terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Stiglitz: Europa é o principal risco para economia mundial

Joseph Stiglitz defende que a Europa é o principal risco para a economia mundial em 2013, em especial os casos da Grécia e de Espanha "esses países encontram-se numa recessão de onde não se vê maneira de saírem". O economista acredita que a manutenção das políticas de austeridade só vai piorar a situação europeia, informou o Público.

Foto: Slim Beleggen
Num artigo publicado no diário alemão Handelsblatt, o norte-americano e Prémio Nobel de Economia afirma que um pacto orçamental não é a solução para sair da crise que afecta a zona euro há vários meses. A compra ilimitada de dívida pública dos Estados pelo Banco Central Europeu é classificada como um “paliativo temporário”. Joseph Stiglitz criticou o funcionamento deste programa, que se encontra reservado apenas aos países que estejam sob um programa de ajuda financeira internacional, noticiou a RTP.

O economista reforçou a ideia que é necessário que os responsáveis políticos europeus "ponham em prática um verdadeiro pacto de crescimento para os países periféricos da zona euro", não excluindo novos problemas na Europa. Stiglitz destacou ainda que "Se o Banco Central Europeu continuar a fazer das políticas de austeridade uma condição para os seus financiamentos, isso só irá agravar o estado da doença", avançou a agência France Press.

Para 2013, o economista afirma  que a Zona Euro pode registar um novo período de turbulência.

Mariana Pinheiro e Sara Cunha

Lagarde pede adiamento dos cortes na Alemanha

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu ao Governo alemão que abrande o processo de consolidação orçamental, para compensar as consequências negativas que a austeridade dos países em crise tem tido no crescimento económico da Zona Euro. Numa entrevista ao diário Die Zeit, Lagarde afirma que o Governo alemão pode "permitir-se avançar mais devagar do que outros na consolidação", adiantou o Público.

Foto: Financial Times
Recentemente, o Governo alemão aprovou os planos para o Orçamento do Estado de 2013, nos quais se compromete a anular o défice orçamental durante os próximos três anos. “No caso da Alemanha significa não tentar alcançar tão rapidamente o "défice zero", destacou Lagarde, enaltecendo que esta é a única opção dos restantes países para conseguirem equilibrar o déficit.

A responsável do FMI reforçou que, para resolver a crise europeia, é fundamental a criação de um programa “completamente funcional” de compra de dívida soberana por parte do BCE e a consolidação da união bancária. Christine Lagarde reconheceu que a colaboração entre o FMI e a União Europeia nem sempre tem sido fácil devido à necessidade de “encontrar um consenso” entre ambas as partes, especialmente no que se relaciona com o caso da Grécia, escreveu o Negócios Online.

Lagarde avançou com a hipótese de o FMI poder envolver-se exclusivamente na supervisão dos programas de reforma nos países da Zona Euro sem colaborar financeiramente. O FMI “não tem de comprometer-se financeiramente em todos os casos”, disse. A Directora-Geral do FMI acrescentou ainda que a instituição pode “concentrar-se principalmente em ajudar no desenvolvimento e supervisão dos programas de ajustamento”.

Em 2013, Lagarde defende que a economia global vai registar um ritmo de crescimento mais acelerado, devido à retoma do dinamismo económico nos EUA e ao papel das economias emergentes, como é o caso da China. Na zona euro, as previsões do FMI indicam que o clima económico dos países em recessão deve melhorar, noticiou o Monitor Digital.

Mariana Pinheiro e Sara Cunha

Artur Baptista da Silva “não está autorizado” a falar em nome da ONU

Artur Baptista da Silva garante que é apenas “colaborador voluntário” da ONU © SIC Notícias
Artur Baptista da Silva “não é e nunca foi” funcionário das Nações Unidas nem está autorizado a falar em nome do programa para o desenvolvimento (PNUD), afirma a organização.

Num comunicado oficial, divulgado quinta-feira no sítio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, confirma que Artur Baptista da Silva “não é e nunca foi funcionário do PNUD, nem porta-voz autorizado para a organização de desenvolvimento global”.

Artur Baptista da Silva apresentou-se como consultor da ONU e coordenador do Observatório Económico e Social criado no âmbito do PNUD, perante várias associações.

