quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BCE empresta dinheiro a 800 bancos

Presidente do BCE, Mario Draghi
O Banco Central Europeu (BCE) informou hoje que emprestou mais de 500 mil milhões de euros a três anos a 800 bancos da zona euro "a condições muito favoráveis".
O montante, hoje, emprestado foi superior aos 489 mil milhões de euros entregue a 523 bancos na primeira oferta de 21 de dezembro, dinheiro que foi utilizado para os bancos europeus comprarem títulos de dívida soberana de vários países europeus.
O objectivo é fornecer a banca de liquidez que seja suficiente para conseguir superar a actual situação, que congelou praticamente todo o sistema financeiro. Com os bancos a não se conseguirem financiar, tem se verificado uma redução no crédito à economia.

Inflação abranda na Zona Euro



A taxa de inflação anual da zona euro situou-se nos 2,6 por cento, em Janeiro deste ano, menos uma décima em comparação com o registo de Dezembro de 2011, indicam dados hoje revelados pelo Eurostat.  

 

O valor registado supera em uma décima a estimativa rápida divulgada pelo gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) no começo do mês, que apontava para uma estagnação da inflação na zona euro nos 2,7 por cento.
No total dos 27 Estados-membros, a inflação em Janeiro foi de 2,9 por cento. Os valores mais baixos foram registados na Suécia (0,7 por cento), na Irlanda (1,3) e em Malta (1,5). Enquanto a Hungria (5,6 por cento), a Estónia (4,7), a Eslováquia e Polónia (ambas com 4,1) apresentaram as taxas de inflação mais altas.
A taxa anual mede a variação dos preços entre o mês actual e o mesmo mês do ano anterior e avalia áreas como a habitação, os transportes, as telecomunicações, a educação e o comércio.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Portugal passa no terceiro exame da Troika



A troika aprovou a  entrega de uma nova tranche de 14,6 mil milhões de euros para Portugal na sequência da avaliação positiva que fez da terceira avaliação positiva.
O ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, disse que o Governo vai apresentar um orçamento retificativo até final de Março e que o processo de venda do BPN estará concluído na mesma altura. A alteração orçamental tem como objectivo incluir as despesas com a transferência dos fundos de pensões da banca, o programa da Madeira e os pagamentos de dividas da saúde e a contribuição para o fundo de resgate europeu.

O ministro das Finanças acredita que o défice orçamental para o final deste ano deve, no máximo, atingir os 4,5% do Produto Interno Bruto.
O anúncio foi feito  em conferência de imprensa por Vítor Gaspar, que apresentou, os resultados da avaliação da troika ao país. O ministro das Finanças anunciou que o Governo reviu em baixa a sua previsão de crescimento para 2012 prevendo agora uma contração de 3,3%, tal como as mais recentes previsões da Comissão Europeia.




Frentes ribeirinhas em análise na Lusófona



No Workshop serão analisadas as frentes ribeirinhas de Portugal
 
A Universidade Lusófona vai organizar a terceira edição do European Workshop Waterfront Urban Design entre 18 e 31 de Março. O evento é financiado pela União Europeia (UE) em 50 mil euros e vai reunir alunos de arquitectura dos vários continentes.
“O incentivo da UE tem o objectivo de promover uma maneira diferente de ensinar”, afirma Pedro Ressano Garcia, arquitecto e professor da Universidade Lusófona, que foi encarregue da organização do projecto a convite do Reitor. Durante quinze dias serão analisadas as frentes ribeirinhas de Portugal tanto por estudantes como por especialistas da área.
 “No final do encontro será produzido um livro para publicação”, anuncia o professor, acrescentando que o mesmo foi feito nos anos anteriores. Os participantes devem pagar um montante de 500 euros pelo alojamento, material do workshop e alimentação.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Portugal com nota positiva



Hélder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública, afirmou numa conferência para alunos universitários que Portugal tem cumprido os objectivos estipulados no plano de resgate europeu, mas reconheceu a dureza dos ajustamentos na governação.

