quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Conselho Europeu discutiu escândalo de espionagem dos Estados Unidos

Os líderes dos 28 Estados membros da União Europeia assinaram uma “iniciativa comum” apresentada pela França e Alemanha, na passada sexta-feira no primeiro dia da reunião do Conselho Europeu em Bruxelas.

O presidente do Conselho Europeu Herman Van Rompuy declarou aos jornalistas que é vital a cooperação entre os serviços de informações da Europa com os Estados Unidos na luta contra o terrorismos, mas a falha de confiança pode por causa a colaboração entre Bruxelas e Washington.

Foto: www.rtbf.be
Herman Van Rompuy também salientou que apesar da assinatura comum do documento, houve uma certa divisão por parte dos países sobre as medidas a tomar sobre à alegada espionagem da Agencia de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, e que Estados membros estão a tomar as decisões separadamente.

O primeiro ministro britânico David Cameron foi o primeiro a distanciar-se da posição tomada pela França e Alemanha, ele disse que os lideres europeus são muito ingénuos sobre os serviços de inteligências. O chefe de governo britânico também declarou que é muito difícil manter os países e as pessoas seguras dos terroristas.

O primeiro ministro espanhol Mariano Rajoy também foi mais brando sobre a suposta espionagem americana. Ele anunciou que está a convocar o embaixador dos Estados Unidos a Madrid para pedir-lhe explicações, mas não juntou-se a França e Alemanha no pedido de conversações bilaterais com Washington.

Entre os 35 líderes mundiais que sofreram espionagem por parte da NSA está a chanceler alemã Angela Merkel. A imprensa alemã revelou que há mais de dez anos que Angela Merkel vem sendo a ser espiada pela inteligência americana e que existem cerca de 80 centros de espionagem da NSA espalhados pelo mundo. A imprensa americana confirmou que Barack Obama já desde 2010 sabia sobre as escutas no telemóvel da chanceler alemã, quando o presidente dos Estados Unidos tinha garantido a Angela Merkel que nada sabia sobre este assunto no encontro bilateral entre os dois países realizado em Junho em Berlim.

A grande repercussão do caso fez com que no domingo centenas de pessoas protestassem em Washington contra o caso de espionagem por parte da administração americana (vídeo).

Para evitar uma crise diplomática o presidente Obama irá pedir para que a NSA deixe de espiar os líderes das forças aliadas revelou o New York Times nesta segunda-feira.

Rodrigo Rodrigues

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