitos dos ganhos que registaram durante grande parte da sessão e os investidores começam a recear de novo com a crise da dívida na Europa.

Nasdaq escapou às perdas, tendo fechado com um ganho de 0,02% para 2.243,96 pontos. Já Dow Jones anuiu 0,2% para 10.190,89 pontos, ao passo que S&P500 caiu 0,18% para 1.089,63 pontos.

A convicção de que a retoma económica está a ganhar peso foi fortalecida com o facto das perspectivas positivas, sustentadas pelo aumento da produção industrial na Europa, terem sido boas no começo da sessão. Ainda assim, o pessimismo dos investidores foi intensificado com o facto dos índices das acções terem chegado a ganhar mais de 1%, quando a Moody's cortou o "ratting" da Grécia.

Com a justificação dos riscos da execução do programa de resgate criado pela Zona Euro e pelo FMI, a agência notação financeira da Grécia reduziu a sua classificação da dívida de "A3" para "Ba1". O Bank of America condescendeu 1,15% para 15,42 euros, já JPMorgan caiu 2,02% para 37,32 dólares, fazendo com que as cotadas tivessem liderado as perdas. Quedas que surgiram depois de S&P500 a semana passada ter avançado com 2,5%, sustentado pelos aumentos das exportações na China.

Bruxelas avalia amanhã redução do défice português

A Comissão Europeia vai avaliar amanhã, em Estrasburgo, os progressos de Portugal quanto ao objectivo de redução do défice para menos de 3,0 por cento do PIB até 2013.

Moody's corta "rating" da Grécia para "lixo"

A agência de notação financeira Moody's anunciou hoje um corte do "rating" da dívida pública grega em quatro níveis, equivalente a "lixo", devido aos "riscos económicos" relacionados com o pacote de ajuda ao país.

A classificação da dívida grega reduz de 'A3' para 'Ba1'. O “outlook” mantém-se estável.

O pacote de resgate “elimina, de facto, qualquer risco de curto prazo de um incumprimento motivado pela falta de liquidez, e incentiva a implementação de um conjunto de reformas estruturais credíveis e viáveis, que têm um grande potencial de estabilizar as exigências do serviço da dívida para níveis possíveis de serem geridos”, salienta a Moody’s, citada pela Reuters.

“No entanto, os riscos macroeconómicos e de implementação associados a este programa são substanciais e mais consistentes com um ‘rating’ Ba1”, acrescentou a agência de notação financeira.

Análise ao orçamento da Grécia começou hoje

Os auditores da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) começaram hoje a analisar o orçamento grego para avaliar o impacto dos cortes na despesa que o governo diz começarem a produzir efeitos.

Os peritos do FMI, da UE e do Banco Central Europeu (BCE) já chegaram a Atenas ao abrigo do plano de apoio internacional para evitar a bancarrota do país.

"Os peritos chegaram ao Ministério das Finanças e tiveram uma reunião com o ministro das finanças, George Papaconstantinou", disse um porta-voz do ministério.

Durante duas os peritos vão permanecer em território grego e estão agendados encontros com o líder do conselho de especialistas financeiros do Ministério e com o governador do banco central grego.

Estão ainda previstos encontros com altos dirigentes dos ministérios do trabalho, saúde e economia.

UE desmente ajuda financeira à Espanha e afirma que rumores surgem da Alemanha


A Comissão Europeia reiterou, esta segunda-feira, que a Espanha não pediu nenhuma ajuda à União Europeia, nomeadamente o resgate através do fundo de emergência europeu. A questão já tinha sido, de resto, confirmada, pelo Ministério da Economia espanhol.

«Parece que existem pessoas que não compreendem isto, e em particular num Estado-membro, na Alemanha», declarou o porta-voz do Departamento dos Assuntos Económicos da UE, Amadeu Altajaf, citado pelo Diário Económico.

Desde a passada sexta-feira que têm surgido vários rumores sobre esta questão e parecem vir sempre do mesmo país. É estranho», acrescentou. Ainda esta segunda-feira o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung noticiou que o governo de Zapatero se prepara para recorrer ao fundo de emergência europeu.

Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 pedem fim de bloqueio a Gaza


Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países da União Europeia (UE) apelaram, esta segunda-feira, à «abertura imediata, sustentada e incondicional» do bloqueio israelita a Gaza.

O apelo foi feito no final de uma reunião que teve lugar no Luxemburgo. Considerando o bloqueio «inaceitável e politicamente contraproducente», os chefes da diplomacia pediram «uma mudança urgente» na política que Israel tem adoptado face a Gaza.

Luís Amado desvaloriza consequências das legislativas da Bélgica na Europa

O ministro dos Negócios Estrangeiros, não se mostrou surpreendido com a vitória dos nacionalista flamengos nas eleições legislativas da Bélgica, desvalorizando o facto das eleições aconteceram em vésperas do país assumir a presidência do bloco europeu.
Luís Amado considerou que esta é uma "situação específica do país, com as expectativas dos vários sectores da população e com os problemas muito particulares que a Bélgica conhece do ponto de vista interno».


À entrada para uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, Luís Amado disse ainda que a "UE está habituada a viver com a situação na Bélgica, que se prolonga há muito tempo», e com a sua «instabilidade política recorrente".