Nesta qualidade deu ainda várias entrevistas a rádios, jornais e televisões, afirmando ser também autor de um estudo sobre pobreza e desigualdade.

O trabalho é, na realidade, da autoria de Martin Ravallion, ex-diretor do departamento de investigação do Banco Mundial, que disse desconhecer Artur Baptista da Silva ou como beneficiou deste plágio.

O falso especialista, que afirmava também ser professor de uma universidade norte-americana que já não existe, enviou na quinta-feira um “esclarecimento” à agência Lusa, garantindo que é apenas “colaborador voluntário” da ONU.

Paulo Ferreira

Cavaco deixa recados irónicos sobre os seus "silêncios"

O Presidente da República Cavaco Silva, fez um discurso irónico na entrega dos Prémios Gazeta de 2011, no passado dia 22 de Novembro, e pediu aos aos jornalistas presentes para não reportarem a sua presença, comprometendo-se a não o fazer na sua página de Facebook.

Cavaco aproveitou a ocasião para falar sobre a actualidade política. «Todos sabem que o silêncio do Presidente da República é de ouro, hoje a cotação do ouro foi 1.730 dólares por onça, uma onça são 31 gramas, mais 1,7% do que a cotação do ouro naquele dia de setembro em que a generalidade dos portugueses ficou a saber o significado da conjugação de três letras do alfabeto português: "tê, ésse, u" (TSU)», comentou.

Cavaco Silva deixou recados aos jornalistas na entrega dos Prémios Gazeta de 2011 (Foto: Presidência da República)
O jornalista Alexandre Soares, agraciado com o prémio revelação do Clube dos Jornalistas, apelou ao Presidente para intervir para "minimizar" os cortes nos destacamentos dos correspondentes da RTP e da Agência Lusa. O freelancer pediu a Cavaco Silva para que este não deixasse que "decisões políticas alienem milhões de pessoas do seu direito à informação".

A cerimónia ficou ainda marcada pela discussão da emigração de jovens na área do jornalismo. Alexandre Soares citou o exemplo da sua turma do curso de jornalismo de 2005, a partir da qual muitos foram obrigados a partir para o estrangeiro à procura de emprego, apesar de serem considerados "muitos bons" pelos professores.

João Paulo Teixeira e Hugo Dinis

Passos admite ensino obrigatório pago


Fonte: Público, Miguel Manso
Em entrevista dada à TVI, Passos Coelho admitiu que há espaço de manobra para mexer na área educativa, e abriu a possibilidade do pagamento de propinas no ensino obrigatório, numa altura em que o Estado tem de cortar despesas em quatro mil milhões de euros até Fevereiro de 2014.

O Primeiro-ministro afirmou que há margem constitucional para um maior financiamento por parte dos cidadãos, nomeadamente pais e encarregados de educação, no sector educativo, afirmando ainda que é preciso mexer nas pensões, nas despesas de saúde e nas despesas de educação.

Embora as declarações de Passos Coelho tenham gerado polémica o ministério da educação de ciência afirmou que o governo nunca pôs em causa a gratuidade do ensino obrigatório.

Fonte: Público, Educare

Eduardo Sousa e Ivo Santos

Gerónimo de Sousa afirma que o Governo cairá

Fotografia © Reinaldo Rodrigues
Gerónimo de Sousa afirma que o Governo cairá e considera que é mais provável que isso aconteça por "contradições" da coligação PSD/CDS do que por intervenção do Presidente, defendendo sempre a realização de eleições.

"Não sei se demora muito se demora pouco mas o que sei é que é um Governo do passado, sem saída, que já não é capaz de continuar a mentir aos portugueses. E se for um obstáculo à criação da política alternativa e da alternativa política, obviamente deve ser demitido. (...) E se for demitido, acho que nenhum democrata deve ter receio de que seja dada a palavra ao povo", disse o secretário-geral do PCP em entrevista à agência Lusa.

Continuou as suas declarações dizendo que, "Não vemos como é que um Governo de iniciativa presidencial prestaria contas e governaria em função da relação de forças na Assembleia da República. Haveria aqui uma contradição insanável. Sem fazer disso a bandeira, achamos que o Governo deve ser demitido mas como alternativa e solução democrática, para ter a confiança, é preciso dar a palavra ao povo português".

