quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Manuel Alegre defende novo projecto da Alemanha

O ex-candidato presidencial Manuel Alegre saiu, esta quinta-feira, em defesa das controversas declarações proferidas pelo dirigente socialista Pedro Nuno Santos sobre pagamento da dívida, dizendo que irresponsabilidade "é o servilismo e seguidismo" face ao actual projecto da Alemanha.

Pedro Nuno Santos, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, defendeu sábado à noite, em Castelo de Paiva, que Portugal devia ameaçar deixar de pagar a dívida nacional.

"Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses - ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem", disse na altura em declarações captadas pela Rádio Paivense FM e retransmitidas hoje pela Renascença.

Confrontado com o teor desta posição, Manuel Alegre recusou à agência Lusa que se esteja perante "um escândalo" político.

"Pelo contrário, acho que estamos muito de joelhos e é uma questão de dignidade dar um grito de alma. Portugal deve tentar pagar a dívida, mas não deve aceitar estar de joelhos, transformando-se numa colónia dos bancos alemães e da Alemanha", disse.

Para Manuel Alegre, "a Alemanha parece ter de novo um projecto imperial".


Rodrigo Albernaz e Gabriel Monteiro

Estado-Maior do exercito Português tem um novo chefe

(Foto: Jornal de Negócios)
O tenente-general Pina Monteiro, actual representante militar na NATO, é o nome escolhido pelo Governo para substituir o general Pinto Ramalho como chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), confirmaram à agência Lusa fontes militares. A escolha de Artur Pina Monteiro para liderar o Exército foi avançada pelo Diário de Notícias ao início desta tarde. A 17 de Novembro, fontes militares tinham dito à Lusa que a nomeação recairia sobre o tenente-general Pina Monteiro ou sobre o comandante de instrução e doutrina do ramo, o tenente-general Vaz Antunes. A tomada de posse do novo CEME deve ter lugar na próxima segunda-feira, já que o general Luís Pinto Ramalho cessa funções no dia 18 de Dezembro (domingo), mas uma das entidades habitualmente convidadas para a cerimónia - no Palácio de Belém, onde é formalmente assinado o decreto presidencial - adiantou à Lusa ainda não ter recebido qualquer notificação por parte da Presidência da República.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Luís Araújo, esteve reunido esta quarta-feira à tarde com o presidente da República, Cavaco Silva, para ultimar o processo de escolha do novo CEME. Os chefes militares são nomeados pelo presidente da República sob proposta do Governo.

Gabriel Monteiro e Rodrigo Albernaz

Zona euro em recessão no início de 2012



A zona euro deverá cair numa recessão no início de 2012, acabando o ano a crescer apenas uns ligeiros 0,1 por cento, enquanto Portugal só voltará ao crescimento em 2013, de acordo com as previsões da consultora Ernst e Young.

Entre o último trimestre deste ano e o primeiro de 2012 a zona euro vai viver uma recessão, segundo a Ernst e Young, acrescentando que o próximo ano irá terminar com o Produto Interno Bruto da zona euro a avançar 0,1 por cento.
  
Já entre 2013 e 2015 o crescimento irá fixar-se entre os 1,5 e os 2 por cento. 

Quanto a Portugal, embora preveja que a reestruturação da dívida soberana da Grécia deva continuar ordenada, a Ernst e Young considera que esta "aumenta consideravelmente o risco de contágio a outros países da zona euro, sobretudo a Portugal".

Para a consultora, o PIB de Portugal deverá cair 1,3 por cento este ano em 2011 e 2,3 por cento em 2012. De resto, provisões melhores que a do Governo de Passos Coelho, que aponta 1,6 por cento de recessão este ano e 3 por cento no próximo.

Já em 2013, a economia portuguesa deverá "começar a recuperar", retoma para que serão importantes as reformas estruturais, como a flexibilização do mercado laboral e a abertura à concorrência dos sectores da energia e das comunicações, considera a consultora.



Nelson Teixeira

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Deputado socialista defende que Portugal não deve pagar a divida


O deputado socialista Pedro Nuno Santos defendeu que Portugal não deve pagar a dívida e deixou um aviso aos banqueiros alemães e franceses: “Ou os senhores se põem finos, ou nós não pagamos“ . O líder do PS-Aveiro falava num jantar de Natal este fim-de-semana, tendo aconselhado o primeiro-ministro a ignorar os credores para poupar os portugueses a sacrifícios: “A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo. Na situação em que nós vivemos, estou-me marimbando para os credores e não tenho qualquer problema enquanto político e deputado de o dizer. Porque em primeiro lugar, antes dos banqueiros alemães ou franceses, estão os portugueses”, disse, em Castelo de Paiva, em declarações captadas pela Rádio Paivense FM.

Pedro Nuno Santos, que é um dos vice-presidentes da bancada parlamentar socialista, disse mesmo que Portugal tem um trunfo que pode usar: “Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses - ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem”.

Rodrigo Albernaz e Gabriel Monteiro