Durão Barroso nega especulação de ajuda financeira à Espanha

O Presidente da Comissão Europeia disse hoje que não foi feito nenhum pedido de ajuda financeira à UE, pela Espanha. Durão Barroso negou a especulação criada pela imprensa alemã e garantiu que "a Comissão não está a preparar qualquer plano específico para Espanha".
Também o Responsável da Comissão Europeia, desmentiu hoje que UE tem um plano de ajuda à Espanha, caso seja necessário.
A Alemanha também já desmentiu a informação divulgada nos meios de comunicação, referiu o "Straits Times".

domingo, 13 de junho de 2010

Merkel apela à contenção dos membros do seu governo


A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou hoje à contenção financeira dos membros do seu governo, um dia depois de milhares de alemães terem protestados contra as medidas de austeridade impostas pelo governo.

«Só ganhamos a confiança dos cidadãos se contribuirmos para as nossas próprias decisões» , disse a chanceler alemã.

O governo alemão apresentou esta segunda-feira um pacote de austeridade que inclui o aumento de impostos e o corte de alguns benefícios sociais para reduzir a despesa do Estado em 80 mil milhões de euros até 2014.

Portugal celebra os 25 anos de adesão à CEE


Portugal comemorou os 25 anos de adesão à CEE e as comemorações foram no Mosteiro dos Jerónimos e tiveram como pano de fundo a crise das dívidas soberanas dos países do euro e a pressão para que sejam tomadas medidas de austeridade.

Cavaco Silva reconheceu que o projecto europeu está em perigo, mas sublinhou que o caminho é a maior integração e exigiu responsabilidade e solidariedade aos Estados da UE.
Depois de avisar que não cabe a Bruxelas impor reformas a Lisboa, o Presidente da República lembrou que Portugal acompanhou sempre "o exigente ritmo de integração, revelando não só vontade política mas também capacidade reformista".
Cavaco Silva comparou os anos 90 com o contraste do País em crise nos nossos dias. "Sei bem que Portugal enfrentará sempre um apertado escrutínio, seja quanto às finanças públicas e ao desempenho da economia, seja quanto à prestação portuguesa nas instituições europeias." "Cabe-nos a responsabilidade de saber estar à altura desse desafio", acrescentou, num claro apelo ao Governo e ao País.

A resposta de Sócrates foi dada por antecipação. O primeiro-ministro avisou de que a "resposta à crise deve ser mais Europa" e avisou de que disso vai depender o apoio popular à UE.
Durão Barroso interferiu pelo mesmo tom. O presidente da Comissão Europeia disse que o "ressurgimento de egoísmos nacionais e as soluções unilaterais" não resolvem os problemas da Europa e defendeu que, neste momento, é preciso "liderança e coragem política".

De seguida, o primeiro-ministro espanhol, Rodríguez Zapatero, deu o exemplo: "Em Portugal e em Espanha revalidamos o nosso compromisso de há 25 anos para com a Europa, com a mesma ilusão que mostrámos então."

A cerimónia portuguesa foi repetida à tarde, em Espanha. Entre os dois eventos, Cavaco juntou antigos e actuais governantes num almoço, no Palácio de Belém.

sábado, 12 de junho de 2010

Ramalho Eanes diz que "esta Europa é um nada"

Ramalho Eanes, antigo Presidente da República, afirmou que a Europa "é um nada" e " que não conta ainda nada no mundo".

«Não passa de uma mera união económica, não tem avançado, não tem correspondido minimamente àquilo que era o pensamento dos fundadores e àquilo que eram as nossas expectativas. Esta Europa é um nada por enquanto», afirmou.

«Porque não há empenhamento, porque não há liderança, porque não há vontade, porque não há capacidade de resposta às crises que se levantam e que deviam ser oportunidades para mudança e não razões para estacionar", concluiu Eanes.

Ouça aqui as declarações de Ramalho Eanes, peça ANTENA 1

Durão Barroso diz que sem o euro Portugal estaria pior


O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje que sem o euro, a crise em Portugal seria muito pior.

Durão Barroso defendeu que a Europa tem que fazer valer os seus trunfos para ultrapassar a crise em conjunto.

"Se dermos provas de vontade política estou convicto de que sairemos mais fortes deste período de transição", disse ainda o dirigente europeu, deixando um elogio ao percurso de Portugal e Espanha na UE.

Ouça aqui as declarações de Durão Barroso, peça ANTENA 1

Sócrates pede «resposta europeia» coesa e solidária


O primeiro-ministro apelou, este sábado, a uma «resposta europeia» para fazer face aos efeitos da crise financeira, classificando-a como uma «condição indispensável ao futuro da integração europeia e do apoio popular necessário ao aprofundamento da União».

«Os efeitos da crise financeira e económica global, aliados a uma globalização em vários sentidos desregulada, exigem uma resposta europeia, alicerçada na solidariedade e na coesão entre os Estados e os povos europeus», declarou José Sócrates na cerimónia dos 25 anos da adesão de Portugal e Espanha à então CEE.

«Tem de haver decisões nos principais dossiers e a crise deve ser resolvida com mais intervenção política», acrescentou o chefe de Governo aos jornalistas, à entrada para a cerimónia.

Entrada na CEE deu estabilidade e prosperidade a Portugal e Espanha, diz Zapatero


O primeiro ministro espanhol, José Luis Zapatero, afirmou hoje que os últimos 25 anos "foram o período de maior estabilidade e prosperidade" para Portugal e Espanha.

"A Europa permitiu um melhor entendimento e cooperação entre os dois países", disse Zapatero no discurso da cerimónia que assinalou, em Lisboa, a adesão de Portugal e Espanha à então CEE.

