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segunda-feira, 26 de março de 2012

Moody’s sugere aos governos europeus a criação de uma nova agência de rating


Ray McDaniel (Fonte: economico.sapo.pt) 

O presidente executivo da Moody's, Ray McDaniel, propôs aos governos europeus, que têm criticado as agências de “rating” devido aos cortes na classificação da dívida soberana, a criação de uma empresa concorrente.

No documento “A solução para o debate em torno das agências de rating”, publicado no site da Moody's, Ray McDaniel disse que “as instituições públicas que têm o conhecimento e a credibilidade entre os mercados devem classificar as dívidas soberanas”.
Para o CEO da Moody's, uma empresa pública que avalie e classifique o rating das dívidas poderá ser uma alternativa para os Estados europeus que, recentemente, criticaram a Moody's, a Standard & Poor's e a Fitch de obrigarem os países a aplicar mais medidas de austeridade.
Nas palavras de McDaniel, “os governos podem neutralizar as opiniões do sector privado sobre o rating através da criação de uma empresa pública com voz nesta matéria”. Sugeriu ainda, citado pelo “The Telegraph”, que esta nova agência, “para ser credível”, terá de ser “independente dos governos”.
As declarações de Ray McDaniel culminaram com as do principal regulador europeu dos mercados de capitais (ESMA), que pediu mais transparência às três agências de rating.

O debate sobre as agências de rating também esteve presento no Parlamento português, no início de Março.

Sessão Plenária - Discussão sobre as agências de rating - 12/03/12

sábado, 24 de março de 2012

Apesar de elogiada, execução orçamental portuguesa abaixo do esperado


Moritz Kraemer, da S&P, considera que uma reestruturação portuguesa "não é inevitável"


A receita do Estado caiu 4,3% nos dois primeiros meses deste ano, enquanto que a despesa cresceu 3,5%, face ao período homólogo de 2011, segundo dados divulgados na passada terça-feira pelo Ministério das Finanças.

Com a quebra nas receitas fiscais de 5,3%, para a qual contribuiu uma diminuição de 1,1% nas receitas do IVA, cerca de 30 milhões de euros abaixo dos objectivos do Orçamento do Estado para 2012, e de 9% nas receitas de IRS e IRC, entraram menos 315 milhões de euros em impostos nos cofres do estado.

Já do lado da despesa, apesar de uma diminuição de 0,3% na despesa primária, fruto de uma “redução significativa de pessoal nos estabelecimentos de ensino não superior”, a evolução negativa é explicada pela “transferência de cerca de 348 milhões de euros para a RTP destinados à regularização de dívidas desta entidade”.

A Comissão Europeia apelidou o ajustamento orçamental de 2011 de “notável” no relatório sobre a terceira avaliação da troika ao programa de ajuda financeira a Portugal. Apesar de reconhecer que a economia nacional “continuará a enfrentar dificuldades” e que “subsistem desafios”, o comunicado a que a Bloomberg teve acesso sublinha que o programa “está no bom caminho”.

Também o Banco Central Europeu (BCE), pela voz do membro de Conselho Ewald Nowotny, fez questão de ressalvar que Portugal “está em muito melhor estado” que a Grécia, destacando o seu “melhor rácio de endividamento” e a “evolução do seu comércio externo”.

Elogios que se estendem à agência de notação financeira Standard & Poor’s, com o líder das notações soberanas europeias da companhia, Moritz Kraemer, a considerar que uma eventual reestruturação da dívida “não é inevitável” e que o país tem “razões para estar optimista”.