Perante uma supervisão da 'troika' em solo nacional, o governante declarou que a avaliação "tem corrido bem", referindo ainda que a análise dos resultados do programa de assistência internacional decorreu no último fim de semana, com base na aprovação da disponibilização da quarta tranche de empréstimo internacional.




Bruno Gomes

“Firewall” contra a crise europeia


G20 (Foto: Tomas Bravo/ Reuters)

Depois de mais uma reunião do G20, realizada hoje na capital do México, os ministros das finanças mostraram-se bastante preocupados com toda a crise da divida pública na Zona Euro, estando dispostos a criar uma “firewall”, ou seja, uma “barreira de protecção” contra a crise sob a imposição de o fazer através do Fundo Monetário Internacional.

O grupo das 19 maiores economias do mundo e pela União Europeia, considera fundamental o alcance da estabilidade mundial, apelando empenho à Europa para que tudo fique pronto até Março, considerando esta ajuda essencial.

Até ao momento, a criação da barreira de protecção parece ser consensual entre todos na Zona Euro.

A subida dos preços do petróleo causou alguma preocupação por parte dos ministros das finanças do G20, em consequência de todas as tensões ocorridas no Médio Oriente.


Ivo Simão

Merkel elogia acordo de concertação social


Durante a sessão parlamentar para aprovar o novo resgate á Grécia, a Chanceler alemã enalteceu o acordo de concertação social que o governo português alcançou com o patronato e a UGT.

«O governo de Coelho conseguiu chegar a acordo com os parceiros sociais sobre amplas medidas para flexibilizar o mercado de trabalho e para uma política activa de mercado de trabalho».

Merkel acredita ainda que estas medidas terão grandes probabilidades de serem implementadas: «Como o programa de reformas português, apesar da sua dureza, goza de grande apoio político e social, há grandes hipóteses de que as medidas acordadas sejam de facto implementadas»

Eduardo Sousa

Operação “Atalanta” prolongada até Dezembro de 2014


Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram prolongar por mais dois anos, até Dezembro de 2014, a operação “Atalanta” de combate aos “piratas” do Oceano Índico, em que Portugal vai continuar a participar.
Segundo os chefes de diplomacia europeus, a decisão teve como base o êxito alcançado com a missão que foi lançada em 2008, para proteger, através dos navios de guerra concedidos por Estados-membros da União Europeia, as embarcações que navegam ao largo do Corno de África, principalmente as que fornecem ajuda alimentar à Somália.
Apesar dos cortes sofridos no sector da defesa, Portugal vai manter em 2012 a sua presença no combate à pirataria , apesar de ter concluído no final do ano passado a participação na missão da Nato “Ocean Shield”, também ela de combate à pirataria na Somália, em que participou desde 2009.

Luís Silva - Grupo 2_2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

UE apoia eleições na Guiné com um milhão de euros


O presidente da Comissão Europeia,  Durão Barroso, e primeiro-ministro da Guiné,  Carlos Gomes Júnior
Um milhão de euros é o valor que a União Europeia vai disponibilizar, para apoiar as eleições presidenciais na Guiné-Bissau que decorrem no próximo dia 18 de Março.

O dinheiro será canalizado através do projecto de apoio aos ciclos eleitorais espalhados pelos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e Timor-Leste

Esta ajuda da União Europeia (UE) foi aprovada na semana passada. No âmbito das eleições presidenciais, esta é a segunda vez que a UE apoia este país africano. Os países europeus já tinham ajudado a Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné com um montante de 320 mil euros, conforme se pode ler na notícia do Correio da Manhã. Bissau também já recebeu apoio da Nigéria

A delegação da União com sede em Bissau disse, em comunicado, que “esta iniciativa mostra o compromisso que a UE tem com a Guiné- Bissau para garantir a paz, a democracia e o estado de direito”.

Estas eleições antecipadas surgem na sequência da morte do presidente Malam Bacai Sanhá.