Ouça aqui as declarações de José Luis Zapatero, peça ANTENA 1

Veja aqui a notícia da Presidência Espanhola da UE sobre a cerimónia dos 25 anos de adesão de Portugal e Espanha à CEE

Cavaso Silva apela à resposabilidade dos líderes e das instituições europeias


No dia em que se comemorou os 25 anos da adesão de Portugal e Espanha à CEE, Cavaco Silva afirmou que a construção depende da "dedicação ao interesse comum europeu".
O Chefe de Estado alertou para a necessidade de defender o euro e considerou que a UE depende da moeda única, acrescentando ainda que a falta de estratégia enfraquece "a integração europeia".






Banqueiros portugueses deslocam-se a Bruxelas


Faria de Oliveira (CGD), Santos Ferreira (BCP), Ricardo Salgado (BES) e Fernando Ulrich (BPI) irão falar com o comissário europeu das Finanças, Michel Barnier, sobre as dificuldades que os bancos portugueses estão a viver e as novas regras europeias para o sector, de acordo com o semanário Sol

Na agenda da reunião irão estar também as diferenças entre a situação portuguesa e espanhola, que os banqueiros portugueses pretendem sublinhar.

No encontro irá estar também o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, António de Sousa, que promoveu esta reunião.

Bruxelas discute fusão entre British Airways e Iberia até 15 de Junlho



A Comissão Europeia tem até 15 de Julho para se pronunciar sobre a fusão entre as companhias de aviação British Airways (BA) e Iberia, segundo a agência Reuters. Se houver luz verde ao negócio, nascerá a terceira maior empresa do sector, na Europa. O objectivo é o de sempre: ultrapassar a crise que se instalou na indústria com poupanças de custos.

As transportadoras aéreas britânica e espanhola assinaram o acordo de fusão em Abril e, na altura, afirmaram que pretendiam que este se concretizasse até ao final do ano, mas dependeria do prazo solicitado pelo regulador para avaliar possíveis impactos negativos sobre a livre concorrência.

O acordo prevê que a BA fique com 56 por cento do capital, cabendo à Iberia o controlo dos restantes 44 por cento. São estimadas poupanças de 400 milhões de euros até ao final do quinto ano de operação conjunta, com recurso a despedimentos e a suspensão de rotas.

O processo só ficará concluído quando Bruxelas der o seu aval. E, mesmo que tudo corra de feição, esta história não acabará por aqui. O próximo passo chama-se American Airlines, companhia de aviação norte-americana que é tida como futuro membro da aliança, nesse caso, transatlântica.

Zona Euro abranda actividade económica no mês de Abril



De acordo com os indicadores avançados divulgados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a actividade económica abrandou na Zona Euro em Abril.

Em Abril, o indicador relativo aos 16 países que partilham a moeda única avançou 0,3 pontos, um crescimento inferior ao registado em Março (0,4 pontos).
Os mesmos dados para os 31 países da OCDE também revelam abrandamento da recuperação económica, ao crescerem 0,4 pontos, quando em Março tinham avançado 0,5 pontos.
Abril foi o nono mês consecutivo em que a taxa de crescimento diminuiu.

De acordo com a organização, os países onde parece mais difícil a retoma económica são o Brasil, França, Itália e China, com os últimos a apresentarem desempenhos negativos em Abril.
Já os indicadores avançados para o Japão, Estados Unidos e Alemanha indicam uma expansão, ainda que a um ritmo lento.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Durão Barroso e Angela Merkel apelam a uma Europa "a uma só voz"

[Durão Barroso e Merkel encontram-se a preparar o Conselho Europeu da próxima semana e as cimeiras do G8 e do G20, no Canadá]
O Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmaram, em Berlim, que a Europa "terá de falar a uma só voz" de forma a impor uma regulamentação eficaz dos mercados financeiros.

"O nosso objectivo é conseguir que nenhum actor financeiro e nenhum produto financeiro possa existir sem estar regulamentado", disse a chanceler alemã, antes de um jantar de trabalho com Durão Barroso para preparar o Conselho Europeu da próxima semana, e as cimeiras do G8 e do G20, no Canadá.

Já Durão Barroso afirmou que "a prioridade é pôr ordem nas nossas finanças públicas. Precisamos de consolidação fiscal, de uma nova cultura de estabilidade financeira na Europa e de reformas estruturais". "As regras tem de ser respeitadas, violar as regras não é um delito de cavalheiros", sublinhou.

[publicado pelo Jornal de Negócios]

Mário Soares e Ernâni Lopes em entrevista ao Jornal Expresso

A prepósito das comemorações dos 25 anos de adesão de Portugal à então CEE (Comunidade Económica Europeia), Mário Soares e Ernâni Lopes, na altura Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, respectivamente, deram uma entrevista ao Jornal Expresso. Os pais da adesão de Portugal à CEE declaram-se decepcionados com a situação a que a União Europeia (UE) chegou.

[Clique aqui para aceder ao video da entrevista]

Espanhois validam fundo de estabilidade do euro

O Congresso dos Deputados espanhol deu hoje luz verde ao decreto-lei que autoriza a transferência máxima de 53,9 mil milhões de euros para o fundo de estabilidade da moeda única, acordado pelos ministros da Economia da União Europeia.
Elena Salgado, vice presidente do Governo espanhol e responsável pelos assuntos económicos, assinalou que a presente situação de "volatilidade e incerteza" nos mercados requer "medidas urgentes", como esta, para restabelecer a confiança dos agentes financeiros nas economias da União Europeia (UE).
A vice-presidente aproveitou a ocasião para defender que a não adopção de medidas "aumentaria ainda mais o risco soberano" dos países membros, com o consequente impacto nas empresas e na moeda única.
[publicado pelo Jornal de Negócios]

Durão Barroso: actual crise não é "o pior momento" mas " o mais exigente"


O Presidente da Comissão Europeia mostrou-se hoje confiante na capacidade da Europa ultrapassar a crise, desvalorizando a ideia de que este é o seu "pior momento". Durão Barroso considerou que este é " o período mais exigente" que exige explicações aos cidadãos, na aplicação de "decisões difíceis".

