sábado, 30 de abril de 2011

"Verdadeiros Finlandeses" voltam atrás na sua palavra

Timo Soini
O líder do partido Verdadeiros Finlandeses, Timo Soini, mudou de opinião e admitiu que apoiar o pedido de ajuda externa a Portugal pode ser do interesse do país.
Quando questionado sobre se via o pedido de resgate de Portugal como uma melhor opção para a Finlândia, Timo Soini disse numa entrevista dada ao canal televisivo YLE: "Isso também é possível. Mas o importante é manter a autonomia do povo finlandês".
Anti-europeísta, o partido Verdadeiros Finlandeses, que é agora a terceira maior força política, criticou fortemente, durante a sua campnha, a ajuda aos países mais endividados, como é o caso de Portugal.
Na quarta-feira, deverá ser tomada a posição finlandesa sobre o programa de assistência financeira a Portugal, como assegurou ontem o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen.
Ao contrário dos restantes países da União Europeia, onde a decisão cabe ao governo, a Finlândia é o único membro da zona euro onde a concessão deste empréstimo depende de uma autorização prévia do Parlamento.

Eurodeputados aprovam sanções "mais pesadas" para défices excessivos





O Parlamento Europeu aprovou um pacote legislativo de medidas sancionatórias mais pesadas para os países com défices excessivos. O objectivo da Comissão Parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários é acabar com as causas da actual crise, provocadas pelos desequilíbrios da economia europeia e a propensão dos governos para financiarem as despesas aumentando a dívida.



As medidas sancionatórias estabelecem que os países que prestarem falsas declarações sobre as contas nacionais deverão ser sujeitos a uma coima correspondente a 0,5% do seu PIB. Por outro lado, as sanções a aplicar quando não for dada resposta aos desequilíbrios macroeconómicos, correspondentes a 0,1% do PIB, deverão ser introduzidas após o primeiro incumprimento da recomendação. Em caso de incumprimento persistente, a coima será aumentada para 0,3% do PIB.



Os eurodeputados defendem que a Comissão Europeia deve reforçar a fiscalização e as medidas a adoptar em caso de défice excessivo, para que os Estados-Membros tenham menos espaço de manobra nesta matéria.



Apesar das sanções, a comissão ECON defende igualmente que a Comissão Europeia eve permitir que os Estados-Membros continuem a fazer investimentos que sejam benéficos a longo prazo.


Fonte: Parlamento Europeu

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fundo de resgate para Portugal em risco


Foto: Diário económico online

Numa entrevista à televisão estatal finlandesa, o comissário europeu para os assuntos económicos e financeiros, Olli Rehn, afirmou que caso a Finlândia rejeite a aprovação do fundo de resgate europeu a Portugal, não haverá ajuda externa para Portugal.

Para Olli Renh é fundamental uma decisão unânime de todos os países europeus para activar o fundo de resgate para Portugal, e para isso é necessário que a Finlândia não se oponha à ajuda a Portugal.

A aprovação do programa na Finlândia depende do entendimento existente entre os três partidos mais votados nas recentes eleições de Abril, pois o terceiro partido mais votado, Verdadeiros Finlandeses, rejeita absolutamente qualquer tipo de plano de resgate para a zona euro.


Fontes: Diário de Noticias
Público online

domingo, 24 de abril de 2011

Défice de 2010 revisto em alta para 9,1% do PIB

Foto: Jornal de Notícias




As negociações que decorrem com a “troika” levaram o INE a rever, este sábado, em alta o défice de 2010 para 9,1 por cento, resultado do impacto de três contratos de Parcerias Público Privadas.

O défice de 2010, que foi revisto em alta para 8,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em Março, passou a ser de 9,1 por cento, por causa de três contratos de Parcerias Público Privadas (PPP), duas delas envolvendo as antigas SCUTs.

O INE escreveu ao Eurostat a dizer que a revisão dos números agrava as necessidades de financiamento e da dívida da administração pública, respectivamente em 0,5 e em 0,6 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB), diz o INE.

O valor divulgado está muito longe daquilo que o governo português planeou para este ano, de 7,3%.