Jerónimo de Sousa diz que o actual governo "está condenado" e "não tem futuro". E, após várias promessas feitas por este Executivo, a situação económica e financeira do país não melhora nem existe perspectiva de que isso venha a acontecer.

Sobre a estratégia para as autárquicas do próximo ano, o político diz que "as boas experiências devem manter-se".


Lasefa Barreto

Portas avisa Passos sobre o Orçamento de Estado de 2014

António Cotrim/Lusa
Depois do Conselho Nacional do CDS, Paulo Portas afirma que percebe as críticas feitas pelos eleitores do partido devido ao Orçamento do Estado para 2013.

"Há muitos portugueses que depositaram confiança no CDS por causa de uma certa ideia sobre economia e uma certa ideia sobre os impostos.

Para moderar a carga fiscal e para que haja empenho na redução da despesa, que é o essencial para não haver aumento da carga fiscal. Percebo inteiramente as críticas que esses portugueses nos possam fazer olhando para o Orçamento de 2013.

A única diferença entre essas opiniões e as nossas decisões é que sobre os ombros desses portugueses não recaía a responsabilidade de abrir uma crise política" disse o líder do CDS PP.

E deixou um aviso para o PSD "Muitos conselheiros expressaram a ideia de que gostariam que as posições do CDS em matéria nomeadamente de política fiscal pudessem ter sido mais ouvidas"

"E foi muito nítida a ideia de que o Orçamento do Estado para 2014 tem de ser diferente do Orçamento para 2013, nomeadamente quanto ao equilíbrio que é preciso repor entre reduzir a despesa do Estado consigo próprio com reduzir encargos suplementares às empresas e famílias." Afirmou no final da reunião.

Lasefa Barreto

Bancos da União europeia vão ficar dependentes da supervisão do BCE

O Banco Central Europeu vai passar a supervisionar os bancos da União Europeia. A decisão foi tomada esta marugada numa reunião entre os 27 ministros das finanças da Zona Euro.

Vai demorar um ano até o Banco Central Europeu conseguir reunir os colaboradores necessários
Fonte: Flickr
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerou o acordo "excepcionalmente importante" para o futuro europeu. O objectivo é dar "o primeiro grande passo para a união bancária", segundo revelou o comissário europeu de Mercado Interno e Serviços Financeiros da União Europeia, Michel Barnier. Segundo a RTP,  pretende-se que esse passo seja dado no dia um de Março de 2014.

Para Durão Barroso, o acordo representa "um passo  em frente crucial e muito substantivo no sentido de uma união bancária"

Contudo, como noticia o jornal Expresso, o BCE não vai controlar todos os bancos da União, como era inicialmente desejado. A principal opositora foi a Alemanha, que se recusou a submeter os seus bancos regionais ao controlo do principal banco europeu.

Já o Reino Unido, a Suécia e a República Checa não se mostraram interessados em qualquer tipo de união bancária.

Ruben Gomes e Tiago Rodrigues

União Bancária chega a Europa

Acordo de União Bancária é assinado depois de 14 horas de negociações entre os ministros das Finanças dos 27 estados-membros europeus. O acordo entra em vigor a 1 de Março de 2014 e estipula que 200 bancos europeus vão ter um supervisor único.

Fonte: European Pressphoto Agency

Acordo de União Bancária é assinado depois de 14 horas de negociações entre os ministros das Finanças dos 27 estados-membros europeus. O acordo entra em vigor a 1 de Março de 2014 e estipula que 200 bancos europeus vão ter um supervisor único.

O acordo abrange os bancos que representam cerca de 3% do total das instituições de crédito, entre eles encontram-se a Caixa Geral de Depósitos ,o BCP, o BES, o BPI, o Santander Totta e o Banif.

Os bancos vão estar sobre o domínio do Banco Central Europeu (BCE), que vai assumir a supervisão europeia de forma gradual em 2013 e totalmente operacional depois de Março de 2014.

Vítor Gaspar afirmou que «O elemento-chave que acredito que devemos ter, que devemos assegurar é, em primeiro lugar, que o mecanismo único de supervisão bancária é efetivo e cobre todas as organizações bancárias na zona euro».

