segunda-feira, 31 de maio de 2010

Oliveira Martins critica UE por falta de audácia na política económica

Oliveira Martis, presidente do Tribunal de Contas, criticou hoje os Executivos da União Europeia (UE) pela "falta de audácia" na criação de condições que permitam uma "real competitividade da economia europeia no contexto mundial".

"Portugal defende activamente o reforço das competências dos Tribunais de Contas e instituições superiores de controlo, defende a necessidade de uma coordenação efectiva, que não tem existido na UE, das políticas económicas", disse Guilherme d'Oliveira Martins.

O antigo ministro das Finanças acredita que há falta de coordenação "por falta de audácia, uma vez que, tendo uma união monetária que só pode ser credibilizada com coordenação económica, é preciso necessariamente mais governo económico".

Roubini diz que Portugal pode voltar a entar em recessão

O economista Nouriel Roubini, que previu a crise financeira mundial, considera que existe o risco de Portugal, Irlanda e Itália voltarem a entrar em recessão.

Roubini diz que os elevados défices orçamentais agravam o risco de incumprimento e de inflação mas avisa também que a retirada das medidas anti-crise cedo demais podem levar a um cenário de deflação.

"Portugal, que cresceu 1,7% no primeiro trimestre deste ano face ao homólogo, enfrenta assim o risco de uma recessão em forma, «W»" diz o especialista citado pela Bloomberg.

Este tipo de recessão, previsto para a Europa, poderá levar, a par com o abrandamento da economia norte-americana, à queda dos preços das matérias primas nos próximos seis a doze meses.

O economista sublinhou a "falta de liquidez nos mercados interbancários" disse sobre a economia europeia.

Roubini teme também que a existência de uma bolha de activos no Brasil, China e Índia. As economias emergentes têm margem para crescer entre 5% e 8%.

Euro desvaloriza 7,5% em relação ao dólar

Desde 2006 que o Euro não valia tão pouco face ao dólar. Em Maio, a moeda única europeia desvalorizou 7,5% em relação à "nota verde".

Devido à crise financeira, tem havido receio dos accionistas face à dívida europeia. Esta situação foi agravada com o pedido de ajuda da Grécia. Apesar das medidas da União Europeia, para ajudar países como esse a saírem da crise, os investidores continuam com dúvidas acerca da força da união monetária.

[publicado pelo Diário Económico]

Crise leva a aumento do endividamento na Europa

Um estudo feito pelo FMI e pela Comissão Europeia revela que, devido à crise, o aumento do endividamento europeu, nos próximos cinco anos, é inevitável. Para as gerações futuras não deixa de ser um "grave encargo", pois pode levar a que o nível de vida diminua nas próximas décadas.

Entre 2008 e 2015 estima-se que a dívida pública dos países mais avançados irá aumentar cerca de 40% em cada um, o que pode representar um aumento de juros e, também como consequência, pressionar os orçamentos nacionais. O apoio à crise realizado pelo próprio Estado resultou numa maior perda de montantes pelos países mais fortes, como o Reino Unido, Alemanha e EUA.

Só na União Europeia estima-se que 10% da população esteja desempregada. Isto deve-se ao facto da contracção ao crédito e a diminuição do investimento ter, igualmente, aumentado. As empresas procuram agora reduzir os custos para conseguir ultrapassar a crise e, ao mesmo tempo, manter o lucro. Uma das maiores consequências do aumento do desemprego é o facto de os pagamentos em subsídios de desemprego terem crescido. Mas esses montantes dispensados podem sofrer mudanças uma vez que, para os países realizarem a contenção social e reduzir os défices, terá que haver uma redução das prestações sociais.

[publicado pelo Diário Económico]

Eurodeputado defende criação de "observatório europeu" para regular a comercialização do leite

[José Manuel Fernandes]

O parlamentar social-democrata, José Manuel Fernandes defendeu hoje a criação de um “observatório europeu” que permita o processo de comercialização do leite, “desde a produção até ao consumo”. Em Braga, o Eurodeputado declarou que o observatório viria assegurar os mecanismos de regulamentação e equilíbrio necessários para evitar situações de "dumping e destruição do sector produtivo". “É imperioso que um observatório europeu possa assegurar mecanismos de regulação para evitar que os produtores sejam obrigados a vender abaixo do custo de produção”, sustentou.
“Não é admissível uma situação de lucros elevados nas cadeias de distribuição, enquanto os produtores se vêm obrigados a vender abaixo do preço de custo”, afirmou.
José Manuel Fernandes defendeu ainda que a União Europeia e os seus Estados-Membros deviam assumir como prioridade “a defesa da soberania alimentar e a valorização dos produtos agrícolas”.

[publicado pelo Jornal i]

Grécia aconselhada a sair do Euro

Economistas britânicos aconselharam a Grécia a sair da zona euro para recuperar da crise da dívida. De acordo com uma notícia publicada pelo jornal Sunday Times, países como Espanha, Portugal e Itália podem vir a seguir o mesmo caminho.
Os analistas do Centre for Economics and Business Research (CEBR), alegaram a falta de capacidade das autoridades gregas para recuperarem da crise da dívida sem desvalorização da moeda, de modo a accionar as exportações.Se a Grécia sair do Euro terá então de voltar à anterior moeda (dracma) acrescentou o CEBR.
Doug McWilliams, presidente executivo do CEBR disse que o país “ao sair do euro, a nova moeda iria cair no mínimo 15%. No entanto, como a dívida nacional é avaliada em euros, aumentaria o valor da dívida dos actuais 120% do Produto Interno Bruto (PIB) para 140%". O economista avançou os bancos alemães e franceses vão ser fortemente abalados se a Grécia sair da moeda única, por terem milhões de euros em títulos da dívida grega. "Espanha será provavelmente forçada a seguir a mesma via, tal como Portugal e a Itália", disse Doug McWilliams que designou esta via de «virtualmente inevitável».