O Responsável da Comissão Europeia, citado pelo Jornal Público, não considerou a actual crise como "pior ou melhor" mas sim com exigências diferentes e " respostas com grande determinação e vontade política." Durão Barroso referiu assim as medidas recentemente aprovadas pelos Ministros das Finanças, "que mostram a vontade, a nível europeu, de se reforçar a governação económica".
O líder mostrou-se confiante de que a crise vai ser ultrapassada mas apelou à união na Europa.
À saída do colóquio Integração Europeia e Democracia, em Lisboa, o Presidente da Comissão Europeia alertou que o Estados "são a Europa e por isso as decisões políticas têm de ser partilhadas e explicadas pelos líderes políticos", de forma a aumentar a confiança dos cidadãos.

Pequenos pescadores acreditam que a entrada para a UE complicou a sobrevivência do sector

Apontando as quotas e a concorrência espanhola como os principais problemas da actividade, os pequenos pescadores mostram-se unânimes, garantido que a entrada portuguesa para a União Europeia (UE) trouxe mais descavantagens do que vantagens para o sector.
Numa altura em que se comemora os 25 anos de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, avalia esta entrada como "70% negativa e 30% positiva". Em declarações à agência Lusa, José Festas garante que "para a pesca local e tradicional a entrada na UE não trouxe vantagens nenhumas, só trouxe desvantagens".

[publicado pela Agência Lusa]

Paulo Rangel mostra-se indignado por falta de convites aos eurodeputados do PSD

[Paulo Rangel escreveu ao Primeiro-Ministro relatando a situação]
O eurodeputado social-democrata, Paulo Rangel, disse ter ficado bastante indignado pelo facto de nenhum deputado europeu do PSD ter sido convidado para estar presente nas comemorações dos 25 anos da adesão de Portugal à União Europeia.
Paulo Rangel caracterizou a situação de inaceitável e acrescentou que escreveu ao Primeiro-Ministro a manifestar a sua indignação perante a falta de convites. Convites estes que a comissão organizadora diz ter enviado. "Não houve nenhuma indignação, nem inquietação da Comissão Organizadora quando verificou que não teve resposta de nenhum dos deputados do PSD", afirmou Paulo Rangel.
[publicado pela TSF]

Ministro das Finanças grego pede que os bancos sirvam de pilar ao país

[Ministro das Finanças grego acredita que os bancos devem reforçar a sua estratégia]
George Papaconstantinou, ministro das Finanças grego, apelou à adpatação e consolidação dos bancos gregos, de forma a servirem de pilar ao desenvolvimento do país. "O sistema bancário grego está bem protegido com a liquidez do Banco Central Europeu (BCE), mas também é preciso que se adaptem ao ambiente internacional competitivo", disse o ministro, num debate no parlamento sobre a economia.
"Os bancos precisam de se reforçar através de uma política estratégica para continuarem a ser a pedra angular do desenvolvimento do país com os meios justos para os cidadãos, sem (procurar) benefícios exagerados e com os serviços adequados", acrescentou.
George Papaconstantinou afirmou ainda que a criação, até ao final de Junho, do "Fundo de Estabilidade Financeira previsto no âmbito do apoio à Grécia da União Europeia e do FMI, irá reforçar ainda mais" os bancos gregos.
[publicado pela SIC]

Mário Soares acusa líderes da UE de falta de coragem

O Primeiro-Ministro que a 12 de Junho de 1985 assinou a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE) declarou-se preocupado com a actual conjuntura da União Europeia (UE), numa entrevista à TSF.
Vinte cinco anos depois do feito, Mário Soares acredita que "faltou inteligência política a todos os actuais dirigentes europeus", isto porque, "há falta de liderança na União Europeia e mediocridade".
Mário Soares afirmou também que a Europa "ainda não está preparada" para fazer face à actual crise financeira.
[publicado pela RTP]

«Não acredito numa conspiração contra o euro» - Durão Barroso


O presidente da Comissão Europeia declarou, esta sexta-feira, que o ataque dos mercados financeiros tem tido como alvo a dívida pública de alguns países e não o euro. «Não acredito numa conspiração contra o euro», disse.

«Existe um ataque à dívida de alguns países, que tem de ser enfrentado com enorme determinação», afirmou Durão Barroso durante a cerimónia de comemoração dos 25 anos da adesão de Portugal à União Europeia, citado pelo Diário Económico.

Luís Amado faz balanço positivo dos 25 anos de Portugal na CEE

O ministro dos Negócios Estrangeiros faz um balanço geral positivo vinte e cinco anos depois da entrada de Portugal na CEE.

Luís Amado reconhece em entrevista à Antena 1 que houve episódios em que a Europa Unida não esteve à altura das expectativas nacionais.


Ouça aqui um excerto da entrevista da jornalista Maria Flor Pedroso da ANTENA 1

quinta-feira, 10 de junho de 2010

BCE congratula-se com evolução da Grécia


O Banco Central Europeu (BCE), pela voz do seu presidente francês, Jean-Claude Trichet, congratulou-se com a evolução da situação na Grécia, cuja “aplicação do programa de consolidação orçamental é muito animadora”.

