domingo, 13 de junho de 2010

Portugal celebra os 25 anos de adesão à CEE


Portugal comemorou os 25 anos de adesão à CEE e as comemorações foram no Mosteiro dos Jerónimos e tiveram como pano de fundo a crise das dívidas soberanas dos países do euro e a pressão para que sejam tomadas medidas de austeridade.

Cavaco Silva reconheceu que o projecto europeu está em perigo, mas sublinhou que o caminho é a maior integração e exigiu responsabilidade e solidariedade aos Estados da UE.
Depois de avisar que não cabe a Bruxelas impor reformas a Lisboa, o Presidente da República lembrou que Portugal acompanhou sempre "o exigente ritmo de integração, revelando não só vontade política mas também capacidade reformista".
Cavaco Silva comparou os anos 90 com o contraste do País em crise nos nossos dias. "Sei bem que Portugal enfrentará sempre um apertado escrutínio, seja quanto às finanças públicas e ao desempenho da economia, seja quanto à prestação portuguesa nas instituições europeias." "Cabe-nos a responsabilidade de saber estar à altura desse desafio", acrescentou, num claro apelo ao Governo e ao País.

A resposta de Sócrates foi dada por antecipação. O primeiro-ministro avisou de que a "resposta à crise deve ser mais Europa" e avisou de que disso vai depender o apoio popular à UE.
Durão Barroso interferiu pelo mesmo tom. O presidente da Comissão Europeia disse que o "ressurgimento de egoísmos nacionais e as soluções unilaterais" não resolvem os problemas da Europa e defendeu que, neste momento, é preciso "liderança e coragem política".

De seguida, o primeiro-ministro espanhol, Rodríguez Zapatero, deu o exemplo: "Em Portugal e em Espanha revalidamos o nosso compromisso de há 25 anos para com a Europa, com a mesma ilusão que mostrámos então."

A cerimónia portuguesa foi repetida à tarde, em Espanha. Entre os dois eventos, Cavaco juntou antigos e actuais governantes num almoço, no Palácio de Belém.

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