quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Assunção Cristas indignada com orçamento da União Europeia


Assunção Cristas
Na base deste descontentamento da Ministra da Agricultura, demonstrado ontem publicamente em Bruxelas, está a proposta de orçamento comunitário para 2014-2020 que não contempla um aumento das verbas destinadas ao desenvolvimento rural. A ministra chegou afirmou, em declarações aos jornalistas portugueses à saída do Conselho de Ministros de Agricultura e Pescas da União Europeia que, "Se não houver um aumento daquilo que foi o pacote proposto para Portugal em termos de desenvolvimento rural, Portugal considerará, como já considerou, inaceitável".

Na sua opinião, as propostas que vieram  do Conselho Europeu são um retrocesso, inadmissível, e é por isso que continuam a trabalhar e não houve fecho de negociações, salientando que, "Portugal foi um dos países que não permitiu que se fechassem as negociações". Assunção Cristas disse ainda que, durante a reunião de hoje, reiterou a "importância" que a Política Agrícola Comum (PAC) tem para Portugal e, em particular, "o pilar relativo ao desenvolvimento rural, aos fundos de investimento na agricultura".

Durante a reunião, Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, apresentou  uma nova proposta de orçamento que mantém uma redução do envelope global em cerca de 80 mil milhões de euros relativamente à proposta da Comissão Europeia, mas propõe uma redistribuição dos cortes que atenua as reduções nas áreas da coesão e agricultura, que não reuniu consenso entre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, acabando por não existir um acordo no final, o que obriga e adia uma nova discussão sobre o tema para o início de 2013.No final da cimeira, Pedro Passos Coelho, disse que a nova proposta de orçamento era uma boa "base" para um acordo e "melhor para Portugal" do que a anterior.

Tiago Amado e Mauro Carvalho

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