Na Grécia, há “sinais” que mostram que “a consolidação orçamental, apesar de uma recessão dolorosa, está sobre os carris nos cinco primeiros meses de 2010”, considerou.

Jean-Claude Trichet criticou a ideia de que a consolidação orçamental é “sinónimo” de um “estrangulamento do crescimento” num discurso, esta noite, durante um jantar de gala frente aos grandes nomes das finanças mundiais, reunidos em Viena, sob a égide do Instituto Internacional da Finança (IIF).

Sócrates nega ideia de que Portugal vive "situação insustentável"

José Sócrates manifestou-se em relação ao discurso do Presidente da República que marcou as comemorações do Dia de Portugal, ao dizer que "chegámos a uma situação insustentável". O Primeiro Ministro discordou das ideias de Cavaco Silva, alegando que Portugal vive "uma situação de dificuldade" como toda a Europa. Contudo, o Primeiro-Ministro referiu-se às medidas de austeridade aprovadas como justas e essenciais na estabilização dos mercados financeiros.




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Tribunal Europeu confirma limites às tarifas de "roaming"

De acordo com o regulamento comunitário, a partir de Julho deste ano, o valor máximo de um SMS enviado do estrangeiro passa a ser de 11cêntimos. As chamadas efectuadas vão passar a ter um custo máximo de 39 cêntimos por minuto e de 15 cêntimos, as recebidas.
As medidas de limitação às tarifas de "roaming" eram já contestadas por algumas operadoras como a Vodafone, Telefonica, Orange e T-Mobile, que alegavam o "principio da subsidiariedade", mas a Justiça alargou as medidas a nível europeu de modo a proteger os consumidores, reduzindo custos em 24%. Prevêem-se ainda descidas de custos para o ano de 2011.
A Comissão Europeia vê assim cumprir o seu objectivo, e o porta-voz Jonathan Tood, citado pela euronews, relembra um dos argumentos ditos na sentença: “A decisão é justificável face aos interesses do mercado único europeu".

Constâncio admite que podem ser necessárias «novas medidas» de austeridade



O novo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e antigo governador do Banco de Portugal não coloca de parte a hipótese de o governo português vir a ser obrigado a adoptar "novas medidas" de austeridade em 2011.

Para Victor Constâncio, essa é uma hipótese bem real, caso o governo queira "atingir o objectivo ambicioso que anunciou e com o qual se comprometeu", de reduzir o défice para 4,6% do PIB já em 2011.

Previsões do crescimento da Zona Euro melhoram para 1%


O Presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, anunciou hoje que as estimativas de crescimento da Zona Euro para 2010 foram revistas e registaram uma subida de 0,8% (previstos em Março) para 1%.
O Responsável do Banco Central Europeu melhorou as previsões do crescimento da Zona Euro para este ano, o que não acontece com as previsões para 2011 que caíram de 1,5% para 1,2%. Na base deste decréscimo está o impacto negativo das medidas de austeridade implementadas por vários países europeus.


Portugal no ranking dos países com as praias mais limpas


A Comissão Europeia apresentou hoje um relatório que comprova que a qualidade das águas portuguesas em 2009 foi elevada, e que mais de 98% das zonas costeiras cumprem as normas mais rigorosas da Europa.
Países como a França, Chipre e Grécia também revelaram valores de cumprimento rigoroso em quase todas as instâncias balneárias, no ano anterior.


Merkel defende alteração dos Tratados para garantir o futuro do euro


Numa reunião com o Presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, a chanceler alemã voltou hoje a afirmar, em Berlim, que a crise financeira traz a necessidade de alterar o Tratados Europeus para garantir a estabilidade do euro.
De acordo com a agência Lusa, Angela Merkel quer alterações nos tratados e considera-as necessárias na aplicação de sanções aos países incumpridores do Pacto de Estabilidade e Crescimento.


Mário David questiona Comissão Europeia sobre "facilitismo" na educação em Portugal

O eurodeputado social-democrata questionou a Comissão Europeia sobre a decisão do Governo português, de permitir que alunos passem do 8º para o 10º ano. Citado pela agência Lusa, Mário David considera ser uma decisão de "facilitismo" no sistema de educação.
No âmbito de uma medida recentemente adoptada pelo governo português que permite aos alunos do 8ºano passarem para o 10º, Mário David lança uma pergunta ao Executivo comunitário e questiona a Comissão quanto ao facto de ter conhecimento de situações semelhantes na União Europeia.
O eurodeputado questionou também como irá a Comissão tratar estatisticamente o caso português.

Teixeira dos Santos diz que Portugal não tem planos para recorrer ao fundo de emergência da UE

[Teixeira dos Santos, actual ministro das Finanças]
Numa entrevista ao Financial Times, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, descartou a necessidade de Portugal recorrer ao fundo de emergência europeu e declarou-se confiante de que o país conseguirá contrair empréstimos com juros baixos nos mercados internacionais. “A nossa percepção é a de que os mercados ainda têm vontade de comprar dívida pública portuguesa”, afirmou o ministro, acrescentando que “não estamos numa situação em que necessitemos de usar” os últimos recursos.
Teixeira dos Santos garantiu ainda que o Governo liderado por José Sócrates vai “fazer o que for necessário” para mais do que reduzir a metade o défice para 4,6% no próximo ano e para 2,8% em 2013. Para que tal seja possível, o ministro afirmou que o Governo poderá implementar mais medidas, para além das de austeridade já anunciadas, caso estas sejam necessárias.
[publicado pelo Jornal de Negócios]

BCE felicita países com políticas orçamentais "ambiciosas"