União Europeia exige abertura de inquérito ao ataque israelita

[O navio atacado seguia com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza]
A União Europeia declarou que é necessário abrir um inquérito rigoroso que apure as responsabilidades do ataque contra navios que transportavam ajuda humanitária. A operação, que deverá ter envolvido centenas de militares israelitas, fez pelo menos 15 mortos. A Espanha, país que ocupa nesta altura a presidência da União Europeia, diz que o ataque israelita à frota humanitária que pretendia chegar a Gaza é «inaceitável».
Os navios tinham partido Sábado da Turquia e dirigiam-se à Faixa de Gaza, furando assim o bloqueio imposto por Israel. O Governo de Telavive já tinha avisado que não ia permitir a chegada dos navios ao destino e não hesitou em usar a força para o conseguir.

[publicado pela TSF]

Preços na Zona Euro sobem 1,6% em Maio

Uma estimativa divulgada hoje pelo Eurostat indica que a inflação na Zona Euro cresceu 1,6 % no mês de Maio face ao mesmo mês do ano passado.
A variação representa um aumento de uma décima em relação ao mês anterior já que, segundo o gabinete de estatísticas da União Europeia, a estimativa da inflação foi de 1,5 por cento em Abril.

Comissão Europeia anuncia que a confiança dos europeus piorou em Maio

O ESI (Economic Sentiment Indicator) revelou que a confiança dos europeus quanto à evolução da economia caiu este mês, tanto na zona euro como na União Europeia.
O indicador baixou 1,9 pontos para 100 pontos na União Europeia e em 2,2 pontos para 98,4 na zona euro, face aos 100,6 pontos registados anteriormente, revela um comunicado do Departamento de Assuntos Económicos da UE.
Os economistas esperavam que o indicador se mantivesse estável nos 100,6 pontos este mês.Segundo o Executivo comunitário, apesar do sentimento na indústria continuar a recuperar, a confiança dos consumidores e empresários em todos os outros sectores piorou em Maio.

[publicado pelo Diário Económico]

OCDE regista crescimento do PIB português


As estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) terá crescido 1 por cento no primeiro trimestre de 2010, face aos três meses anteriores e 1,7 por cento face ao período homólogo de 2009.

Os dados mostram que Portugal é o quarto país com a maior taxa de crescimento trimestral, depois da Coreia (1,8 por cento), Suécia (1,4 por cento) e do Japão (1,2 por cento), avança a SIC Notícias.

No conjunto dos países da OCDE, o PIB cresceu 0,7 por cento no primeiro trimestre de 2010 e 2,5 face a igual período do ano anterior.

Já na zona euro, o PIB terá aumentado 0,2 por cento face ao trimestre anterior e 0,5 por cento face ao primeiro trimestre de 2009.

domingo, 30 de maio de 2010

Sócrates e Jardim não pretendem fechar a Zona Franca da Madeira

Durante uma reunião realizada no Aeroporto da Madeira,Alberto João Jardim e José Sócrates falaram sobre o futuro da Zona Franca da Madeira,foi um dos assuntos mais discutidos durante a reunião de trabalho de hoje.

Segundo o presidente do Governo madeirense,"foi uma reunião de trabalho muito útil para se assentar ideias para acertar o futuro da Zona Franca da Madeira".
Durante a reunião,Alberto João Jardim afirmou que o governo regional e da República também não estão de acordo em fechar a praça financeira madeirense,defendendo a continuação da Zona Franca da Madeira.
Alberto João Jardim defende que é necessário um novo modelo mais eficiente,destacando a existência de um acordo desta natureza com o Primeiro-ministro, José Sócrates.

Ministro das Finanças confirma Orçamento rectificativo

A participação de Portugal no Mecanismo de Estabilização Financeira da Zona Euro, no valor de 440 milhões de euros, leva a que o país seja obrigado a avançar com um reforço do montante para a concessão de garantias, tendo de alterar o limite previsto na Lei do Orçamento de Estado para 2010.

Teixeira dos Santos, admitiu, sexta-feira, na Comissão Parlamentar de Orçamento, que é necessário aprovar medidas urgentes, frisando que a "crise da dívida soberana é uma crise que afecta as condições de financiamento dos agentes económicos, um mecanismo essencial para o funcionamento da economia e para a promoção do crescimento sustentado". O Ministro das Finanças acabou mesmo por avançar com uma nova alteração orçamental , com o objectivo de dar ao Estado possibilidades para cumprir com a sua quota parte no megafundo europeu de ajuda à Grécia. Para Teixeira dos Santos, "não deverão surgir quaisquer dúvidas na capacidade plena de Portugal participar neste esforço com a totalidade da participação que lhe cabe por aplicação da sua proporção no capital do BCE".

[Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças]

[publicado pelo Diário de Notícias]

Caso Magalhães segue para Tribunal de Contas e para Bruxelas

[Negócio do Computador Magalhães pode ter sido ilegal]

Depois do relatório final da comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis, que analisou a adjudicação do Magalhães à empresa JP Sá Couto, que conclui que esta adjudicação directa foi ilegal, o documento vai ser enviado para o Tribunal de Contas (TC) e para Direcção Geral da Concorrência na Comissão Europeia.
O relatório defende que a adjudicação foi da total responsabilidade do Governo de Sócrates e partiu de informação privilegiada prestada à empresa.
Nas conclusões, da autoria da deputada do PSD Carina Oliveira, sustenta-se que o Governo "fugiu à obrigação de promoção de um concurso público internacional segundo a lei vigente -nacional e comunitária- para o fornecimento dos equipamentos (e ‘software') no âmbito da iniciativa da sua exclusiva responsabilidade, ‘e-escolinhas'".
[publicado pelo Diário Económico]

sábado, 29 de maio de 2010

Cavaco Silva não comenta críticas do cardeal patriarca de Lisboa


O Presidente da República acabou por não comentar na passada sexta-feira[dia 28 de Maio] as críticas do cardeal patriarca de lisboa por ter promulgado a lei do casamento homossexual.
De acordo com as críticas de José Policarpo,Cardeal patriarca, o Presidente da República apenas afirmou "não ser comentador".
Segundo Cavaco Silva,“Quem estiver interessado em conhecer o que eu penso basta ir à página da Internet da Presidência da República. Está lá a minha posição que é muito clara para quem quiser entender".

Alemanha prepara-se para aumento de impostos

Vários jornais alemães noticiaram que o governo do país, liderado por Angela Merkel, está a preparar um amento de impostos para acelerar a consolidação orçamental. Uma fonte próxima do Governo de Merkel anunciou que a medida está a ser avaliada e que poderá ser anunciada nos próximos dias.
Segundo a mesma fonte o aumento de "determinados impostos" irá incidir "apenas sobre um grupo restrito de contribuintes com mais posses".

[publicado pelo Diário de Notícias]

[Angela Merkel]

Ministra da Saúde não comenta as dívidas hospitalares



A ministra da Saúde acabou por não comentar na passada sexta-feira[26 de Maio] o facto das dívidas hospitalares à indústria farmacêutica ter duplicado no último ano e quatro meses.
De acordo com as notícias sobre as dívidas hospitalares à industria farmacêutica, Ana Jorge acabou por não se pronunciar sobre esse facto, "não vou comentar sobre as dívidas, ou sobre aquilo que a Apifarma anunciou como as dívidas do Ministério da Saúde ou dos hospitais, terão que ser analisadas e, obviamente,em sede própria, serão depois informadas e dizer exactamente o que aconteceu da nossa parte".

Ministra da Saúde garante que a crise não afectará a qualidade do serviço Nacional de Saúde


A Ministra da Saúde,Ana Jorge, garantiu no passado sábado[28 de Maio] que não haverá cortes nos rendimentos do ministério relativamente aos tratamentos ou cuidados hospitalares, os doentes não serão prejudicados com as formas usadas para combater a crise económica.

"As terapêutas mais caras nem sempre são as melhores", afirmou a Ministra da Saúde que confirmou que não haverá cortes no orçamento do estado para os tratamentos dos doentes, de modo a que a crise não venha a afectar a qualidade do serviço Nacional de Saúde.Esta decisão foi tomada pela Ministra da Saúde,Ana Jorge, após ter visitado as unidades de tratamento oncológico com o Presidente da República e com o chefe de estado.

PSD apoia recandidatura de Cavaco Silva


Os socias-democratas expressam o seu apoio a Cavaco Silva no que diz respeito à sua recandidatura à Presidência da República.
O PSD voltou a manisfestar o seu apoio ao professor Cavaco Silva caso queira apresentar a sua recandidatura,relembrando que é" o Presidente de todos os portugueses e que será avaliado por aquilo que foi o seu mandato".
"O PSD e o líder do PSD já o afirmaram que, e se quando o professor Cavaco Silva decidir apresentar a sua recandidatura terá o apoio claro e inequívoco do PDS",esclareceu o porta voz do PSD, Miguel Relvas.

Parlamento Europeu anuncia as reportagens Portuguesas vencedoras


O Parlamento Europeu anunciou no dia 26 de Março[passada quarta-feira] as reportagens vencedoras que se inserem no III Prémio de jornalismo.
As reportagens vencedoras pertencem a jornalista do Jornal Público,Maria Guimarães, também a jornalista Mafalda Gameira da RTP, e a Sónia Sousa da Rádio Antena Minho.
Estas reportagens vencedoras irão concorrer com as outras reportagens vencedoras dos 26 Estados-membros da União Europeia, porém a divulgação dos eleitos será apenas divulgada no mês de Setembro deste ano.

Bruxelas segue de perto a OPA à PT


Depois do Primeiro-Ministro português ter dito que o Governo admitia usar a golden share para travar a OPA (Oferta Pública de Aquisição) da Telefónica à PT, Bruxelas reitera que os direitos especiais que o Governo detém sobre a PT violam as leis europeias.
"A golden share na PT não é compatível com a legislação comunitária", refeiru Chantal Hughes, a porta-voz do comissário responsável pelo mercado interno, reforçando que já foi pedido ao Governo português que deixasse cair a posição privilegiada que possui na empresa.