(Notícia elaborada por Abraão Mabiala)

Sérvia prepara entrada na União Europeia

Ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca e o Presidente da Sérvia (@ presidência da UE)
Bruxelas serviu hoje de palco ao entendimento entre a Sérvia e o Kosovo, mediado pela UE. O acordo cria condições para os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 avaliarem favoravelmente a candidatura da Sérvia à União, no encontro a 28 de Fevereiro.
As negociações entre a Sérvia e o Kosovo foram impulsionadas pela UE e levaram ao entendimento quanto à representação do Kosovo, uma vez que Belgrado não reconhece a independência da sua ex-província. Foi assim estabelecido um acordo de gestão das zonas fronteiriças entre as duas regiões balcânicas.
A Sérvia está agora em condições de ver a sua candidatura aceite pelos Estados-membros na reunião de Conselho de Assuntos Gerais, de acordo com o comunicado da presidência da UE, este semestre exercida pela Dinamarca.
A candidatura da Sérvia será confirmada na próxima Cimeira Europeia, que decorre nos dias 1 e 2 de Março.
Saiba mais em EuroActiv.

Cidadãos e sindicatos espanhóis juntos contra lei laboral


Manifestação em Espanha (no Jornal de Negócios)
Em Espanha, 57 cidades estiveram envolvidas,este domingo, numa marcha de protesto contra a reforma laboral apresentada pelo governo de Mariano Rajoy. Os números da organização apontam que só em Madrid cerca de meio milhão de cidadãos juntou-se em protesto. Para as organizações sindicais é o início de um processo de mobilização contra esta reforma.
Os manifestantes concentraram-se nas ruas do país vizinho, que conta já com cerca de 5,3 milhões de desempregados, após a convocação do protesto por parte de duas centrais sindicais, a UGT e a Comisiones Obreras.

Os cidadãos lutaram contra a reforma do Código do Trabalho, aprovada pelo Governo PP de Rajoy. A nova lei laboral prevê despedimentos facilitados e mais baratos, com uma indemnização de apenas 20 dias por ano trabalho, face aos 45 dias aplicados anteriormente, como se pode ler aqui.
Os sindicatos garantem que este é apenas o início de uma forte mobilização contra a reforma laboral:"Se o Governo não retificar, o protesto vai crescer", como se pode ler no Jornal de Negócios.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Economia vai piorar na Zona Euro

Olli Rehn 




A economia da Zona Euro vai recuar cerca de 0,3 por cento em 2012 de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia. Uma perspectiva que é pior do que as previsões do Outono.A economia dos 27 vai estagnar.

Estas previsões constituem uma baixa de 0,6 pontos percentuais na UE e 0,8 pontos percentuais na zona euro comparativamente às projecções anteriores.

Em 2012, o crescimento do PIB está previsto ser negativo em nove países, estagnar num único país e ser positivo em 17. O crescimento prevê-se ser maior na Letónia, Lituânia e Polónia e menor na Grécia e Portugal.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse que "apesar de o crescimento ter estagnado, estamos a assistir a sinais de estabilização na economia europeia. O sentimento económico ainda se encontra em níveis baixos, mas o 'stress' nos mercados financeiros está a aliviar", de acordo com o que se pode ler no comunicado da Comissão Europeia.

Alunos da Lusófona desconhecem acordo de perdão da dívida grega

                                              Parlamento da Grécia  (fonte: csmonitor.com)

Os alunos da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa desconhecem o acordo de perdão parcial da dívida grega, mas conhecem a situação difícil que a Grécia enfrenta.
“Não lemos essa notícia, não estamos a par desse acordo”. Esta foi a resposta mais frequente dos alunos, quando questionados pelo “A Europa na Lusófona” sobre o perdão parcial da dívida grega.
André Ferreira, estudante de Cinema, defendeu o perdão parcial da dívida grega “desde que não prejudique Portugal”.
Andreia Neves, também estudante de Cinema, reconhece que “A Grécia é um País que enfrenta graves dificuldades e por isso o acordo faz todo o sentido”.
Pela primeira vez, um Estado-membro da União Europeia foi alvo de um perdão parcial da dívida.
Os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a um acordo, na madrugada do dia 21, sobre o segundo programa de ajuda à Grécia, no valor de 130 mil milhões de euros. Neste acordo, a Grécia vai beneficiar de um perdão de dívida de 100 mil milhões de euros por parte dos credores privados.