O Presidente do Banco Central Europeu felicitou os países que já mostraram esforços, com políticas orçamentais mais exigentes e "ambiciosas". Jean-Claude Tricher voltou a insistir na emergência dos países "cumprirem os seus compromissos para corrigir os elevados défices orçamentais".
Durante a conferência de imprensa que sucedeu a decisão do BCE de manter a taxa de juro de referência para a Zona Euro no 1%, Jean-Claude Trichet felicitou em nome do Conselho de Governadores "o facto de um número de governos da Zona Euro" adoptarem "medidas de consolidação orçamental adicionais". O Responsável elogiou os países que já apresentaram "objectivos orçamentais mais ambiciosos" e disse que os países devem diminuir o risco de dívida. Citado pelo Jornal de Negócios, o Presidente do BCE sublinhou também que "reformas estruturais que levem a um crescimento maior e à criação de emprego são cruciais para suportar a recuperação sustentável."

Ex-economista do FMI defende que Portugal deveria pedir já ajuda internacional

Teresa Ter-Minassian, ex-economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), defende que Portugal devia recorrer já à ajuda internacional, de forma a evitar situações de desespero.
[publicado pela RTP]

Aumento de 18,4% das exportações portuguesas até Abril

As exportações de mercadorias portuguesas registaram um crescimento de 18,4% no trimestre terminado em Abril, uma evolução que ainda não se mostrou suficiente para baixar o défice da balança comercial, já que as importações aumentaram 12,9%.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em Fevereiro, Março e Abril, Portugal exportou 8,98 mil milhões de euros em mercadorias, um crescimento de 18,4% face ao mesmo período do ano passado.
[publicado pelo Jornal de Negócios]

Moeda única Europeia sobe pelo terceiro dia consecutivo

O Euro continua em alta, pelo terceiro dia consecutivo, recuperando, assim, algumas das perdas acumuladas nos últimos tempos devido à crise de dívida na Europa.
O euro sobe 0,79% para 1,2074 dólares, no entanto, a moeda única acumula uma descida de 15,7% face ao dólar, desde o ínicio do ano.
A moeda única europeia tem estado sob pressão, primeiro devido às contas públicas gregas, e depois devido ao contágio dos receios para outros países, o que deu origem a uma crise dívida na Europa.
[publicado pelo Jornal de Negócios]

José Manuel Pureza condena "economia de abismo" da UE

Na intervenção de encerramento das jornadas parlamentares do Bloco de Esquerda (BE), em Viana do Castelo, o líder parlamentar bancada bloquista, José Manuel Pureza, afirmou que a União Europeia (UE) caminha para uma "economia do abismo" e que a hipótese de novas medidas de austeridade para Portugal, discutida na segunda feira numa reunião do Eurogrupo, é "extraordinariamente preocupante".
José Manuel Pureza anunciou que o partido vai apresentar esta semana um projecto de resolução rejeitando que os orçamentos nacionais fiquem sujeitos a um visto prévio. "Parece que a União Europeia se está a querer especializar em economia do abismo, porque as decisões que são tomadas sucessivamente parecem apontar nesse sentido, cada vez que o precipício social e económico se avizinha, a União Europeia e os seus decisores parecem recomendar que se deem sucessivos passos em frente", criticou.
[publicado pelo Diário de Notícias]

Portugal já paga mais do que a Grécia

Depois das discussões sobre se Portugal deveria recorrer ao pacote de ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), o IGCP, instituto que gere a dívida portuguesa, realizou ontem uma emissão de Obrigações do Tesouro a 10 anos em que a taxa de juro obtida foi de de 5,225%, a mais alta desde 2006 e possivelmente desde a criação do euro. A taxa exigida à Grécia, no pacote de ajuda que conta com dinheiro português, é de 5%, pelo que Portugal já paga juros mais altos do que a Grécia no plano de ajuda financeira.
[publicado pelo Jornal Público]

BCE mantém taxa de 1%

O Banco Central Europeu manteve a taxa de juro de referência para a zona euro em 1%, valor mínimo histórico. A decisão já era esperada pelos mercados e foi anunciada pelo Conselho de Governadores no final da reunião de hoje, em Frankfurt.

A taxa de juro mantém-se nos 1%, como já era esperado, e aguardam-se agora as declarações do presidente da autoridade monetária, Jean-Claude Trichet, no decorrer de uma conferência de imprensa.
De acordo com uma pesquisa recente da Reuters esperavam todos os 79 economistas ouvidos já esperavam pela decisão do BCE, num momento em que a Zona Euro atravessa um clima de incerteza sustentado pela crise de dívida.


Nova legislação para os mercados só no final de 2012

Segundo uma notícia avançada pela Bloomberg, a legislação que está a ser preparada pela União Europeia (UE) para a negociação bolsista, necessária devido à crise de dívida, só deverá ser implementada efectivamente no final de 2012.
De acordo com um rascunho de um documento que deverá ser discutido pelos líderes europeus na reunião de 17 de Junho, em Bruxelas, a elaboração da “última fase da legislação deverá ocorrer no final de 2011 e permitir a implementação na legislação nacional até ao final de 2012”.
[publicado pelo Jornal de Negócios]