O nível da dívida pública portuguesa de 2010 também sofreu alterações, já que subiu de 92,4 para 93 % do PIB, isto fez com que a dívida pública passasse de 159.469 milhões de euros para 160.470 milhões de euros.


Fonte: Diário Económico

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Erro no software custa 720 mil euros a Portugal

A Comissão Europeia quer que Portugal devolva 720 mil euros concedidos pelos fundos agrícolas comuns por causa de um erro no software programa  do prémio por vaca em aleitamento..

A Comissão Europeia anunciou que diversos Estados-membros têm de entregar 530 milhões de euros por uso inadequado de fundos da política agrícola comum.

Grecia, Roménia, Espanha, Reino Unido e Holanda, são os estados que terão de devolver mais dinheiro no âmbito das correcções financeiras da instituição que gere o programa do prémio por vaca em aleitamento.
Este controlo realiza-se anualmente pela Comissão Europeia, com vista a recuperar fundos usados de maneira inadequada.

Ler aquí mais sobre esta notícia

terça-feira, 12 de abril de 2011

Portugal vai ser o único país do mundo em recessão em 2012


As previsões do FMI (fundo monetário internacional ) pintam um cenário negro para Portugal no próximo ano, onde o desemprego e a crise económica vão aumentar.

A contrariar a tendência da maioria dos países do mundo, Portugal vai recuar 1,5% em 2011 e 0,5% em 2012, já na Europa as economias deverão crescer em Média 2%.

Portugal fica assim isolado das economias do mundo inteiro, atrás da Grécia que vai fechar 2011 com uma contracção de 3%, ainda que deverá concluir 2012 com um crescimento de mais de 1,1%, segundo as previsões da primavera do FMI.

domingo, 10 de abril de 2011

Berlusconi pede ajuda para lidar com "tsunami humano"

O primeiro-ministro de Itália Silvio Berlusconi visitou hoje a ilha de Lampedusa, onde vários refugiados provenientes de África têm desembarcado aos milhares. O “tsumani humano”, assim classificado por Berlusconi, tem colocado uma enorme pressão sobre os habitantes locais e já levou à intervenção da ONU.

As múltiplas crises políticas em regiões africanas têm levado a que muitos dos fugitivos procurem refúgio na ilha italiana de Lampedusa, que se encontra a menos de 100 quilómetros do Norte de África. Milhares de líbios encontram-se agora na ilha, os últimos números apontam para 26 mil, e não há sinais de abrandamento quanto aos que ainda estão para chegar.

A promessa de Sílvio Berlusconi em “esvaziar Lampedusa” dos imigrantes e refugiados tem esbarrado num número com uma crescente exponencial de embarcações com ainda mais pessoas à procura de refúgio da instabilidade política que se vive no seu país de origem. Isto levou a que o primeiro-ministro tenha apelado à União Europeia que se faça mais para lidar com o problema dos refugiados e imigrantes ilegais que atravessam fronteiras europeias.

Isto é mais um problema para Berlusconi, que já está no foco da imprensa internacional pelos seus problemas judiciais; ele que está sob julgamento dos tribunais italianos, já que foi acusado de solicitar sexo a uma menor de idade.

Fonte: Euronews, Público

Clique para ver a reportagem da Euronews.

Islândia rejeita pagar dívida


A população da Islândia rejeitou hoje, em referendo e de acordo com relatos preliminares, a proposta do seu governo para pagar a dívida islandesa ao Reino Unido e à Holanda . Os votos ainda estão a ser contados mas a primeira ministra islandesa já admitiu a vitória do “não”.

“A votação dividiu o país em dois. Foi escolhida a pior opção” declarou a primeira ministra que ficou “chocada” com os resultados preliminares que davam uma vitória de 58% à opção de rejeitar o pagamento da dívida avaliada em quatro mil milhões de euros. Este é o segundo referendo no qual se discute esta opção, com o “não” a vencer em 2010. A dívida surgiu após o colapso do banco islandês IceSave, que tinha vários investidores ingleses e holandeses; os quais ficaram seriamente lesados com o colapso financeiro islandês em 2008, já que não foram capazes de recuperar qualquer do dinheiro investido. A principal razão para o desagrado popular poderá estar ligada ao facto de a proposta para o pagamento inclua um uso considerável do dinheiro dos contribuintes para liquidar a dívida.

