A União Europeia planeia congelar a sexta tranche de ajuda internacional à Grécia depois do Governo grego ter anunciado, segunda-feira, um referendo que decidirá se a Grécia aceita ou não o compromisso que fez com a União Europeia. Os mercados financeiros foram afectados, provocando uma nova crise económica na Europa.
Depois da decisão de Papandreou, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy, encontraram-se, ontem, em Cannes, com os representantes das instituições europeias e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, separadamente, com os representantes gregos. De acordo com a agência EFE, a União Europeia (UE) planeia congelar a sexta tranche de ajuda internacional à Grécia, no valor de oito mil milhões de euros, até à realização do referendo anunciado pelo Governo grego.
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), o Governo grego chocou os mercados com o anúncio de pretender realizar um referendo sobre as medidas de austeridade impostas pela troika. O primeiro-ministro, George Papandreou, anunciou no parlamento que o voto "será vinculativo" e que se o povo grego disser "não" ao acordo feito com os parceiros europeus, este não será promulgado e poderá levar à queda da moeda europeia.
Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros Português, reagiu ao anúncio feito pelo primeiro-ministro grego e referiu que "é uma situação que evidentemente vejo com apreensão. No preciso momento em que a Europa mais precisa de sinais de confiança, obviamente este é um factor de insegurança e de imprevisibilidade". Por outro lado, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, salientou num comunicado que "não há dúvida de que a decisão grega para fazer um referendo sobre o plano de ajuda da União Europeia pesa sobre as transacções” e que “esta é uma escolha inesperada que gera incerteza após o Conselho Europeu”, acrescentou.
Eliano Marques, Nicole Matias, Tomás Tim-Tim
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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