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As negociações, que estarão em cima da mesa na próxima reunião sobre novos alargamentos, no dia 5 de Novembro, surgem pouco depois de um período de tensão entre Bruxelas e Ancara. Em causa estão as políticas do Governo turco, chefiado por Recep Tayyip Erdogan.
Esta mudança de atitude, por parte da União Europeia, deve-se em grande parte à mudança de posição da Alemanha. Fundamental, para o desbloqueamento do processo, foi também a publicação do relatório anual da Comissão Europeia sobre os países candidatos, que deu parecer positivo à Turquia.
"Desenvolvimentos recentes na Turquia sublinham a importância do compromisso com a União Europeia, que continua a ser o ponto de referência para as reformas naquele país. Com esse fim, as negociações para a adesão devem ganhar novo impulso", disse aos jornalistas o comissário responsável pelas adesões, Stefan Fule.
"Parabéns meus amigos turcos: abre-se um novo capítulo nas conversações de adesão à UE depois de uma pausa de três anos. É o momento de nos pormos em dia", escreveu no Twitter o chefe da diplomacia da Lituânia (país que detém a presidência rotativa da UE), Linas Linkevicius.
O país demonstrou, pela primeira vez, interesse em aderir à comunidade em 1987, mas vários obstáculos impostos por alguns estados membros, como a França e Alemanha, levaram à paralisação das negociações.
Foto: Vermelho Esquerda |
A Turquia foi membro associado da UE quando esta ainda se chamava Comunidade Económica Europeia. Pediu acesso em 1987 e o processo de negociação da adesão começou em 2005. Dos 35 capítulos estabelecidos para serem cumpridos por Ancara, foram abertos 13, mas apenas um foi concluído até agora.
O capítulo 22, que a UE e a Turquia tencionam agora retomar, centra-se na política regional, um dos assuntos mais consensuais do processo negocial.
Fontes: Público, RTP, Euronews
Neuza Campina Padrão e Eunice Braz
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