Esta questão ainda não estará completamente resolvida e, se se confirmar a recusa do pagamento, poderá vir a ser resolvida nos tribunais internacionais. Adicionalmente, fala-se que esta eventual decisão poderá prejudicar a entrada da Islândia na União Europeia, que ficaria sem a aprovação do Reino Unido e da Holanda.

Fonte: Público, Diário de Notícias, European Voice

sábado, 9 de abril de 2011

Cavaco Silva em Budapeste


Cavaco Silva comentou a actual situação política de Portugal à margem dum encontro entre chefes de estado não-executivos da União Europeia, apelando a um consenso entre os partidos políticos portugueses face à actual crise financeira.


O encontro em Budapeste que recebeu, durante o dia de ontem e de hoje, 9 Presidentes da República, entre os quais Cavaco Silva, teve como tema de destaque a crise económica que afecta a União Europeia. À saída de uma das reuniões marcadas e abordado pelos jornalistas o Presidente reagiu ao pedido de ajuda feito por José Sócrates esta quarta-feira dizendo que “Portugal chegou a uma situação em que era inevitável o recurso à ajuda externa” . Cavaco Silva também fez notar que não pode negociar com as forças políticas: “o chefe de Estado “ não tem meios para realizar negociações”, pois não dispõe de ministérios, nem de grupos de apoio técnico, nem tal é permitido pela Constituição”.


O Chefe de Estado português, apelando à responsabilidade de todos os partidos, reiterou a ideia que o próximo governo deverá ser apoiado com uma maioria absoluta na Assembleia; citando o próprio: “Todos os partidos já reconheceram que o próximo Governo deve ser um governo com apoio maioritário da Assembleia da República, talvez esta seja uma das notícias mais importantes que nós podemos dar neste momento aos nossos parceiros europeus e aos mercados”.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

FMI já recebeu pedido de ajuda de Portugal

O Fundo Monetário Internacional (FMI), pela voz do seu director-geral, confirmou que já recebeu o pedido de assistência financeira de Portugal. Dominique Strauss-Kahn mostrou-se pronto para a discussão de um programa económico, “ apoiado pelos principais partidos”.

O economista-chefe do FMI afirmou, em declaração divulgada no site da organização, que: “o FMI recebeu uma solicitação de assistência financeira das autoridades portuguesas e estamos prontos para nos juntarmos ao esforço, juntamente com os nossos parceiros europeus, para ajudar a restaurar o crescimento e a estabilidade financeira em Portugal”.

Strauss-Kahn acrescentou ainda que: “estamos preparados para responder de forma expedita ao pedido e ter rapidamente discussões com o Governo português, juntamente com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, sobre um programa económico, apoiado pelos principais partidos políticos, que dê o fundamento para a assistência financeira do Fundo”.

Entretanto, na sequência do apelo feito pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, para que o executivo demissionário negociasse com a oposição o programa de assistência financeira, o ministro socialista Alberto Martins defendeu que os restantes partidos têm de assumir as suas responsabilidades no processo de pedido de ajuda externa. Questionado pelos jornalistas, à entrada para o XVII congresso nacional do PS, o ministro da Justiça afirmou que "o PS e o Governo assumirão, como o primeiro-ministro já disse, as suas responsabilidades", querendo que "os outros assumam as suas".

Fonte: Diário de Notícias, ionline, Público

Eurodeputados não abdicam de viagens em executiva

Miguel Portas quis que os eurodeputados deixassem de viajar em classe executiva

A proposta do eurodeputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, para acabar com as viagens em primeira classe nos voos com duração inferior a quatro horas. foi rejeitada pelo Parlamento Europeu por 402 votos contra, 216 a favor e 56 abstenções.