UE acorda reembolso das despesas médicas feitas no estrangeiro

[Portugal mostrou-se contra o acordo. A ministra da Saúde, Ana Jorge, considera que que a medida irá ameaçar a sustentabilidade financeira do SNS]
Após quatro anos de debate, os Estados membros chegaram a um acordo sobre as modalidades de reembolso dos doentes tratados no estrangeiro, centrando-se na limitação do turismo sanitário.
O acordo estipula que é ao país de residência do paciente que cabe assumir os custos das despesas feitas num outro Estado membro. No caso de um tratamento num país terceiro, o paciente terá de ter uma autorização prévia do país de residência e respeitar certas condições.
Portugal e Polónia votaram contra o acordo. A ministra Ana Jorge considera que a proposta virá ameaçar a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e irá criar desigualdades, pois acaba por beneficiar aqueles que têm mais recursos.
[publicado pela Euronews]

UE vai avançar com mais dinheiro se o fundo europeu não for suficiente

O Presidente do Conselho Europeu, disse hoje que se o fundo de 750 mil milhões de euros não for suficiente, a UE irá avançar com mais dinheiro para ajudar os países em dificuldades

Em declarações citadas pela agência Bloomberg, Herman Van Rompuy, garantiu que "actualmente, não existe a menor indicação de um pedido para colocar em prática este plano de ajuda". "Se for demonstrado que o plano é insuficiente", o Presidente do Conselho Europeu diz que sua resposta é "simples" e que a União Europeia fará mais para ajudar os países com dificuldades.

Negociações sobre reforma laboral espanhola fracassam

A tentativa do Governo espanhol conseguir acordar com patrões e sindicatos o pacote de reforma laboral fracassou esta madrugada e agora aprovará, por decreto e sem o apoio dos parceiros sociais, na próxima semana.

A última reunião começou ontem ao final da tarde e terminou esta madrugada, às seis horas, sem que, segundo fontes do executivo, se tenham conseguido resolver “diferenças importantes”, nomeadamente em relação ao custo e justificações do despedimento.

Tratou-se da segunda tentativa falhada do Governo conseguir acordo, esta legislatura, para reformar o setor laboral espanhol, uma reforma exigida tanto pelo FMI como pela Comissão Europeia.

UE condena Portugal por resíduos em pedreiras

O Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) condenou hoje Portugal por não ter adoptado “as medidas necessárias na gestão dos resíduos” depositados ilegalmente nas antigas pedreiras dos Limas e dos Linos, situadas na freguesia de Lourosa.

“Portugal não cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força, respetivamente, da diretiva (…) relativa aos resíduos e da diretiva (…) relativa à proteção das águas subterrâneas contra a poluição causada por certas substâncias perigosas”, de acordo com o acórdão lido no Luxemburgo.

No que se refere à antiga pedreira dos Barreiras, situada também na freguesia de Lourosa, o Tribunal de Justiça considera que a Comissão “não pode defender eficazmente que Portugal violou as suas obrigações” decorrentes das mesmas Directivas (leis europeias).

Défice quase igual, mais desemprego e menos inflação são os resultados de 25 anos de Portugal na UE

A entrada na União Europeia por parte de Portugal em 1986 trouxe resultados que podem ter ficado muito aquém do inicialmente esperado: o desemprego ficou mais acentuado, a inflação desceu bastante, o défice piorou ligeiramente e a dívida pública face ao PIB subiu quase para o dobro do que estava em 1986.

Este poderá ser o rescaldo dos 25 anos da comemoração que será feita no sábado, dia em que o Portugal assinala o quarto de século da sua presença na União Europeia.

Nos últimos 25, a economia portuguesa sofreu uma profunda transformação, reduzindo a inflação de 19 por cento, em 1985, para um inédito valor negativo de 0,9 por cento, no ano passado.

Quanto à dívida directa do Estado, esta passou de 53 por cento do PIB para 81 por cento, prevendo-se que continue a subir até 2013.

No que respeita ao desemprego,foi gradualmente melhorando na década seguinte à da entrada na Europa comunitária(anos90),ainda que com variações reduzindo-se de 9 por cento, em 1986, para 4 por cento em 2000, a melhor taxa dos últimos 25 anos.

A crise financeira mundial que se tem vivido no entanto poderá ter feito o desemprego subir para níveis históricos, mas desde o início da década que este não pára de aumentar.


[publicado pelo Jornal Sol]

quarta-feira, 9 de junho de 2010

UE quer intensificar sanções para países incumpridores

[Herman Van Rumpuy, Presidente da União Europeia]
Os governos da União Europeia comprometeram-se à criação de regras mais exigentes para o controlo das políticas orçamentais. De forma a prevenir uma repetição da crise grega e impedir novas ameaças à credibilidade do euro, os Governos vão passar a controlar o cumprimento de políticas orçamentais mesmo antes da violação do limite de 3% do PIB.
“Até agora, só se era multado por passar o sinal vermelho dos 3%”, disse o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, à Bloomberg, depois de uma reunião ministerial em Bruxelas. “A partir de agora, também se pode ter problemas por passar o sinal amarelo”.
"Estamos a melhorar o Pacto, criando sanções para intervir mais cedo", acrescentou.
Estas sanções, que ainda estão por definir, podem vir a ser determinantes quando um país ignorar os avisos dos parceiros quanto ao rumo das suas contas públicas ou se o nível global da sua dívida aumentar muito rapidamente.
Para antecipar a entrada em vigor das leis, os governos comprometeram-se a procurar a redução do défice já no próximo ano. Outra novidade deste acordo é a UE pretender estar mais atenta ao controlo da dívida global, limitada aos 60% do PIB, e não apenas em relação aos défices anuais. O objectivo é poder desencadear mecanismos para controlar o défice excessivo mais cedo nos países cuja dívida não apresente sinais de recuo rápidos.
[publicado pelo Jornal de Negócios]

UE pondera novas sanções para o Irão

Depois do Conselho de Segurança da ONU aprovar novas sanções contra o Irão devido à suspeita de desenvolvimento de armas nucleares, a União Europeia (UE) admitiu estar a estudar a hipótese de novas punições pelos mesmos motivos. A responsável pelos assuntos externos da União Europeia, Catherine Ashton, em conjunto com o Reino Unido, a França e a Alemanha, vai tentar convencer os restantes Estados-membros para pressionar Teerão para negociar o seu programa nuclear.