Leia mais em: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=611314&tm=6&layout=121&visual=49
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=606375
http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO080658.html

Naida Seixas

UE com supervisor único para bancos europeus

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) acordaram a criação de um supervisor bancário único. O plano acordado na véspera da cimeira de líderes da União Europeia, segue para discussão no Parlamento Europeu. Cerca de 200 bancos europeus ficarão directamente dependentes da supervisão do Banco Central Europeu (BCE), revelou o Negócios Online.

O resto dos cerca de 6000 bancos europeus continuarão a ser fiscalizados pelos bancos centrais nacionais, mas o BCE pode, em qualquer caso, entrar em acção ao primeiro sinal de problemas. BCP, BES, BPI, CGD, Totta e Banif são os bancos portugueses que devem fazer parte da lista dos que saem da alçada do Banco de Portugal, noticiou o Diário Económico.

O Banco Central Europeu terá o direito de, a qualquer momento, exercer uma supervisão directa sobre outras entidades, quando entender oportuno, ou quando for solicitado por um Estado-membro. O acordo refere que o BCE não vai supervisionar todos os bancos da União Europeia, como pretendiam inicialmente a Comissão Europeia e vários países, numa clara vitória para a Alemanha, que temia pelos seus bancos regionais, avançou o Diário de Notícias.

Num discurso no Parlamento Alemão, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, manifestou-se sobre o acordo defendendo que este mecanismo comum de vigilância dos bancos é de “um valor inestimável”. Os bancos de aforro alemães ficam sob controlo do supervisor nacional (BaFin), uma das condições essenciais para que a Alemanha pudesse aceitar este acordo.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso saudou este acordo e considerou-o “excepcionalmente importante” e “Um passo em frente crucial para a integração da supervisão financeira na zona euro e nos outros Estados-membros”. A proposta para o mecanismo único de supervisão foi apresentada pela Comissão Europeia em Setembro, adiantou o Público.

O futuro mecanismo único de supervisão bancária entra em vigor a 1 de Março de 2014 e é resultado de quatros meses de intensas discussões, indicou o comissário europeu responsável pelos Assuntos Financeiros, Michel Barnier. Não se sabe ao certo qual o número exacto de países de fora do euro que vão fazer parte deste novo mecanismo, mas Reino Unido, Suécia e República Checa já disseram que não estão interessados em integrá-lo.

Mariana Pinheiro e Sara Cunha

Orçamento europeu para 2013 aprovado

Parlamento Europeu
O orçamento da União Europeia para 2013 foi ontem aprovado em Estrasburgo pelo Parlamento Europeu depois de meses de negociações.

Depois de na semana passada o Parlamento e o Conselho Europeu terem chegado a acordo em relação ao orçamento rectificativo para 2012, no valor de seis mil milhões de euros, e do orçamento da UE para 2013, foi esta quarta-feira aprovado o novo orçamento, não tendo os 27 Estados-Membros chegado ainda a um acordo sobre o próximo orçamento plurianual para o período 2014-2020.

A Comissão Europeia e Conselho comprometereu-se a encontrar no início do próximo ano 3 mil milhões de euros adicionais para pagar contas de 2012 através de fundos estruturais e desenvolvimento rural, e não do orçamento do próximo ano.

O orçamento da UE para o próximo ano é de 132,8 mil milhões de euros em pagamentos e de 150,9 mil milhões de euros em autorizações, valores que ficaram abaixo do orçamento europeu para este ano.

O orçamento retificativo para 2012 foi aprovado em plenário por 514 votos a favor, 68 contra e 82 abstenções. Esta aprovação dá-se dois dias depois da União Europeia ter recebido o prémio Nobel.

Jornal Sol, Jornal Correio da Manhã

Marcelo Miranda e Sérgio Moitas

Crise gera baixo investimento dos portugueses

Com a intenção de controlar as finanças e economizar dinheiro, os portugueses estão poupando mais do que investindo. Tanto os cidadãos, quanto as empresas de Portugal estão seguindo essa tendência e esperando o melhor momento para voltar a investir.

Portugueses estão poupando mais e investindo menos
O relatório de estabilidade financeira elaborado pelo Banco de Portugal (BdP) alertou que os riscos, gerados pela crise, permanecem e que as pessoas e companhias vão continuar a investir muito pouco – ou, até mesmo, nada.  O BdP, apontou ainda que, por conta das baixas expectativas para o rendimento, ocasionado pela subida dos impostos, a melhor opção dos portugueses é poupar mais.