A favor do fim de voar em classe executiva estiveram todos os eurodeputados do Bloco de Esquerda - Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares -, os dois da CDU - Ilda Figueiredo e João Ferreira - e quatro socialistas - Luís Paulo Alves, Elisa Ferreira, Ana Gomes e Vital Moreira. Contra o fim da regalia votaram todos os eurodeputados do PSD, José Manuel Fernandes, Paulo Rangel, Regina Bastos, Carlos Coelho, Mário David, Maria do Céu Patrão Neves e Nuno Teixeira.

Também Capoulas Santos e Correia de Campos, do PS, votaram contra o fim das viagens em primeira classe, cujo objectivo era reduzir custos.A social democrata Maria da Graça Carvalho e os dois eurodeputados do CDS-PP, Nuno Melo e Diogo Feyo, faltaram à votação, enquanto a socialista Edite Estrela absteve-se.

Lajos Bokros, um deputado conservador da Comissão de Orçamento, ironizou sobre aquilo a que assistiu na sessão plenária: "À luz da situação dificil em que Portugal está, é estranho ver um português, supostamente conservador, lutar por mais dinheiro e um português de esquerda a lutar por prudência orçamental."

Horas antes do voto na sessão plenária, Miguel Portas fez um apelo a todos os eurodeputados: "Desculpem lá, mas não é normal que deputados que viajaram sempre em económica tenham passado a fazê-lo em executiva mal os voos começaram a ser reembolsados ao bilhete e não ao quilómetro."

E acrescentou: "Eu não compreendo como é que pode haver aqui deputados que não hesitam em defender, nos seus países, políticas de austeridade e de redução do salário e da pensão, mas que quando chega ao momento de decidir sobre o seu próprio dinheiro, aí a austeridade fica à porta de casa. Isto não é sério, meus amigos. Isto é indecente e muito triste."

Fonte: Agência Financeira

Olli Rehn diz que Portugal deverá precisar de 80 mil milhões

Olli Rehn diz que o processo de apoio a Portugal terminará em meados de Maio
O programa de ajuda à Portugal atingirá provalmente os 80 mil milhões de euros, disse, em confêrencia de imprensa, o comissário europeu dos assuntos económicos, no final da reunião dos ministros das Finanças da zona euro.

Olli Rhen avançou, ainda, que os trabalhos para a aprovação da assistência financeira a Portugal terminarão em meados de Maio.

Em breve vai chegar, a Lisboa, uma equipa de elementos da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, para avaliarem com as autoridades governamentais as necessidades financeiras de Portugal.

O Governo Portugues dirigiu um pedido de assistência financeira à Comissão Europeia na passado dia 6 de Abril.
Fonte: DN

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pacote de ajuda pode chegar aos €90 mil milhões

Portugal pode precisar de um pacote de ajuda financeira perto dos 90 mil milhões de euros, avançou hoje o Diário Económico. É este o valor que tanto o Ministério das Finanças como o Banco de Portugal consideram ser necessário para aliviar a crise financeira em que Portugal se encontra e que se situa acima dos 85 mil milhões entregues à Irlanda, tornando-se assim no pacote de ajuda mais elevado na recente crise europeia.

O pedido oficial de ajuda externa por parte de José Sócrates esta quarta-feira, altamente antecipado pela comunidade internacional, já lançou várias reacções em relação aos detalhes no que diz respeito ao pacote de ajuda que Portugal irá receber. Os €90 mil milhões apurados pelo Diário Económico representam mais de metade do PIB nacional e serão repartidos em várias tranches. Em Inglaterra, o The Guardian referencia o valor avançado pelo Diário Económico, 20% acima das previsões iniciais, dizendo que os maiores responsáveis pelo valor elevado são a dívida do Estado e a quebra financeira das empresas públicas. Já a agência financeira Fitch equaciona um valor rondando os 60 mil milhões de euros com Douglas Renwick, director da agência, afirmando que o pacote de ajuda «irá ajudar a moderar os riscos macroeconómicos e para a estabilidade financeira no curto prazo».

O número elevado de estimativas deve-se às várias condicionantes em relação à situação portuguesa, com os resultados das futuras eleições legislativas, a realizar em 5 de Junho, a reterem um enorme impacto no futuro do país. As negociações entre a Comissão Europeia e Portugal iniciam-se hoje, onde também serão discutidas novas medidas de austeridade para assegurar o futuro financeiro português.