Alunos da Lusófona acreditam que a União Europeia vai sair da crise


A saída da crise da zona euro é possível, mas será um processo demorado que irá depender maioritariamente do comportamento da Grécia, defendem os alunos da Universidade Lusófona.
Desafiados pelo “A Europa na Lusófona”, os alunos assumiram o papel de Presidente da Comissão Europeia e sugeriram algumas medidas alternativas para a resolução da crise.
“ A solução não está toda no dinheiro, mas sim na sua aplicação”, foi o que defendeu Vânia Faleiro Silva, de Comunicação e Jornalismo. Para a aluna, o dinheiro deveria ser aplicado num “maior controlo dos custos das empresas” e num incentivo ao empreendorismo.
Outros alunos propuseram, ainda, um papel mais activo do Banco Central Europeu (BCE) na compra de dívida e no controlo orçamental dos Estados, bem como novas políticas baseadas no desenvolvimento industrial e tecnológico e não no dinheiro dos impostos.
Em relação à aplicação dos fundos europeus, os alunos consideram que estes estão a ser mal aplicados e que poderiam ser redireccionados para outras áreas. Para João Almeida, aluno de Design, deveria “cortar-se nas várias reformas” dos altos dirigentes e investir na criação de postos de trabalho.
Outras ideias expostas pelos alunos foram a implementação de um imposto sobre as grandes fortunas e a criação de uma Agência de Rating Europeia.  

Programa Erasmus tem 32 alunos da Lusófona

Vídeo da Comissão Europeia sobre o Programa Erasmus
Este ano lectivo, 32 alunos da Universidade Lusófona de Lisboa integraram o programa ERASMUS, segundo informações do gabinete de Relações Internacionais. Foram 6 os países escolhidos.
A Espanha foi eleita por 10 alunos, seguindo-se a Itália com 6 e a Alemanha com 5. Os restantes alunos foram para a Bélgica, a Lituânia e a Polónia. Dos 32 estudantes oriundos de Portugal, 11 prolongaram o seu período da sua estadia.
O valor médio das bolsas foi de 1.500 euros revela ainda o gabinete de Relações Internacionais.
O programa ERASMUS iniciou-se na Universidade Lusófona em 2007 e termina em Dezembro do próximo ano. Na União Europeia, esta iniciativa nasceu em 1987 e tem como objectivo "melhorar a qualidade do ensino superior e promover o diálogo e a compreensão entre povos e culturas através da mobilidade e cooperação académica".

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Previsão negativa sobre PIB português


Foto: Presidência Portuguesa da UE


A Comissão Europeia vai anunciar amanhã as previsões económicas intercalares para todos os países da União Europeia. Relativamente a Portugal, os economistas antecipam que as perspectivas serão ainda mais negativas do que as anteriores.

Portugal irá sofrer este ano uma diminuição de 3% no seu Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a previsão feita pela Comissão em Novembro. É esperada uma ligeira retoma em 2013, com um crescimento de 1,1%.

O Banco de Portugal previu, em Janeiro, uma quebra no PIB de 3,1%, sendo a retoma de apenas de 0,3% em 2013. As últimas previsões do Governo apontavam para uma contracção do PIB em 3% este ano.

Comissão Europeia suspende apoios à Hungria


O Primeiro-Ministro Húngaro Viktor Órban  (Foto: Reuters)

A Hungria pode perder quase 500 milhões de euros do Fundo de Coesão Europeu em 2013 por não ter corrigido o défice orçamental excessivo, de mais de 3% do PIB, que assinala desde que aderiu à União Europeia (UE) há oito anos. 

         A proposta de suspensão do fundo de coesão foi hoje entregue pela Comissão Europeia e sugere o congelamento de 29% do total de 1,7 mil milhões de euros que a Hungria deveria receber do Fundo, segundo o braço executivo da UE, em comunicado. 

        O Fundo de Coesão da União Europeia é co-financiador de investimentos dos países mais pobres da Zona Euro.

        O não cumprimento da redução do défice orçamental por parte do governo de Viktor Órban conduziu a esta decisão inédita por parte da Comissão Europeia, embora esta medida possa ser anulada caso a Hungria corrija os desequilíbrios. 

