sábado, 30 de novembro de 2013

Governo suíço pede a população para votarem não no referendo sobre quotas para cidadãos da UE

O Governo suíço começou na segunda-feira passada uma campanha de sensibilização da população para votarem contra a instauração de cotas de imigrantes dos países da União Europeia no referendo agendado para o dia 9 de Fevereiro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros Didier Burkhalter disse que "a aprovação desta iniciativa pode deitar a perder as relações bilaterais com a União Europeia, há muito estabelecidas".

O Governo acrescentou o que o plano iria prejudicar as relações com os 28 Estados-membros e a própria economia helvética.  

"As empresas suíças teriam dificuldade para recrutar o pessoal necessário e seria confrontado com novos obstáculos ao exportar seus produtos para o mercado da EU" disse o ministro da Economia Johann Schneider- Ammann sobre o polémico debate das quotas.

Os membros do Conselho Federal (da esquerda para a direita): Conselheiro Federal Johann N. Schneider-Ammann, Conselheiro Federal Simonetta Sommaruga, Conselheiro Federal Didier Burkhalter (Vice-Presidente), Conselheiro Federal Eveline Widmer-Schlumpf, presidente Ueli Maurer, Conselheiro Federal Alain Berset, Conselheiro Federal Doris Leuthard, chanceler federal Corina Casanova (Foto: admin)
No fim da conferencia de imprensa, o Concelho Federal Suíço declarou que para combater o problema forte de imigração no país virão as reformas antes de barreiras burocráticas. Estas reformas incidirão principalmente no mercado de trabalho, na habitação, mas também nas infra-estruturas e nos transportes.

O Partido do Povo Suíço (SVP/UDC) foi o mentor desta proposta de referendo "contra a imigração de massa" para estabelecer quotas anuais de autorizações concedidas a estrangeiros na Suíça. O SVP culpou directamente as novas massas de imigrantes no país pelo aumento do número de crimes, do aumento das rendas e da sobrelotação nos transportes. 

A proposta do SVP pode anular acordo de livre circulação de pessoa entre a Suíça, que não é um estado membro, e a União Europeia.

Em Junho deste ano, o Governo suíço já tinha introduzido quotas para as autorizações de residência para cidadãos europeus do espaço Schengen. A Suíça accionou uma cláusula de salvaguarda ao abrigo dos acordos com a União Europeia. No ano passado a imigração portuguesa para a Suíça cresceu 20% em relação ao ano de 2011, segundo o ue decidiram segundo dados do Observatório Federal de Estatística, passando de 11.972 novos emigrantes em 2011 para 14.388.

Fontes: Reuters, TVI24

Rodrigo Rodrigues 

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