Fontes: Diário Económico, Público, The Guardian, Diário de Notícias.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sócrates confirma pedido de ajuda externa à Comissão Europeia


Em conferência de imprensa realizada hoje, José Sócrates confirmou o pedido de assistência financeira à cede da Comissão Europeia em Bruxelas. O Primeiro-Ministro assume já ter dado conhecimento ao Presidente da República e garante que tudo vai fazer para que o “ pedido de ajuda tenha os menores custos possíveis para Portugal e para os portugueses".

Depois de na semana passada Teixeira dos Santos “ter aberto a porta” a um possível pedido de ajuda financeira e após os líderes dos maiores bancos nacionais decidirem não comprar mais divida portuguesa, o Ministro das Finanças confirmou hoje numa entrevista dada ao Jornal de Negócios que “perante esta difícil situação, que podia ter sido evitada, entendo que é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política”.

Naquele que pode vir a ser um dos dias mais importantes do ano, José Socrates deu hoje uma conferência de imprensa com início às 20h38m na qual confirmou o pedido de ajuda assumindo que “ a minha obrigação e a minha responsabilidade é pôr acima de tudo o interesse nacional; por isso, o Governo decidiu hoje dirigir à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira, por forma a garantir condições de financiamento a Portugal, ao nosso sistema financeiro e à nossa economia, em termos que tenham em conta a situação política nacional e as limitações constitucionais do Governo, como Governo de gestão. Informei desta decisão o Senhor Presidente da República, a quem solicitei que realizasse as diligências que entendesse necessárias junto dos partidos políticos. Este é o momento para todos assumirmos as nossas responsabilidades perante o País.”

Ao longo deste último ano lutei todos os dias para que isto não acontecesse.” O primeiro-ministro ainda criticou a oposição: “A verdade é que tínhamos uma solução e ela foi deitada fora. Como na altura alertei, a rejeição do PEC IV e a abertura de uma crise política vieram fragilizar Portugal e diminuir a capacidade do Governo para responder às dificuldades”.


Fontes : RTP , Público, TSF, Ionline

Afinal Portugal vai pedir ajuda externa

(Foto: Reuters)




O Primeiro-ministro, José Sócrates anunciou esta noite numa declaração ao país que "O Governo fez hoje à Comissão Europeia um pedido de ajuda financeira".


O Primeiro-ministro afirmou que o pedido de ajuda internacional foi mesmo o último recurso: "Julgo que chegámos ao momento em que não tomar essa decisão acarretaria riscos que o país não pode correr" e voltou a culpar a oposição por ter chumbado o PEC, levando à situação em que o país se encontra.



José Sócrates disse que informou o Presidente da República sobre a decisão tomada, tendo em conta "as limitações constitucionais do Governo, como Governo de gestão".



Sócrates disse ainda que espera que "a negociação deste pedido de ajuda tenha os menores custos possiveis para Portugal e os portugueses".


Fontes: DN; Público

Governo nega pedido de ajuda externa

(Foto: Eric Vidal/Reuters)



O gabinete do Primeiro-Ministro desmentiu a notícia avançada pelo Financial Times, que afirmava que Portugal estava a negociar um pedido de ajuda com a União Europeia. Também Bruxelas já negou esse mesmo pedido anunciado pelo jornal britânico.

Fonte do gabinete de José Sócrates afirmou que "A notícia é falsa. Não passam de rumores sem fundamento." Também a Comissão Europeia negou contactos com Portugal para intervir financeiramente. O porta-voz para os Assuntos Económicos e Monetários, Amadeu Altafaj, afirmou: "É claro que a Comissão está disposta a analisar qualquer pedido de qualquer Estado-membro, mas até este momento não recebemos nenhum pedido, de nenhum país, incluindo aquele que referiu.".


No entanto, o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou que a União Europeia está preparada para responder a um possível pedido de ajuda de Portugal.