[publicado pelo Jornal de Notícias]

União Europeia criticada por Amnistia Internacional

[Amnistia Internacional]

A UE é referida no relatório, ao lado dos EUA, como "força de bloqueio" e cúmplice do encobrimento dos crimes de guerra por parte de Israel.

O caso mais grave, relativamente a especificidades dos Estados-Membros, remonta a Espanha, duramente criticada pela impunidade dos crimes franquistas.

No mesmo relatório, Portugal é mencionado negativamente por não terem sido devidamente esclarecidas as alegações de tortura da PJ nos casos de Leonor Cipriano e de Virgolino Borges.

Cimeira UE-Rússia centra-se na livre circulação de pessoas

Marcada para segunda e terça-feira, a cimeira UE-Rússia vai ter como principal discussão o projecto de abolição de vistos e a livre circulação de pessoas entre o país asiático e o espaço Schengen.
O embaixador da UE em Moscovo, Fernando Valenzuela, disse à agência Lusa que, para a União Europeia, a questão dos prazos não é tão importante daí que exista um receio de precipitação. "Claro que essa questão será uma das fulcrais na cimeira", no entanto, "o processo de negociações deve ser consequente, desenvolver-se passo-a-passo e, só então, com o passar do tempo, poderá conduzir ao fim dos vistos".
Do lado russo, esta questão é fundamental para a "parceria da modernização". Moscovo quer passar rapidamente à parte prática deste projecto, que foi lançado na cimeira UE-Rússia de Novembro de 2009.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Governo alemão podera aumentar impostos

O executivo de Angela Merkel, está a ponderar aumentar certos impostos em busca de consolidação fiscal, disse hoje um jornal alemão, citando fontes anónimas do gabinete.

O défice alemão, o maior economia europeia, deve crescer para mais de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, em parte devido à reduções de impostos que o governo de Merkel introduziu no início de 2010.

"Nós não estamos a discutir a implementação de um novo imposto, como um imposto sobre riquezas, mas um peso maior sobre um pequeno grupo de contribuintes", disse uma autoridade do governo ao jornal Handelsblatt.

Elecricidade cai na UE mas sobe em Portugal


Os preços da eletricidade para as famílias caíram 1,5 por cento na União Europeia (UE), entre o segundo semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009, mas subiram 4,5 por cento em Portugal, segundo dados hoje publicados pelo Eurostat.

Os números do gabinete oficial de estatísticas da UE revelam ainda que os preços do gás caíram, tanto no conjunto da união como em Portugal, mas a queda foi muito mais acentuada na média comunitária (16 por cento), do que em Portugal (5,5 por cento).

No segundo semestre de 2009, o preço da electricidade em Portugal encontrava-se abaixo da média comunitária (15,94 euros por 100 kWh, contra 16,45 no conjunto dos 27), mas, tendo em conta o poder de compra, era mais elevado (18,61 euros, contra 16,45 na UE).

Quanto ao gás doméstico, o preço em Portugal no segundo semestre do ano passado era superior ao da média comunitária, tanto em termos absolutos (16,52 euros por gigajoule, contra 14,67 na UE), como levando em linha de conta o poder de compra (19,28 euros, contra 14,67 da média da união).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Merkel diz que a Alemanha defenderá euro forte com todas as forças

A Alemanha defenderá "com todas as forças" um euro forte, afirmou hoje a chanceler alemã, Angela Merkel, em Jeddah, no oeste da Arábia Saudita.

"Quero ser muito clara: a Alemanha, enquanto grande exportadora e primeira economia da União Europeia, beneficiou grandemente do euro no passado. É por isso que defenderemos um euro forte com todas as nossas forças", insistiu a chanceler, num discurso na câmara de comércio de Jeddah.

Reduzir as diferenças de "competitividade entre os Estados da UE e mais precisamente na Zona Euro" é para Angela Merkel o desafio principal.

A chanceler defende que isso deve ser feito "em harmonia com os mais fortes, não com os mais fracos".

A Alemanha foi criticada por diversos responsáveis políticos europeus pela forma como geriu a crise do euro.

Ontem, o presidente da Comissão Europeia acusou a Alemanha de pouco ter defendido o euro nos últimos anos e lamentou a hesitação alemã face a uma ajuda à Grécia numa entrevista ao diário Frankfurter Allgemeine Zeitung, tal como noticiou o A Europa na Lusófona.

Comissário critica proibição alemã de vendas a descoberto


O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, criticou hoje a Alemanha por ter agido sozinha na proibição das vendas a descoberto.

Olli Rehn referiu, em Bruxelas, que a União Europeia está numa encruzilhada para resolver os problemas da dívida grega e de outros países da Zona Euro.

«Ou tomamos accções conjuntas e determinadas para o ressurgimento económico e político da Europa ou enfrentamos a estagnação económica e a irrelevância política», afirmou.

Comissão Europeia quer fundos nacionais financiados pela banca

A Comissão Europeia propôs hoje a criação de 27 fundos nacionais na UE, um para cada estado membro, com uma regulamentação comum.

Este mecanismo vai permitir a “resolução de crises” e será financiado pela banca, para garantir que a falência de um banco “não seja paga pelo contribuinte nem desestabilize o sistema financeiro” disse o comissário do Mercado Interno da União Europeia (UE), Michel Barnier.

