sexta-feira, 8 de junho de 2012

Edite Estrela: “Nunca saio do Parlamento antes das oito da noite”


Edite Estrela com o presidente Parlamento Europeu Martin Schulz (editeestrela.net)
Intervenções no Parlamento Europeu, reuniões, audiências, conferências e seminários, responder a cartas e mais. Este é o quotidiano da eurodeputada Edite Estrela em Bruxelas. “Nunca saio do Parlamento antes das 20 ou 21 horas. E pode haver trabalho de casa”.
Em respostas às questões colocadas por mail pelo “A Europa na Lusófona”, a eurodeputada do PS revela que, como lidera a delegação socialista, tem mais reuniões do que os restantes deputados.  

Edite Estrela é ainda vice-presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e Igualdade de Género, membro efectivo da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimenta e integra as Delegações Interparlamentares (do MERCOSUL e China) e da Assembleia Parlamentar Eurolat.

“O trabalho concreto depende da semana, já que todos os meses há uma semana só de reuniões das Comissões especializadas, uma semana de sessões plenárias, uma semana de reuniões de Grupo e uma semana mista”, explica Edite Estrela.

Quando questionada sobre qual era a sua eurodeputada de referência, respondeu: “Lamento, mas não há nenhuma”. Edite Estrela afirma ter “grandes afinidades e até cumplicidade com algumas” eurodeputadas, respeitando o seu trabalho. Mas, acrescenta, “mas não sou dada a admiração fácil”. E citando o poeta moçambicano, Reinaldo Ferreira, que diz que "um herói serve-se morto", a eurodeputada conclui: “As minhas colegas estão felizmente vivas e activas”.

Edite Estrela é uma das oito portuguesas que integra os 22 deputados portugueses no Parlamento Europeu. Actualmente, as mulheres representam 34% do total de 754 eurodeputado. Só Malta não é representado no feminino.

Em mais de meio século de existência do Parlamento Europeu (PE), as mulheres estiveram sempre presentes. O primeiro Parlamento eleito por sufrágio universal e directo, em 1979, foi presidido Simone Veil. Descendente de uma família judia enviada para um campo de concentração durante a II Guerra Mundial, Simone e a sua irmã foram as únicas sobreviventes da família ao extermínio nazi.

Também Nicole Fontaine viria a presidir ao PE vinte anos depois de Simone, em 1999, vencendo as eleições contra Mário Soares. O socialista reagiu à vitória de Fontaine com a seguinte frase: “Essa senhora daria uma excelente dona de casa”.

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