Fontes: DN; Público

terça-feira, 5 de abril de 2011

Fitch corta o rating a seis bancos portugueses

A agência de notação financeira Fitch diminuiu os ratings a seis bancos portugueses como consequência do corte da nota que Portugal obteve na passada sexta-feira.

As notas atribuídas pela agência ao Banif, Montepio Geral e Finibanco foram colocadas num nível considerado junk (lixo) ao sofrerem um corte para BB, ou seja, já fora da escala de investimento. Por sua vez, os ratings do BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos desceram para BBB-, último nível antes de ser considerado junk.

A Fitch explica que a revisão em baixa das notações dos bancos mostra que a pressão sobre a banca nacional vai manter-se, ou mesmo aumentar no curto prazo, devido às crescentes dificuldades de acesso aos mercados de financiamento depois da diminuição da nota dada à República.

Fonte: Público ; Diário de Notícias

Uma visão da Europa

Moody's desce rating de Portugal

Foto: abola.pt
A agência Moody’s, que avalia o risco de crédito, desceu hoje a nota portuguesa de dívida soberana a longo prazo. A redução de um nível, de A3 para Baa1, é justificada pela agência com a crise política,orçamental e económica do país.«o custo actual do financiamento está a aproximar-se de um nível insustentável, mesmo no curto prazo», revela a Moody's em comunicado, citado pela Reuters.

Este corte no rating não deverá ser único, uma vez que a agência de notação colocou Portugal sob vigilância negativa. Agora, será a capacidade de Lisboa assegurar o financiamento a médio prazo que definirá ou não uma nova redução da nota portuguesa. Segundo a Moody's, o novo Governo que sair das eleições de dia 5 de Junho vai pedir dinheiro ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) com carácter de urgência.

A agência acrescentou que a alteração ou manutenção do rating do país no nível Baa1 será “criticamente influenciada” pela capacidade do país garantir fontes sustentáveis de financiamento a médio prazo e pela capacidade das instituições políticas “para manterem o rumo de consolidação fiscal e reformas estruturais”.

Fonte: Público, Tvi24

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FMI pressiona Grécia para reestruturar a dívida

O Fundo Monetário Internacional (FMI) não acredita que as actuais medidas de austeridade, aplicadas pela Grécia, sejam suficientes para acalmar os mercado, revela o Der Spiegel,. O jornal, não identificando fontes, noticiou que a hipótese de uma reestruturação da dívida grega foi discutida entre representantes do FMI e dos governos europeus.
O FMI negou, entretanto, à agência Reuters que qualquer pressão esteja a ser feita sobre a Grécia. “Como temos dito, constantemente, o FMI apoia a posição do Governo grego em não reestruturar a dívida assim como a sua determinação em cumprir as obrigações a que se comprometeu”, informou um porta-voz do FMI à agência noticiosa.
O ministro das Finanças grego George Papaconstantinou também informou a Reuters que uma reestruturação não está a ser ponderada. Considera que "os custos de uma reestruturação ultrapassariam em muito os benefícios que ela traria."
Segundo o Der Spiegel, o FMI mostra-se relutante em tornar esta posição pública, por recear que aumente a pressão dos mercados sobre Portugal.

Os três acontecimentos da semana

Os três pontos altos da semana foram:
1.- Cavaco Silva ter marcado as eleições legislativas para 5 de Junho.
2. - Fitch ter reduzido o rating português em três pontos.
3. - O Défice Orçamental Português ter um novo valor.

Entre outros acontecimentos estão o preço da gasolina ter atingido o seu nível máximo e a dívida estar cada vez mais elevada levando famílias a "apertar o cinto", em que tudo se complica de dia para dia. Cada vez a crise está mais adensada.



domingo, 3 de abril de 2011

União Europeia quer banir combustíveis fósseis até 2050

Imagem: Economia Política Blogspot


A União Europeia pretende banir os automóveis movidos a combustíveis fósseis, como a gasolina e o gasóleo, das cidades da Europa até 2050. O fim dos automóveis a combustíveis fósseis é uma meta delineada no Livro Branco dos Transportes, exposto ontem pela Comissão Europeia em Bruxelas. Estas medidas visam reduzir as emissões de CO2 nos transportes em 60%, com o intuito de a Europa diminuir a dependência na importação de combustíveis fósseis


Fonte: Jornal do Algarve/Expresso




Mário Soares afirma que Angela Merkel é quem manda na Europa













Foto: Público/ Claúdia Andrade


Mário Soares diz que a Alemanha é “dona da Europa” e que chanceler alemã, Angela Merkel, é quem manda no continente europeu. Esta critíca surge no ciclo Grandes Debates do Regime, com o tema “Democracia no séc. XXI: que hierarquia de valores?”, realizado na Biblioteca Almeida Garret, no Porto.