“O que a Comissão propõe é algo muito simples. Prevenir é melhor do que remediar. Não podemos aceitar que sejam os contribuintes que se encontrem na primeira linha. É uma ideia que os banqueiros deviam aprovar já que lhes estamos a propor instrumentos de alerta e vigilância que lhes ajudarão a evitar a bancarrota”, explicou o responsável pelo Mercado Interno da UE.

A Comissão apresentará as ideias aos ministros das Finanças da União Europeia, aos Chefes de Estado dos 27 e ao G20 durante o mês de Junho de 2010, em Toronto, tentando obter um “consenso alargado” quanto aos princípios e orientações gerais.

Portugal vai crescer menos que a zona euro

A OCDE prevê que Portugal cresça 1 por cento este ano e 0,8 por cento em 2011, registando um desemprego de 10,6 por cento em 2010 e 10,4 no próximo ano, o que comparativamente com a média da zona euro, é negativo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Comissário europeu apela a «reformas estruturais ambiciosas» na Europa


O comissário europeu para os Assuntos Económicos defendeu, esta terça-feira, que apesar do esforço necessário para a consolidação orçamental europeia, é preciso reformar os mercados de trabalho e liberalizar os serviços.

«Em paralelo com a consolidação fiscal, temos que avançar com medidas que aumentem o nosso potencial de crescimento», disse Olli Rehn. O responsável europeu disse, ainda, que se a União Europeia (UE) fizer «reformas estruturais ambiciosas nos próximos cinco anos» haverá «um potencial de crescimento superior a dois por cento por ano», cita o Jornal de Negócios.

Com este ritmo, diz Olli Rehn, a UE pode vir a criar mais de dez milhões de postos de trabalho e reduzir a taxa de desemprego para «cerca de três por cento no final da década». Caso contrário, avisa, a Europa pode estagnar.

Parlamento Europeu aposta na tecnologia


A aposta na tecnologia é uma realidade vivida neste momento no parlamento Europeu, mais de 730 eurodeputados vão receber o tablet da Apple, porém existem políticos que se mostram contra esta compra, uma vez que nos encontramos em crise.

O Parlamento Europeu decidiu fazer parte daqueles que dispõem do novo tablet da Apple, quando o aparelho chegar à Europa no dia 28 de Maio, os políticos vão ter um novo instrumento de trabalho mas esta evolução tecnológica irá custar cerca de 5 milhões de euros ao Parlamento Europeu.
O Parlamento Europeu irá sofrer a nível económico, uma vez que um IPad custa cerca de 590 euros e pelo facto de serem 736 deputados a receberem este aparelho, sem qualquer custo.

Presidente da UE sugere sistema comum de emissão de dívida


O presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, sugeriu que os países da zona euro deveriam criar um sistema comum para emitir dívida pública.

O diário alemão "Financial Times Deutschland" revela, citando um documento remetido na sexta-feira aos ministros das Finanças da UE, que Rompuy propõe que os Estados Membros com um orçamento sólido que poderiam refinanciar dívidas mediante "um sistema comum de emissão de dívida".

A reacção dos ministros das finanças não foi entusiasta à ideia do Presidente da UE, e tal documento dificilmente irá avançar dado a pertinência alemã em relação ao endividamento na Zona Euro.

Durão Barroso acusa Alemanha de defender pouco o euro

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso acusou os responsáveis políticos alemães de defenderem pouco a moeda única europeia.

“Nestes últimos anos não se encontraram muitas vozes importantes na política alemã que expliquem à opinião pública até que ponto é importante para a Alemanha ter o euro”, disse Durão Barroso numa entrevista ao jornal Frankfurt Allgemeine publicada hoje. “Os políticos devem também dizer que a economia alemã estaria muito mal sem o euro”.

A ideia de um plano de ajuda à Grécia foi rejeitada por muitos alemães e o governo de Angela Merkel hesitou em participar nele. “O nosso processo de decisão já durou tempo demais. Os mercados já viram demasiados sinais contraditórios”, disse o presidente da Comissão Europeia.

Barroso considerou “naïve” a proposta da Alemanha de modificar o tratado da União Europeia. Será “quase impossível à luz do Direito Constitucional” retirar os direitos de voto aos países que não respeitem as regras de orçamento fixadas por Bruxelas, tal como sugeriam os alemães.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Reino Unido anuncia cortes nas despesas

O ministro das Finanças britânico, George Osborne, e o secretário de Estado do Tesouro, David Laws, apresentaram hoje os detalhes de um primeiro pacote de redução de gastos públicos no valor de 7,2 mil milhões de euros para reduzir o défice do país.
Suspender as contratações para a função pública , eliminar os cheques bebé e reduzir a despesa em viagens e material dos vários ministérios são algumas das medidas anunciadas pelo governo do Reino-Unido para combater a "despesa inútil".
Ouça aqui a peça de Bruno Manteigas, correspondente da Antena 1 em Londres

Espanha considera positivas as recomendações do FMI

A Espanha acredita que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que recomenda medidas de contenção orçamental urgentes ao país, é positivo.

O Governo espanhol considera que o plano de redução orçamental já anunciado vai de encontro às recomendaçõesdo FMI.