[publicado pela Rádio Renascença]

União Europeia reforça poderes do Eurostat

O Eurostat vai passar a ter poderes de fiscalização das contas públicas dos 27 Estados-membros. O objectivo deste reforço de poderes é apertar o cerco às contas públicas dos países da União Europeia, de forma a evitar que se repitam os escândalos de falsificação de estatísticas, como aconteceu com a Grécia.
[publicada pela RTP]

Sábado comemora-se os 25 anos da entrada de Portugal e Espanha para a UE

[José Sócrates e Cavaco Silva vão ser os anfitriões da cerimónia em Lisboa]
A cerimónia das comemorações das bodas de prata da adesão ibérica à União Europeia conta com viagem entre Lisboa e Madrid. Cavaco Silva e José Sócrates são os anfitriões da cerimónia que se realiza logo pela manhã, no Mosteiro dos Jerónimos e na qual vai estar o Presidente do Governo espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, acompanhado do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Miguel Angel Moratinos, e de várias personalidades que marcaram as últimas duas décadas e meia da história dos dois países. À tarde, José Sócrates e comitiva deslocam-se a Madrid para assistir ao evento que decorre no Palácio Real do Oriente e que será presidido pelos Reis Juan Carlos e Sofia.
[publicado pelo Diário de Notícias]

Comissão Europeia dúvida das contas públicas apresentadas pela Bulgária

Bruxelas enviou uma equipa de técnicos do Eurostat a Sófia para validar as contas da Bulgária, depois do país ter subitamente estimado que vai terminar este ano com um défice orçamental, quando antes previa um excedente.
Amadeu Altajaf, porta-voz da Comissão Europeia, disse que os técnicos da União Europeia vão deslocar-se em breve ao país, para investigar o porquê desta alteração.
“A Comissão Europeia tem sido informada de forma tardia por parte das autoridades búlgaras acerca da acentuada revisão das previsões orçamentais, o que constitui uma violação às obrigações do país”, afirmou Altajaf à Bloomberg.

[publicado pelo Jornal de Negócios]

Portugal recorrer à ajuda da UE e do FMI "está fora de hipóteses"

Em declarações agência Reuters, Carlos Pina, secretário de Estado do Tesouro e Finanças, disse que os mercados vivem "um momento de irracional aversão ao risco", no entanto, garantiu que o recurso de Portugal ao pacote de ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional está fora das hipóteses.
O secretário adientou ainda que o fundo de emergência criado pela União Europeia “é um mecanismo importante que contribui para restabelecer a normalidade nos mercados".
[publicado pelo Jornal de Negócios]

Propostas de regulação do "short selling" apresentadas no Verão

A Comissão Europeia já se manifestou em relação ao pedido feito pela França e a Alemanha, e as propostas de regulação do "short selling" vão ser apresentadas ainda este Verão.
Depois do pedido de Sarkozy e Merkel para acelerar a regulação financeira na Europa, a Comissão Europeias fez "questão de entregar as propostas rapidamente".
Segundo um comunicado do porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde-Hansen, as "medidas concretas"de regulação do "short selling" vão ser apresentadas durante o Verão.
No entanto admitiu que ainda não existe "uma data exacta" para anunciar as propostas, sabe-se apenas que serão apresentadas em breve.
Em declarações citadas pela agência Bloomberg, Pia Ahrenkilde-Hansen agradeceu também o alerta feito por Sarkozy e Merkel sobre estas operações de mercado, que consistem no investimento de determinado activo, nomeadamente nas acções.

Sarkozy e Merkel pedem rapidez na regulação dos mercados europeus


O Presidente francês e a chanceler alemã pediram à Comissão Europeia para banir o ‘naked short-selling’ de todos os activos e alguns CDS(Credit Default Swaps).

Numa carta conjunta enviada ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, Sarkozy e Merkel afirmam que o Executivo comunitário deve acelerar as iniciativas para supervisionar estes mercados e apresentar possíveis medidas em Julho.

"O regresso da forte volatilidade nos mercados torna necessário questionar certos métodos financeiros e certos produtos, como o ‘naked short-selling' e os CDS" dizem os dois líderes europeus na carta citada pela Bloomberg.

As bolsas e o mercado de dívida voltaram a mostrar sinais de nervosismo, com o aumento dos receios sobre o alastrar da crise de dívida, depois de o novo Governo da Hungria ter alertado para uma possível bancarrota do país na semana passada.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Olli Rehn lamenta ter equiparado Portugal e Espanha

O comissário europeu dos Assuntos Económicos admitiu hoje que foi incorrecto ao meter Portugal e Espanha «no mesmo saco» quando pediu mais reformas estruturais no mercado do trabalho e no sistema de pensões.

«Talvez não seja sempre correcto pôr Portugal e Espanha no mesmo saco, porque são países independentes e têm diferentes desafios no que se refere às reformas estruturais», disse Olli Rehn quando confrontado com a posição de vários ministros portugueses em relação a comentários feitos segunda-feira pelo comissário europeu.


Ouça aqui as declarações de Olli Rehn