Acordo contra a pirataria a caminho do Tribunal da Justiça da União Europeia




Tribunal de Justiça da U.E.


O acordo internacional contra a pirataria (ACTA) vai ser enviado para o Tribunal de Justiça da União Europeia devido às dúvidas quanto ao respeito pelos direitos fundamentais, revelou hoje a Comissão Europeia.

Karel De Gucht, comissário europeu do Comércio, anunciou em conferência de imprensa que a “mais alta instância judicial da Europa” vai verificar “se o ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement) é, de algum modo, incompatível com os direitos e liberdades fundamentais da União Europeia”.

O comissário frisou que este acordo “não introduz qualquer alteração ao modo como se utiliza a Internet", mas é uma ferramenta para reforçar a legislação em vigor, na luta contra a contrafação de mercadorias, como downloads ilegais na internet.

Assinado a 16 de Janeiro, em Tóquio, por 22 países dos 27 que integram a União Europeia, bem como pelos Estados Unidos, Japão, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Singapura, Coreia do Norte, Marrocos,  México e Suíça, tem vindo a despertar uma onda de protestos em vários pontos do mundo.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Durão Barroso elogia acordo para a Grécia


Presidente da Comissão Europeia (Foto: Reuters)

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou esta terça-feira em Bruxelas que o acordo sobre um segundo programa de assistência à Grécia é “um passo em frente fundamental” para o país e a zona euro. E sublinhou que “as pessoas aprendem com os erros”.

José Manuel Durão Barroso, citado pela Lusa, disse que não há alternativa à reforma estrutural e consolidação orçamental na Grécia, mas reconheceu o esforço feito pelo país nos últimos anos.

O líder do executivo comunitário referiu que o acordo atingido pelo Eurogrupo impede “um processo de falência descontrolada”, acrescentando que está “consciente da carga pesada que o povo grego tem carregado e dos enormes esforços que tem feito”. Disse ainda acreditar no bom funcionamento do segundo programa de assistência.

O segundo resgate da Grécia e o perdão parcial da dívida grega foi aprovado esta madrugada pelo Eurogrupo, após uma longa reunião.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Dívida lisboeta é o triplo da factura de Porto e Gaia


Câmara de Lisboa ultrapassa dívida de Porto e Gaia (@jn.pt)


As dívidas das Câmaras de Porto e Gaia não chegam para pagar a dívida da Câmara de Lisboa
Enquanto que a norte, a factura é de 746 euros, cada lisboeta deve 1999 euros, quase o triplo do conjunto das dívidas das cidades do Porto e Gaia.

De acordo com o Jornal de Notícias, as quantias fazem parte do total do endividamento municipal de curto e médio/longo prazo, no final de 2010. O débito da capital daria, por exemplo, para pagar 50 obras de recuperação do mercado do Bolhão ou para construir duas vezes o novo hospital de Gaia, tão falado pela população há mais de vinte anos.

Estes valores deverão constar no Anuário Financeiro dos Municípios, que será apresentado num seminário sobre reforma administrativa organizada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, no próximo dia 28 em Lisboa.

Os relatórios de gestão das autarquias referentes a 2011 ainda não foram aprovados.

FMI dá nota positiva a Portugal


Representantes da Troika (@aessenciadapolvora.blogspot)

Foi positiva a nota dada ao governo português no cumprimento das medidas acordadas com a Troika aquando do memorando de entendimento. O Fundo Monetário Internacional destacou o bom desempenho de Portugal, que já conseguiu vender 3 milhões de divida.

A União Europeia e o FMI concordaram ao afirmar que Portugal, tal como a Irlanda, tem reunido todos os esforços para continuar a receber os trechos de dinheiro. A Troika realçou ainda que a situação portuguesa é melhor do que a grega, apesar de a quebra económica ser semelhante nos dois países: a economia portuguesa deverá ter este ano uma contracção de 3%.

Numa visita que se iniciou esta quarta-feira, a Portugal, os representantes do FMI referiram a importância do esforço português para cumprir as metas. O caso grego difere do português uma vez que a Grécia não reúne apoio junto dos parceiros europeus.