Ouça aqui a peça de António Sampaio, correspondente da Antena 1 em Madrid

Alemanha prepara plano de austeridade de 10 mil milhões de euros


O Governo alemão está a preparar um forte plano de austeridade orçamental a adoptar a partir do próximo ano, para dar o exemplo à zona euro e cumprir o limite da dívida inscrito na Constituição alemã.

Os pontos mais delicados deste plano são o aumento dos impostos e a redução da despesa nos benefícios sociais. Angela Merkel quer assim conseguir reduzir o défice orçamental alemão de mais de 5% do PIB para os 3% em 2013 e depois para os 0,35% em 2016, tal como impõe a Constituição do país.

Os cortes impostos por Berlim deverão totalizar 10 mil milhões de euros por ano até 2016, de acordo com fontes do Governo, citadas pelo Financial Times.


Clique na imagem abaixo para ver a notícia na edição de hoje do Finacial Times [ sem ter que se registar no site ]

domingo, 23 de maio de 2010

Presidente da República não está surpreendido com a actual crise

O Presidente da República, Cavaco Silva, não está surpreendido com a actual crise económica que atravessa o país e afirma ser necessário conseguir-se a “estabilidade política”.

Numa fase em que o país atravessa uma das piores crises económicas de sempre, onde também é tempo de “arregaçar as mangas”, o Presidente da República não está surpreendido com a actual situação do país. Cavaco não deixou de ficar satisfeito com a rejeição da moção de censura do Governo que o PCP apresentou dia 21 e reafirmou que é importante a “estabilidade política e governabilidade" do país.

Cavaco Silva não realizou quaisquer comentários face às medidas de austeridade apresentadas pelo Governo e afirmou também que “Um país não pode aguentar durante muito tempo e gastar muito mais do que aquilo que produz. Esse é o nosso grande drama neste momento”.

George Papandreou afirma que “vão ser os cidadãos a pagar a má gestão” e pede tempo para refazer as contas

O Primeiro-Ministro da Grécia, Papandreou, culpa o anterior Executivo pelo descontrolo da gestão das contas públicas do país e pede também tempo para refazer as contas.

Em
entrevista ao “El-País” o Primeiro-Ministro da Grécia culpabiliza o anterior Governo pela má gestão da economia do país, afirmando que “havia favores políticos, grandes cortes de impostos para os ricos e evasão de impostos e corrupção também”. Conjuntamente, estes factores são os que fazem terem de ser “os cidadãos a pagar”.

George Papandreou sublinhou ainda na entrevista, que a Grécia não pediu um apoio como resgate à União Europeia e ao Fundo Monetário Europeu (FME), pois apenas “decidimos foi que precisamos de empréstimos que logo devolveremos, e devolveremos com um juro muito mais elevado que a maioria na União Europeia”.

O Primeiro-Ministro admitiu ainda que achou que a ajuda da Europa foi um pouco demorada pela “lentidão a tomar decisões, ainda que as tenha tomado da maneira mais rápida de sempre”. Por outro lado, “A União Europeia tardou em dar-se conta que o ataque dos especuladores contra a Grécia era apenas uma etapa antes do ataque a outros países e de ameaçar inclusivamente a estabilidade da zona euro" e “Espanha e Portugal não estavam assim tão mal, foram vítimas do histerismo”, explicou.

Ministro das Finanças emitiu despacho com novas taxas

O Ministro das Finanças emitiu hoje um despacho mais “clarificador” acerca da entrada de novas taxas de IRS “a partir de Junho e somente a partir de Junho”.

O Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou que emitiu um despacho “clarificador”, para “não restarem dúvidas” de que as novas taxas de IRS “só entram em vigor a partir de Junho”, segundo fontes da Lusa. O Ministro afirmou ainda que a seu ver nunca estaria em causa outro período senão o de Junho para o lançamento das taxas e por isso “elaborei um despacho clarificador dessa matéria”.

O mesmo, em declarações, afirmou que este acto pode causar estranheza mas deve-se sobretudo ao facto de que “o processamento dos vencimentos não é feito no dia em que entra em vigor, mas sim com alguma antecedência”. Teixeira dos Santos notificou ainda que “estas coisas dos actos jurídicos e normativos geram estas coisas: uma coisa é o que se interpreta na lei e outra o que está na cabeça de quem o faz”.

George Papandreou "ataque dos especuladores ameaçou estabilidade do Euro"


Em entrevista ao jornal espanhol 'El País', George Papandreou afirmou que "a Europa foi lenta na hora de tomar decisões, mas, por outro lado, a Europa tomou as decisões com mais rapidez que nunca".

Para o actual primeiro ministro grego "A União Europeia tardou em dar-se conta de que o ataque dos especuladores contra a Grécia era apenas uma etapa antes do ataque a outros países e de ameaçar inclusivamente a estabilidade da zona euro", salientando que a Grécia foi o primeiro alvo dos ataques dos especuladores e que "Espanha e Portugal não estavam assim tão mal, e foram vítimas do histerismo", acrescentou.

sábado, 22 de maio de 2010

Obama e Merkel debatem medidas de regulação financeira e crescimento económico

Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, debateram hoje ao telefone medidas de regulação financeira e de relançamento do crescimento económico, segundo fontes da Casa Branca.

A conversa, de 10 minutos, visou conciliar posições antes da próxima reunião do G20, marcada para o final de junho, em Toronto.

Durão Barroso defende estabilidade da zona do euro

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, declarou na sexta-feira dia 21 de Maio em Roma que os países da União Europeia deveriam reforçar-se economicamente, e a nível monetário, com o objectivo de garantir a estabilidade financeira da zona do Euro.

