Viviane Reding (Fonte: pt.euronews.com) |
O número de mulheres nos conselhos de administração das empresas cotadas em bolsa não aumentou significativamente, um ano depois de ter sido lançado um desafio pela Comissária Europeia da Justiça, revela o Relatório da Comissão Europeia.
A Comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, desafiou as empresas europeias cotadas em bolsa a aumentar voluntariamente o número de mulheres nos seus conselhos de administração.
Com efeito, as empresas assinaram o “Compromisso europeu pelas mulheres na administração das empresas” no qual as empresas se comprometiam a aumentar a representação feminina nos seus conselhos de administração para 30% até 2015 e 40% até 2020.
Passado um ano, a Comissão Europeia publicou um relatório que revela que o número de mulheres nos conselhos de administração das empresas não registou um aumento significativo, tendo em conta que apenas 24 empresas assinaram o compromisso.
O documento da Comissão Europeia mostra que “Apenas um em cada sete membros dos conselhos de administração das principais empresas europeias é uma mulher (13,7%)”.
No entanto, o relatório da consultora Mc Kinsey conclui que as empresas que empregam homens e mulheres têm lucros de 56%, ou seja, superiores aos das empresas que só empregam homens.
A Comissão pretende recolher opiniões sobre a adopção de medidas a nível da UE, incluindo medidas legislativas, que possam diminuir a disparidade de género nos conselhos de administração das empresas.
Viviane Reding disse que o seu “apelo teve o apoio do Parlamento Europeu e foi transmitido às organizações empresariais pelos Ministros do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Igualdade em numerosos Estados-Membros da União Europeia”. Lamentou, assim, o facto de a auto-regulação não ter revelado grandes resultados.
É importante salientar, no entanto, que apesar do aumento pouco significativo, este é a evolução mais positiva que se verificou nos conselhos de administração das empresas europeias em muitos anos.
O país que mais contribuiu para este aumento foi a França, que aprovou em 2011 a legislação sobre a paridade de género nos conselhos de administração das empresas, sendo por isso responsável por quase metade do aumento registado na União.
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