Os protestos em Atenas têm sido pautados pela violência das manifestações sociais, fruto do descontentamento da população face às medidas impostas pelo governo de Lucas Papademos. Em Portugal, a supressão de alguns feriados, reduções salariais e aumento dos impostos são algumas das medidas que têm levado a uma onda de protestos um pouco por todo o país.

Inúmeras críticas têm sido apontadas a Portugal, afirmando que o país está agora onde a Grécia estava há cerca de dois anos e que está a seguir o caminho de Atenas, revelou a Euronews.


Marques Mendes: “Passos Coelho não está a governar para ganhar eleições”


Marques Mendes confia nas decisões de Passos Coelho (@notícias.pt)

Na cerimónia de apresentação do livro “GENEPSD-Contributospara uma Social Democracia Portuguesa”, o ex-presidente social-democrata Luís Marques Mendes afirmou que o primeiro-ministro, Passos Coelho, “não está a governar para ganhar eleições”.

Marques Mendes na entrada para a apresentação do livro, em breves declarações aos jornalistas, considerou “correcta a linha estratégica que está a ser seguida pelo Governo”, no seu entender “num momento tão difícil como este, Portugal não pode falhar”.

O social-democrata sublinhou que o Primeiro-Ministro “vai, em todos os momentos, colocar o interesse do país à frente do interesse do partido” afirmando que “ele não está a governar para ganhar eleições”.

A comemoração contou também com a presença do Ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, na sua opinião “se o PS estivesse neste momento no Governo, a maioria das decisões eram iguais, dizer o contrário é mentira”, conclui o Diário de Notícias.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Alemanha procura novo presidente


Christian Wulff, o presidente demissionário
 O presidente alemão, Christian Wulff, demitiu-se hoje, menos de um dia depois do pedido de levantamento de imunidade por parte do Ministério Público de Hannover. A chanceler Angela Merkel procura agora um candidato que reúna o consenso dos partidos.

Ao fim de dois anos de mandato, Christian Wulff anunciou a sua demissão na sequência de suspeitas de corrupção e tráfico de influências. O caso remonta a 2007, quando o presidente demissionário governava a Baixa Saxónia, e aceitou uma estadia paga por um empresário do cinema numa ilha do Mar do Norte. Wulff refuta a acusação e alega que o pagamento das férias foi feito posteriormente em dinheiro.
Amanhã, os líderes da coligação (CDU, CSU e FDP) vão reunir-se para iniciar o processo de substituição do presidente. Merkel deverá também encontrar-se com os líderes da oposição, de acordo com informações do Der Spiegel.
Wulff é o segundo presidente alemão a demitir-se em menos de dois anos. O antecessor, Horst Koehler, deixou o cargo após ter sugerido numa entrevista que o envolvimento da Alemanha no Afeganistão era necessário para proteger os interesses económicos do país. Estas declarações provocaram críticas por parte dos deputados da oposição, e Koehler decidiu demitir-se, como se pode ler aqui.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Políticos europeus cépticos e preocupados

Maros Sefcovic vai visitar os oitos países mais afectados pelo desemprego jovem  ( Foto de time.com)
Os políticos europeus manifestaram-se cépticos e preocupados com os recentes desenvolvimentos na Grécia. A reunião decorreu ontem em Estrasburgo, juntando eurodeputados, responsáveis políticos de governos da União Europeia (UE) e comissários europeus. O principal tema da agenda foi a próxima Cimeira Europeia de 1 e 2 de Março.
O ministro dinamarquês dos Assuntos Europeus, Nicolai Wammen, manifestou-se optimista com a próxima reunião de chefes de Estado e de Governo. O semestre europeu, recentemente aprovado para melhorar a governação económica, deve acelerar as reformas estruturais e criar "competitividade, emprego e uma boa economia ", afirmou, de acordo com o que foi divulgado pelo Parlamento Europeu.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, disse que o crescimento está estagnado e, dedicando uma especial atenção ao desemprego dos jovens, salientou que a Comissão vai visitar os oito países mais afectados de modo a melhorar o uso dos fundos da UE.
Joseph Daul, líder parlamentar do PPE no Parlamento Europeu, realçou a importância da confiança, como a base dos mercados financeiros e da própria UE.
Sobre a Grécia, Maros Sefcovic assegurou que "a Comissão é o melhor aliado” desse país. E defendeu a manutenção da Grécia na zona Euro.  