 Ainda é necessário pensar antes de investir
Um fato que também chama a atenção é que as empresas e famílias ainda representam risco para a estabilidade financeira do país, pois, mesmo com toda a capacidade para investir, os particulares e companhias continuam a perder rendimentos.

Isso se deve pelo motivo de que, nos próximos trimestres, as empresas deverão continuar com maiores níveis de inadimplência e, consequentemente, os bancos poderão ter mais perdas na carteira de créditos.

Fontes: Jornal Metro, Sábado Pt.

Flávia Pigozzi e Gabrieli Mello

Obs 2: O texto "Portugueses tomam mais café em casa" é referente a aula do dia 6 de dezembro, que também não teve.
         

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Governo corta na Educação

Fonte: Correio da Manhã

Portugal e Suécia são os únicos países da União Europeia que financiam a totalidade da escolaridade obrigatória, no caso dos alunos portugueses até ao 12º ano. Estes dados remetem para 2009 e são parte do último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Pedro Passos Coelho já mencionou a intensão de fazer mais cortes na educação com o objectivo de repartir os custos entre o Estados e as famílias. O primeiro-ministro diz que esta decisão apenas vai tornar o sistema educativo mais eficiente, porque os cortes possibilitam outros tipos de investimentos na educação em Portugal.

Em Espanha, Irlanda, Itália e França parte da escola já é paga pelas famílias dos alunos, uma medida que foi tomada pelos governos dos países há meses atrás.

O governo português irá alterar o financiamento da escola pública depois de rever as funções do estado que vão ser entregues à ‘troika’ em Fevereiro, onde o estado procura cortar quatro mil milhões de euros na despesa pública.

Fontes: Diário Económico, Diário de Notícias

Bruno Gomes e Luís Silva

Crise financeira tira o sono dos portugueses

A crise financeira instalada no país é apontada como principal motivo de preocupações dos portugueses, provocando noites mal dormidas a mais da metade da população. Essa é a principal conclusão do estudo “What Keeps you awake at night” – O que o mantém acordado à noite, promovido pela companhia de seguros Zurich em oito países europeus.

40% dos portugueses apontam o desemprego como principal causa da insônia

Saúde, trabalho, filhos e a atual situação política também foram motivos destacados por causar falta de sono. Segundo a pesquisa realizada com cerca de quinhentas pessoas, 47% se preocupa com os filhos, 37% com a gestão familiar, 30% a pressão no trabalho e 28% com a situação política. Mas o que mais assusta na pesquisa é que cerca de 40% dos portugueses identificaram o desemprego decorrente da atual situação como principal causa da insônia, enquanto aproximadamente 32% indicaram a pobreza.

Apenas 9% se preocupa com a felicidade
Quando questionados sobre qual o bem que gostariam de assegurar, a saúde foi colocada em primeiro lugar, sendo resposta de 85% da população, a estabilidade financeira e o emprego ficaram depois com 40% e 32% respectivamente. Já o número mais baixo entre as respostas, foi de 9% da população que identifica a felicidade como fator que gostaria de garantir.

Os resultados, obtidos através de 4.522 entrevistas em oito países (Reino Unido, Suiça, Espanha, Alemanha, Áustria, Itália, Rússia e Portugal), apresentam grandes variações que devem ser baseadas na atual crise econômica e social que cada país passa. Na Alemanha, Áustria e Suíça, por exemplo, onde a situação se encontra mais estável, as preocupações estão centradas na vida privada, como o relacionamento com a família, parceiros e vizinhos.

Para entender como funciona a pesquisa, a seguradora Zurich explica mais no vídeo a seguir.



Fontes:
Zurich Seguros, Dinheiro Vivo, IOL, Notícias ao minuto, Açoriano Oriental, Jornal Metro

Flávia Pigozzi e Gabrieli Mello

Assunção Cristas indignada com orçamento da União Europeia


Assunção Cristas
Na base deste descontentamento da Ministra da Agricultura, demonstrado ontem publicamente em Bruxelas, está a proposta de orçamento comunitário para 2014-2020 que não contempla um aumento das verbas destinadas ao desenvolvimento rural. A ministra chegou afirmou, em declarações aos jornalistas portugueses à saída do Conselho de Ministros de Agricultura e Pescas da União Europeia que, "Se não houver um aumento daquilo que foi o pacote proposto para Portugal em termos de desenvolvimento rural, Portugal considerará, como já considerou, inaceitável".