Durão Barroso defende que a Europa deve ter em consideração a crise da Grécia, de maneira a manter o crescimento económico através de uma reforma estrutural e de um mecanismo financeiro.

Herman van Rompuy elogia "medidas corajosas" do Governo português

O Presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy elogiou, esta sexta-feira, as medidas "muito corajosas" apresentadas pelos Governos de Portugal e Espanha para reduzir o défice orçamental.
Depois da primeira reunião do grupo de trabalho criado para a reforma das regras da União Monetária, Rompuy afirmou que os Governos ibéricos "tomaram medidas muito importantes" e salvaguardou a sua coragem por sacrificarem os calendários eleitorais.
O Presidente acrescentou que outros países europeus estão dispostos a tomar medidas similares, reforçando a ideia de que "o sentido de urgência é tão elevado que o calendário eleitoral não é a prioridade".

[Herman van Rumpuy]

sexta-feira, 21 de maio de 2010

UE mais exigente com os países de défices elevados

Os ministros das Finanças da União Europeia reuniram hoje em Bruxelas, e estabeleceram sanções mais exigentes para os países da UE com défices orçamentais excessivos, mas recusaram criar um mecanismo para gerir casos de irregularidade.

Depois da grave situação orçamental da Grécia que levou a um empréstimo conjunto entre os países da Zona Euro e o FMI, os ministros das Finanças da UE reúnem-se para acordarem a aplicação de sanções mais fortes para os países cuja situação financeira seja irregular.

No Pacto de Estabilidade e Crescimento estão previstas multas de 0,5% do PIB para os países com défices excessivos, ou acima dos 5%. O presidente da UE, Herman Van Rompuy, destacou que “todos estão prontos para avançar com um Pacto de Estabilidade e Crescimento forte”, e que estão a ser ponderadas sanções financeiras e não financeiras.

A legislação deverá estar pronta em Outubro deste ano mas pode implicar a alteração do Tratados Europeus.

Moção de censura apresentada pelo PCP ao Governo foi rejeitada

A moção de censura ao Governo apresentada pelos comunistas não passou no Parlamento. Os votos foram: 31 votos a favor (PCP, BE e Verdes), 92 contra (PS) e 89 abstenções (PSD e CDS-PP).

A moção de censura do PCP ao Governo foi hoje rejeitada com votos contra do PS, e as abstenções do PSD e CDS-PP. Os votos favoráveis foram dos comunistas, do Bloco de Esquerda e "Os Verdes".

Esta foi a primeira moção de censura ao Governo minoritário de José Sócrates, o que implica que continuará com o mandato por mais tempo.

É importante relembrar que para ser aprovada uma moção de censura é necessária a aprovação da maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções (116) e isso implicaria a queda do Governo.

David Cameron quer uma moeda europeia forte

[David Cameron]


Na sua primeira visita ao estrangeiro como chefe de Estado britânico, David Cameron lembrou que é do interesse nacional do seu país que "a Zona Euro seja forte, saudável e cresça", mas relembrou que Londres ficará de fora da moeda única.

Cameron revelou ainda ter algumas reservas sobre a regulamentação dos mercados financeiros.

EUA receiam contágio da crise europeia

A bolsa norte-americana tem estado em queda desde o inicio da semana, reflexo da crise económica europeia. Os investidores americanos receiam que as medidas de austeridade dos governos europeus venham abrir a porta para uma nova recessão, por isso, o Senado aprovou a maior reforma do sistema financeiro desde os anos 30.

Euro valoriza 0,63% face ao dólar

Depois de ter caído para níveis abaixo de mais de 4 anos, o euro volta a subir com a especulação em torno das decisões do encontro de hoje, entre os responsáveis da UE.

A moeda única apresentou ontem os primeiros sinais de subida depois da especulação do Banco Central Europeu (BCE) intervir no mercado, recorrendo à compra da moeda. O euro valoriza hoje 0,63 % face ao dólar, para 1,2566 dólares, impulsionado pelas decisões que vão sair da reunião com os responsáveis da União Europeia, agendada para hoje.

O Parlamento alemão aprovou esta sexta-feira um plano de resgate ao euro, no valor de 750 mil milhões de euros, que vão ser financiados pela União Europeia e pelo FMI.

O euro valoriza contra o dólar, ainda antes da reunião de hoje em Bruxelas, com o Presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, e os ministros das Finanças da Zona Euro que vão debater as reformas para a regulação dos mercados.

Audrey Childe-Freeman avançou que há “uma pequena possibilidade de ser anunciada mais uma grande decisão hoje”. No entanto, o estratega do Brown Brothers Harriman afirmou à Bloomberg que “a especulação em torno da intervenção do BCE não é suficiente, por agora, para aliviar a tensão do euro”.

Parlamento alemão aprova fundo de protecção do euro


O parlamento alemão aprovou, esta sexta-feira, por maioria, a lei sobre a contribuição do país para o fundo de protecção da moeda única, com os votos dos deputados da coligação de centro direita, chefiada por Angela Merkel.