Conselho Europeu avalia situação económica na Europa


O presidente do Conselho Europeu. (Foto Reuters)
A Cimeira europeia que se realiza a 1 e 2 de Março tem como principal objectivo assinar o Tratado sobre Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária.

Este tratado foi subscrito por todos os Estados Membros, com excepção do Reino Unido e da República Checa, no dia 30 de Janeiro, na Cimeira informal da União Europeia. O pacto estabelece limites constitucionais ao endividamento.
De acordo com o comunicado do Conselho, os chefes de Estado e de Governo vão analisar “a situação económica geral na Europa” e concluir “a primeira fase do Semestre Europeu”.

Mario Monti avisa que a crise está a dividir a Europa


O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, alertou que a crise na zona euro está a criar divisões perigosas. Para Monti é errado dividir os estados membros em "bons e maus".

O líder do governo italiano, citado pela EurActiv, considerou ontem, no Parlamento Europeu, que “a crise da zona euro tem dado origem a muitos ressentimentos e recriado muitos estereótipos, dividindo a Europa em países centrais e países periféricos ".
Para Mario Monti, enquanto os países do sul da Europa, denominados de periféricos, estão a ser amplamente responsabilizados pela crise da dívida no euro, a França e a Alemanha foram responsáveis pela violação das regras orçamentais. 
O primeiro-ministro afirmou que "não há bons e maus, na União Europeia", já que "todos temos de nos sentir igualmente responsáveis pelo que foi feito no passado e acima de tudo pelo futuro".
Na sua intervenção no debate sobre a crise económica, o crescimento e o emprego, Monti disse que a “Itália está a fazer sacrifícios importantes que não foram impostos pela União Europeia”, sendo estes necessários para o futuro do país.
Frequentemente interrompido com aplausos, a intervenção do ex-comissário europeu, ainda teve tempo para reiterar o apoio às ‘eurobonds’ (euro-obrigações) e referir a importância do acordo orçamental para que a Europa retome o caminho do crescimento.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

António Saraiva: Falta de crédito ameaça empresas


António Saraiva alerta para a falta de financiamento (Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens)

 O Presidente da Confederação Empresarial de Portugal considera que os problemas financeiros são os principais responsáveis pelo “aperto” das empresas e da economia.
António Saraiva defendeu que, por causa da ”escassez de financiamento”, a economia portuguesa está em risco, podendo este período tornar-se mais longo, “É quase impossível para as pequenas e médias empresas conseguirem financiamento bancário”, alertou o presidente da CEP.
O responsável dos patrões mencionou que “a recuperação sustentada da economia portuguesa está dependente das exportações e da internacionalização das empresas, e isso será possível com competitividade”. Acrescentou ainda que, com as reduções dos custos com o pessoal, as empresas nacionais estão a conquistar ganhos de produtividade.

Gregos preferem bancarrota a mais austeridade

Atenas depois da noite de revolta no domingo @
Cerca de 48% dos habitantes gregos prefere optar pela bancarrota a enfrentar mais medidas de austeridade, assim o refere uma sondagem realizada pelo jornal Paron divulgada pela Euronews.

Após vários actos de vandalismo por parte da população, o governo comunicou ao país eleições legislativas antecipadas em Abril.

“Esta é a pior situação de sempre para os empresários gregos e, como se não bastasse, temos agora o vandalismo e a destruição’’, refere o dono de uma loja de roupa citado pela Euronews.

A Grécia, para evitar a bancarrota e em troca de 130 mil milhões de euros, compromete-se a reduzir o salário mínimo, bem como o valor das pensões de reforma e o número de funcionários públicos. Estas novas medidas de austeridade foram este Domingo aprovadas no Parlamento.