Na sua opinião, as propostas que vieram  do Conselho Europeu são um retrocesso, inadmissível, e é por isso que continuam a trabalhar e não houve fecho de negociações, salientando que, "Portugal foi um dos países que não permitiu que se fechassem as negociações". Assunção Cristas disse ainda que, durante a reunião de hoje, reiterou a "importância" que a Política Agrícola Comum (PAC) tem para Portugal e, em particular, "o pilar relativo ao desenvolvimento rural, aos fundos de investimento na agricultura".

Durante a reunião, Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, apresentou  uma nova proposta de orçamento que mantém uma redução do envelope global em cerca de 80 mil milhões de euros relativamente à proposta da Comissão Europeia, mas propõe uma redistribuição dos cortes que atenua as reduções nas áreas da coesão e agricultura, que não reuniu consenso entre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, acabando por não existir um acordo no final, o que obriga e adia uma nova discussão sobre o tema para o início de 2013.No final da cimeira, Pedro Passos Coelho, disse que a nova proposta de orçamento era uma boa "base" para um acordo e "melhor para Portugal" do que a anterior.

Tiago Amado e Mauro Carvalho

Luís de Guindos, o pior ministro de Economia da Europa segundo o 'Financial Times'

De Guindos no World Economic Forum
ADRIÁN MAS
De acordo com um ranking elaborado pelo diário econômico Financial Times, Luis de Guindos é o pior ministro de economia da União Europeia. O jornal escolheu as 19 economias mais importantes da União Europeia para analisar o trabalho de seus ministros.

Orçamento Comunitário aumenta rivalidades

O Orçamento Comunitário para 2014-2020 que está a ser discutido esta semana na sessão plenária do Parlamento Europeu em Bruxelas tem causado rivalidades entre chefes de Estado e de governo.

Fonte: Parlamento Europeu
Em causa estão as várias propostas apresentadas pelo Conselho Europeu para o valor do orçamento que passou dos 1060 mil milhões para os 985 mil milhões de euros devido a pressões de alguns países.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, sublinhou que é inaceitável aumentar a despesa na Europa enquanto as medidas de austeridade estão a ser cumpridas.

Passos Coelhos afirmou que a proposta apresentada pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, é desequilibrada e "contém elementos inaceitáveis".

O primeiro ministro afirmou em conferência que vai bloquear o quadro financeiro europeu para 2014-2020 e a oposição pediu maior firmeza do chefe de Governo nas negociações.



Naida Seixas

Crise europeia não afecta o uso da internet móvel


Mesmo com a crise econômica que atinge a Europa há cerca de cinco anos, um estudo realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) aponta que os negócios relacionados à tecnologia e comunicação continuaram crescendo nos países europeus.

A pesquisa indica que o fato ocorre por conta das empresas de telefonia e internet. Actualmente, tanto o uso de telefones celulares e, até mesmo fixo, quanto o acesso a internet se tornaram quase uma necessidade e mesmo nos momentos mais difíceis as pessoas não abrem mão de utilizar esses serviços.

Mesmo em crise, europeus não deixam de usar internet móvel
Um estudo divulgado pela Associação Europeia de Publicidade Interactiva (EIAA) revelou que, actualmente, os europeus estão se informando mais pela internet, do que por jornais e revista. Em média, as pessoas estão utilizando a internet cerca 6,4 horas por semana e destinando somente 4,8 horas e 4,1 horas para a leitura de jornais e revistas, respectivamente. A pesquisa aponta ainda que os portugueses são os que mais estão seguindo essa tendência.

Entretanto, durante o período mais rigoroso da crise, a queda de empregos na produção de bens de tecnologia da informação caiu em alguns países europeus. Na Alemanha e na Suécia, por exemplo, o sector sentiu uma queda de 10%, já no Reino Unido a baixa registrada chegou a 15%. Tais países já conseguiram se recuperar.

Com tudo, de modo geral, o crescimento registrado na década foi positivo. Entre 2000 e 2011, maiores empresas de tecnologia e comunicações mantiveram crescimento constante de 6%.