Para o ex-Presidente da República, a líder alemã não devia esquecer que foi “toda a Europa que entrou com dinheiro para permitir que a Alemanha se unisse e ainda bem que se uniu, mas para não vir agora mandar na Europa ou ser dona da Europa”.

Sobre a actual crise portuguesa considera ser global e importada e salientou que agora estamos perante uma “crise política infeliz”. O ex-Presidente também alertou para a necessidade de evitar “grandes conflitos interpartidários” adiantando que “os partidos têm de perceber que têm que fazer um grande exame de consciência sobre eles próprios, porque estão a perder credibilidade”.

sábado, 2 de abril de 2011

Pedro Passos Coelho acusado de "cinismo"

Pedro Passos Coelho afirmou hoje, que apoiará o Governo, caso este queira pedir ajuda externa antes das eleições de 5 de Junho. "Só o governo está em condições de dizer se tem ou não meios para assegurar os compromissos do país para com o exterior". O lider da oposição aproveitou para justificar mais uma vez o chumbo do PEC 4, alegando que as medidas nele existentes não iriam salvar a dramática situação do país.

Estas declarações irritaram josé Socrates, que acusou o lider do PSD, de "notável cinismo".


"Diz ele que está absolutamente disponível para dar todo o apoio ao Governo, se o Governo for pedir ajuda externa para resolver os nossos problemas. Então, o líder do PSD declarou-se irredutível para aprovar o programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e diz agora que apoia o governo a pedir ajuda ao FMI. Mas saberá o líder do PSD o que isto significa?".


E acrescentou: "Terá ele a consciência do prejuízo que isso significa para o nosso país, terá ele ideia dos danos de reputação e de desprestígio para o nosso país. O PEC salvava o nosso país de ter de pedir ajuda externa".



Fonte: Lusa/ Expresso

Cavaco diz que se deve falar em Fundo Europeu de Estabilização Financeira e não em FMI




O Presidente da República disse este sábado, que é errado falar no Fundo Monetário internacional aconselhando os jornalistas a escrever Fundo Europeu de Estabilização Financeira.

"Eu acho que os senhores deviam deixar de falar em FMI, porque isso não está certo, está errado. É FEEF".

O processo de activação do fundo de resgate europeu, o FEFE, tem início com um pedido de um Estado-membro no Eurogrupo , podendo concretizar-se poucas semanas depois, uma vez elaborado um plano de ajuda entre o país em causa, Comissão Europeia, BCE e FMI.

"Para evitar situação de ruptura financeira antes das eleições, a ideia está a ser estudada por Belém, PSD e CDS", refere o semanário, salientando que "Bruxelas está contra e quer uma solução conjunta com a UE".


Mário Soares e Diogo Freitas pedem controlo da especulação na UE



O ex-Chefe de Estado Português denunciou o capitalismo e apontou a necessidade inevitável da União Europeia em controlar a especulação. Mário Soares criticou a perda dos "princípios europeus" enquanto que o professor de direito Diogo Freitas do Amaral defende que é altura de travar o comportamento politico do chanceler alemã.

"A minha resposta é esta: nós temos, mais tarde ou mais cedo, em termos europeus, que controlar os mercados especulactivos que só pensam no dinheiro e temos que explicar com a força dos factos que, mais importante que o dinheiro, são as ideias das pessoas, os princípios e os valores", declarou Mário Soares, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, durante a conferência sobre “Democracia no século XXI: que hierarquia de valores?”.