A favor do diploma votaram os deputados das bancadas dos três partidos do governo, a União Democrata Cristã (CDU), a União Social Cristã (CSU) da Baviera, e os Liberais (FDP). 319 deputados votaram a favor, 73 votaram contra e 195 abstiveram-se, na câmara baixa. A câmara alta do Parlamento também já aprovou o documento que seguirá agora para aprovação pelo Presidente alemão. Depois de assinado pelo Presidente, torna-se uma lei.

A maior economia europeia compromete-se assim a contribuir para o fundo de protecção com um mínimo de 123 mil milhões de euros e um máximo de 148 mil milhões de euros, sob a forma de garantias bancárias.

Presidente do BCE defende que "Portugal precisa de uma consolidação fiscal"


Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), defendeu que Portugal tem de trabalhar no sentido da consolidação fiscal com carácter de urgência.

“Quanto a Portugal, os desafios para este país estão relacionados com a necessidade muito urgente de uma consolidação fiscal efectiva e convincente, de um aumento de competitividade e de impulsionar a produtividade”, escreveu Trichet, numa carta enviada a um membro do Parlamento Europeu.

Numa análise mais geral, o presidente do BCE afirmou que “os actuais desenvolvimentos mostram a necessidade de os países reverterem desequilíbrios do passado e perdas de competitividade, encarando a sustentabilidade fiscal como um objectivo urgente”.

Alemanha quer reforçar a regulação do sector bancário


A Alemanha não quer apenas estabilizar a Zona Euro, mas sim criar um imposto sobre a banca. Berlim decidiu proibir a venda a descoberto de certos produtos financeiros, decisão unilateral que azedou ainda mais as relações com os franceses.

A ideia da chanceler alemã Angela Merkel, que vai ser discutida no G20, passa por uma alteração na forma de regular os mercados financeiros impondo uma nova taxa sobre a banca. Para Berlim é importante que a Zona Euro tome uma posição sobre esta matéria de modo a consolidar a economia europeia.

A Alemanha defende que os Estados membros passem a ter mais poderes de vigilância sobre os orçamentos dos parceiros, ao mesmo tempo que a Comissão Europeia pretende reforçar os seus poderes e os do Conselho Europeu na supervisão orçamental. Outras ideias prevêem o corte de subsídios europeus a países em défice excessivo, como é o caso de Portugal e a suspensão de direitos de voto nas decisões na UE.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Comissão Europeia propõe aplicação de taxa bancária


O comissário europeu para o mercado interno, Michel Barnier, anunciou hoje que na próxima semana proporá uma taxa bancária a nível da União Europeia (UE).

"A comissão quer garantir que os institutos financeiros assumam parcialmente os custos de futuras crises, e a prevenção é melhor do que tomar medidas à posteriori", disse Barnier numa conferência sobre os mercados financeiros, em Berlim.

O comissário defendeu que quando há uma crise financeira, "o dinheiro dos contribuintes não deve ser a primeira linha de defesa".

A taxa conhecida como imposto sobre as actividades bancárias, tem sido defendida, nomeadamente, pelo governo alemão, com o argumento de fazer participar a banca nos custos da crise económica e financeira.

Sarkozy e Merkel juntos pela estabilidade do euro


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, decidiram hoje, durante uma conversa telefónica, coordenar posições para reforçar a estabilidade da Zona Euro.

Sarkozy e Merkel "puseram-se de acordo para coordenar estreitamente as posições francesas e alemãs", em particular no grupo criado para debater as reformas necessárias à estabilidade, dirigido pelo presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, revela um comunicado divulgado pela presidência francesa.

Decidiram ainda "preparar juntos" a reunião do Conselho Europeu de 17 de junho, bem como as cimeiras dos grupos dos 8 (G-8) e dos 20 (G-20), previstas para o final de Junho no Canadá.

Comissário acredita que o euro não precisa de ajuda

O comissário europeu da Concorrência, Joaquim Almunia disse hoje que não há razão para intervir no mercado cambial de forma a suportar o euro.

«É preciso dar mais atenção à correcção dos défices excessivos na União Europeia e à vigilância dos níveis de dívida pública», disse o responsável europeu, citado pelo Diário Económico, depois de uma reunião com o governo sueco.

De acordo com Almunia, a melhor taxa de câmbio para o euro deve ser decidida pelo próprio mercado.

Ministros das Finanças da EU discutem amanhã a revisão do PEC

Os ministros das Finanças da União Europeia vão reunir-se amanhã em Bruxelas para iniciar o debate sobre a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento europeu, para evitar no futuro o agravamento das crises económicas.

O Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, convocou os 27 ministros das finanças representantes de cada país da União Europeia, para uma primeira reunião sobre a "resolução de crises e melhor disciplina orçamental".

O tema em debate é delicado, pois todos os Estados-membros estão de acordo sobre a necessidade de se reforçar o Pacto de Estabilidade e Crescimento planeado para limitar os défices orçamentais mas cujo funcionamento foi posto em causa pela crise financeira e económica.

O PEC:


De acordo com actual PEC, os Estados-membros da UE não deviam ultrapassar uma situação de desequilíbrio das contas públicas superior a 3,0% do PIB.

A actual crise económica e financeira fez com que se abrisse uma excepção permitindo um aumento dos défices de forma a contrariar os efeitos da recessão provocada pela crise nos mercados financeiros.

2010 com grandes quedas bolsistas

Desde o início de 2010 o top 5 dos países com maiores quedas bolsistas são: Venezuela, Grécia, Espanha, Chipre e Portugal.

fonte: estudo da Visão