Em média, europeus gaostam 6,4 horas por semana com internt móvel

No final de 2011, na maior parte da Europa e em países como Estados Unidos e Japão, o número de conexões sem fio registrada foi o dobro das conexões fixas (667 milhões sem fio para 315 milhões fixa). Em 2020, a sueca Ericsson estima que o número de dispositivos conectados a redes sem fio chegará a 20 bilhões.

Fontes: OCDC , Folha de S. Paulo, IAB
Flávia Pigozzi e Gabrieli Mello

Vítor Gaspar é 10º no Ranking dos Ministros das Finanças da UE


Numa lista elaborada pelo jornal britânico, Financial Times, Vítor Gaspar subiu oito posições no ranking dos ministros das finanças da União Europeia. De 18º, o ministro das Finanças português surge, este ano, na 10ª posição, logo atrás de três estreantes: Steven Vanackere (Bélgica), Vittorio Grilli (Itália) e Peter Kazimir (Eslováquia), numa classificação liderada por Wolfgang Schäuble, noticiou a revista Sábado.

Vítor Gaspar,
10º no ranking do Financial Times

Na realização deste ranking, estiveram em ponderação três critérios: o político, o económico e, por fim, o critério da credibilidade. O Financial Times assume que a medição destes critérios assenta na evolução das “yields” da dívida pública, ou seja, pelo custo de financiamento do país.

Segundo o Jornal de Negócios, é no primeiro critério que Vitor Gaspar, que o Financial Times identifica como um “tecnocrata sem anterior experiência política”. No económico, fica a um lugar da última posição, ocupada pelo homólogo da Grécia, Yannis Stournaras, sendo este um reflexo da forte quebra do PIB de Portugal.

No topo do ranking do Financial Times está, este ano, Wolfgang Schäuble, o ministro das Finanças alemão, que volta a ser nomeado como o melhor entre 19 países da União Europeia. Já o tinha sido há dois anos, mas em 2011 foi superado por Anders Borg.

Os três últimos lugares da tabela são ocupados pelo grego, Yannis Stournaras, o húngaro Gyorgy Matolcsy e o espanhol Luis de Guindos. Pelo sétimo ano consecutivo, o jornal identifica os melhores ministros das Finanças da EU, anunciou o Diário Económico.

Mariana Carvalho e Mariana Pinheiro

União Europeia dividida sobre o orçamento 2014-2020

Ontem à noite realizou-se a Cimeira da União Europeia, em Bruxelas, com o objectivo de fazer um acordo sobre o orçamento comunitário para 2014-2020. Este orçamento tem sido difícil de aprovar, devido às diferenças que existem entre os Estados-membros.

  A família europeia continua dividida quanto
ao orçamento da União para 2014-2020.
De acordo com a EuroNews, Angela Merkel afirmou que vai trabalhar de forma "construtiva" para garantir um acordo e admitiu que a despesa não deve ser muito elevada em tempos de consolidação fiscal. Merkel admite que neste momento deverá ser impossível chegar a um acordo, e que este só deve ser realizado numa futura cimeira.

A França encontra-se mais satisfeita com a nova proposta apresentada pelo Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que defende a redução dos cortes nas áreas da coesão e da agricultura, sacrificando desta forma os fundos existentes para a competitividade, crescimento e emprego.

Foto de: EuroNews, pt.euronews.com
Daniela Fernandes

Passos Coelho em Bruxelas

Pedro Passos Coelho foi recebido, em Bruxelas, pelos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia para discutir a posição de Portugal sobre a proposta de orçamento comunitário para 2014-2020.

"A proposta formulada pela presidência do Conselho é, a todos os títulos, inaceitável para Portugal", e "bloquearia uma decisão do Conselho que tivesse essa proposta como resultado final", disse o primeiro-ministro que considera inaceitável a última proposta de Van Rompuy.

Esta proposta prevê cortes de cerca 80 mil milhões de euros, comparativamente à proposta inicial da Comissão Europeia para o envelope financeiro global, e reduções na ordem dos 17 por cento nos fundos comunitários.

Depois do encontro com os presidentes do Conselho e da Comissão, Passos Coelho terá encontros com outros líderes europeus, nomeadamente, com os primeiros-ministros da Polónia, República Checa, Itália, e Espanha.

E com o presidente francês, François Hollande, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Lasefa Barreto