Soares considera que não existem motivos para temer o FMI e lembra que por duas vezes, este ajudou a resolver os problemas de Portugal. Quem tem a mesma opinião é o antigo ministro e professor de Direito Freitas do Amaral.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fitch reduz rating português em três níveis

infiniteunknown.net


A agência de avaliação de risco Fitch reduziu em três níveis o rating do país, baixando-o de A- para BBB-. Conforme anunciado pelo blog nesta quarta-feira, a agência pressiona Portugal para pedir ajuda externa à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A improbabilidade de auxílio externo, ao menos até as eleições legislativas de 5 de junho, apresenta-se como o principal motivador da queda da classificação portuguesa. O resultado aproxima a notação nacional do nível junk ("lixo"), o que deixa o país cada vez mais perto de perder o estatuto de investimento.

Douglas Renwick, director da Fitch, apresenta também outros motivos do corte como a revisão em alta do défice português de 2010 e a rejeição do Parlamento às medidas adicionais de austeridade (PEC IV). O entendimento da agência é que um pacote de resgate por parte da UE e do FMI é necessário para “garantir um financiamento sustentável e restaurar a sustentabilidade da dívida a médio prazo e a confiança dos investidores em Portugal”.

O Presidente da República, no entanto, considerou que a situação actual de Portugal não justifica o corte do rating. "Considero um exagero muito grande aquilo que hoje foi feito por parte de uma agência de rating", conclui Cavaco Silva.

Clique aqui para entender como funciona o sistema de classificação dos ratings da Fitch

Fontes: Púlico, Económico, Sol Sapo

Pedir ajuda ao FMI “vai causar polémica"



O constitucionalista Pedro Vasconcelos afirmou que um pedido de ajuda externa vai criar uma polémica violenta. Defendeu também que o pedido de ajuda externa não cabe nas funções de um governo de gestão mas que perante uma situação excepcional em que o funcionamento corrente do estado pode ser afectado pela carência de meios, o governo de gestão deve resolver o assunto.


“A situação vai criar uma polémica violenta” afirmou Bacelar Vasconcelos a Lusa acrescentando que a situação configura “um paradoxo”.


Bacelar Vasconcelos considera que não é o presidente da república quem deve pedir ajuda a Bruxelas como sugeriu o Ministro das finanças Teixeira dos santos na quinta-feira. Insistiu também que esta situação é extraordinária.


Fonte: tvi24 ,

Desemprego aumenta em Portugal e diminui na UE

O desemprego subiu este ano em Portugal e desceu na União Europeia. Segundo dados do Eurostat, os valores portugueses ficaram nos 11,1% em Fevereiro, quando no mesmo mês de 2010 tinha sido de 10,5%. Já na União Europeia, o desemprego desceu para 9,5% em Fevereiro, quando comparado com os 9,6% atingidos no mês anterior.

Na zona euro, estes valores fixaram os 9,9%, contra os 10% em termos homólogos. Diz o Eurostat que, entre os estados-membros, os valores de desemprego mais baixos pertencem aos Países Baixos (4,3%), ao Luxemburgo (4,5%) e à Áustria (4,8%). Os números mais elevados encontram-se em Espanha, com 20,5 pontos percentuais.

Portugal é o décimo país da União Europeia com a taxa de desemprego mais elevada no mês de Fevereiro, ocupando a sexta posição dos que têm mais desemprego, dos 21 países onde existe informação relativa a Fevereiro deste ano.


Maiores taxas de desemprego na União Europeia, em Fevereiro de 2011


Gráfico: GrupoB_2011


Fonte: DN, TSF

União Europeia aprova operação militar humanitária em Líbia



Goran Tomasevic/Reuters


A União Europeia aprovou hoje uma operação militar humanitária com o objectivo de ajudar a estabilização do conflito em Líbia. A missão intitulada EUFOR Líbia conta com um orçamento de 7,9 milhões de euros, segundo o Conselho Europeu.

A operação comandada pelo vice-almirante italiano Claudio Gaudiosi, contará com um quartel-general em Roma. O início das operações está dependente do pedido do Gabinete das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA).

Fonte: Jornal de Notícias,